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No Mineirão, Atlético-MG e Palmeiras empataram o jogo de ida das quartas da Libertadores em 2 a 2

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Palmeiras x Atlético-MG: análise mostra probabilidade de vitória de cada equipe na Libertadores

O Palmeiras tem o ataque mais eficaz da Libertadores, com um gol marcado a cada 4,7 tentativas. Atlético-MG faz um gol a cada 10,8 tentativas na competição

Palmeiras e Atlético-MG se enfrentam nesta quarta-feira, a partir das 21h30, no Allianz Parque, pelo jogo de volta das quartas de final da Libertadores. O jogo de ida acabou 2 a 2, e um empate no jogo de volta leva a decisão para os pênaltis, quem vencer se classifica.

No Mineirão, Atlético-MG e Palmeiras empataram o jogo de ida das quartas da Libertadores em 2 a 2 — Foto: Pedro Souza / Atlético-MG

No Mineirão, Atlético-MG e Palmeiras empataram o jogo de ida das quartas da Libertadores em 2 a 2 — Foto: Pedro Souza / Atlético-MG

O Palmeiras faz campanha histórica na Libertadores, com 35 gols marcados em nove jogos. Sem contar pênaltis e faltas diretas, a equipe vem encontrando o gol usando trocas de passes rasteiros: marcou assim nove dos últimos dez gols, o que é uma grande ameaça para a defesa atleticana, que sofreu em jogadas rasteiras sete dos últimos dez gols. O Palmeiras levou seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o Atlético-MG marcou metade dos últimos dez gols por baixo e metade pelo alto.

+ Veja a tabela da Libertadores

Pelo alto e por baixo, o duelo será histórico, uma verdadeira revanche para os mineiros, eliminados da edição do ano passado da Libertadores exatamente pelo Palmeiras. Nesta temporada, fora de casa o Atlético-MG disputou 23 partidas, com um aproveitamento de 59% dos pontos (11 V, 8 E, 4 D). É o quarto maior aproveitamento visitante da temporada entre os times da Série A do Brasileiro. Só que estará enfrentando o melhor mandante entre a elite nacional: o Palmeiras tem no ano 28 jogos como mandante, com 88% de aproveitamento (24 V, 2 E, 2 D). São duas derrotas em 28 jogos…

Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 88.889 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.629 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).

A partir dessa análise, o Palmeiras é favorito com potencial de 47% de vencer a partida. O Atlético-MG tem 24% de chances de vitória, e a probabilidade de empate é de 29%.

De 2006 para cá, quando o Brasileirão passou a contar com 20 equipes na Série A disputada em pontos corridos, o Palmeiras recebeu o Atlético-MG 14 vezes, e os mineiros deram trabalho: cada equipe venceu cinco partidas e houve quatro empates. Nesta temporada, nos últimos seis jogos disputados, o Palmeiras tem aproveitamento de 89%, e o Atlético-MG, 28%.

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

As duas equipes vivem momentos opostos: além de ser o bicampeão da Libertadores, a equipe paulista conta com o mesmo treinador, o português Abel Ferreira, desde novembro de 2020, há 645 dias. Enquanto isso, o Atlético-MG acaba de contratar o técnico Cuca, que comandou a equipe em três jogos, com duas derrotas e um empate. Se alguém acha que Atlético-MG está morto, é provavelmente o que Cuca gostaria que o Palmeiras pensasse.

O Palmeiras tem o ataque mais eficaz da Libertadores, com um gol marcado a cada 4,7 tentativas (164 conclusões e 35 gols), com média de 18,2 finalizações por partida. É a equipe que mais finaliza na competição e sua pressão ofensiva ainda lhe vale em média 3,4 escanteios por jogo.

O Atlético-MG é a terceira equipe que menos sofreu finalizações na Libertadores (média de 10,7 por partida). O Palmeiras está próximo, com a sexta defesa que menos sofreu finalizações (11,3).

É bem maior a diferença na resistência das equipes a pressões: o Palmeiras tem a segunda maior da competição, com um gol sofrido a cada 20,4 conclusões contrárias (102 finalizações e cinco gols sofridos), enquanto o Atlético-MG tem a 16ª resistência, com um gol sofrido a cada 10,7 conclusões contrárias (96 finalizações e nove gols sofridos).

No ataque, o Atlético-MG tem média de 16,8 finalizações por partida e sua eficiência está em um gol marcado a cada 10,8 tentativas, a 14ª da Libertadores, pressão ofensiva que lhe valeu uma média de 3,2 escanteios por jogo.

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

Metodologia

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 88.889 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.629 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Leonardo Martins, Roberto Maleson e Valmir Storti.

Por Valmir Storti — Rio de Janeiro

Ge.globo.com

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