Internacional
Novas sanções de Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia (UE) contra a “máquina de guerra”
Países do G7 anunciam novas sanções contra ‘máquina de guerra’ russa
Novas sanções de Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia (UE) contra a “máquina de guerra” russa foram anunciadas, nesta sexta-feira, como parte de um aumento da pressão sobre Moscou pelo G7, informaram fontes oficiais, poucas horas antes do início de uma reunião do grupo na cidade de Hiroshima, no Japão.
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Todos os Estados que integram o G7 preparam novas medidas, e os Estados Unidos contribuem com um pacote de sanções que “tornarão ainda mais difícil para a Rússia alimentar sua máquina de guerra”, afirmou um alto funcionário da Casa Branca.
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Concretamente, os Estados Unidos vão proibir as exportações americanas para 70 entidades na Rússia e em outros países. Também vão aplicar 300 sanções contra diversos alvos, “indivíduos, organizações, embarcações e aeronaves”, na Europa, Ásia e no Oriente Médio.
Por sua vez, o premier britânico, Rishi Sunak, anunciou que o G7 aplicará sanções contra o setor de mineração russo – com proibições à importação de alumínio, diamantes, cobre e níquel.
“Como mostram as sanções anunciadas hoje [sexta-feira], o G7 continua unido diante da ameaça da Rússia e firme em nosso apoio à Ucrânia”, declarou Sunak, em Hiroshima.
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Pouco depois, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou que a UE também vai impor restrições ao comércio de diamantes russos, que é avaliado entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões anuais (entre R$ 20 bi e R$ 25 bilhões) e é uma importante fonte de receitas para o Kremlin.
Os países ocidentais adotaram uma série de sanções sem precedentes contra a Rússia desde a invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022, com o objetivo de afetar economicamente aquele país, ao reduzir a receita gerada pelo petróleo e desorganizar sua indústria de defesa. A preocupação, agora, é impedir que a Rússia consiga driblar as sanções, e as medidas americanas mais recentes também têm como objetivo diminuir as chances de que isso ocorra.
Os Estados Unidos buscam “pressionar o setor financeiro russo e a capacidade russa de produção de energia, a médio e longo prazos”, ressaltou a fonte da Casa Branca. Trata-se, também, de “manter o congelamento dos ativos soberanos” russos.
Por AFP — Tóquio
OGlobo.globo.com