Economia
200 mil brasileiros que estavam em análise ou reanálise tiveram o benefício liberado
Caixa libera auxílio emergencial para 200 mil pessoas
Calendário de pagamento ainda será divulgado
Cerca de 200 mil brasileiros que estavam com o auxílio emergencial em análise ou reanálise tiveram o benefício liberado, informou hoje (5) a Caixa Econômica Federal. O banco recebeu da Dataprev, estatal de tecnologia responsável pelo processamento dos cadastros, o resultado da análise de 700 mil pedidos, dos quais 500 mil foram negados e 200 mil aprovados.
O calendário de pagamento para os novos beneficiários ainda será divulgado. Nos últimos dias, a Caixa esclareceu que quem tiver o auxílio liberado receberá as parcelas com intervalo de 30 dias entre elas.
Com a nova lista de processamento, o número de pessoas com o pedido de auxílio emergencial processado subiu de 101,2 milhões para 101,9 milhões. Desse total, 59,2 milhões foram considerados elegíveis, tendo o benefício liberado, e 42,7 milhões tiveram o benefício negado. Até ontem, o total de benefícios liberados estava em 59 milhões, e os negados somavam 42,2 milhões.
O número de pedidos em análise caiu para 10,2 milhões nesta sexta-feira. Desse total, 5,2 milhões de cadastros estão em primeira análise e 5 milhões em segunda ou terceira análise, quando o cadastro foi considerado inconsistente, e a Caixa permitiu a contestação da resposta ou a correção de informações. O cadastro no programa pode ser feito no aplicativo Caixa Auxílio Emergencial ou no site auxilio.caixa.gov.br.
Segundo o balanço acumulado apresentado até agora, a instituição desembolsou R$ 76,6 bilhões, somadas ambas as parcelas. No total, 58,6 milhões de pessoas receberam alguma parcela do benefício desde que o programa foi criado, em abril, para ajudar as pessoas a enfrentar os impactos da crise causada pela pandemia de covid-19.
Do total pago até agora, R$ 30,3 bilhões foram para beneficiários do Bolsa Família, R$ 14 bilhões para aqueles inscritos no Cadastro Único para os Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e R$ 32,3 bilhões para trabalhadores informais que se cadastraram pelo site ou pelo aplicativo. Considerando apenas a segunda parcela, 19,50 milhões de brasileiros receberam R$ 35,5 bilhões.
O pagamento da segunda parcela acabou no último dia 29. De 30 de maio até 13 de junho, os beneficiários estão sacando o dinheiro do lote, conforme um cronograma baseado no mês de aniversário. Hoje, cerca de 2,6 milhões de pessoas nascidas em junho foram às agências da Caixa retirar o auxílio.
Neste sábado (6), a Caixa abrirá 680 agências em todo o país para que os nascidos em julho possam sacar a segunda parcela. A lista das agências que vão abrir está disponível no site www.caixa.gov.br/agenciasabado.
QR Code
A Caixa também divulgou o balanço do pagamento de compras com o auxílio emergencial por meio da câmera do celular. Uma semana depois do lançamento da ferramenta, 63,3 milhões de transações foram realizadas com o novo recurso, num total de R$ 60 milhões. O pagamento com o cartão de débito virtual, que pode ser usado para compras em sites parceiros da Caixa, somou 2,1 bilhões de transações desde o início do pagamento do auxílio emergencial, em abril, totalizando R$ 2,13 bilhões.
O pagamento com a câmera do celular usa a tecnologia QR code (forma avançada de código de barras). Primeiramente, o usuário poderá acessar o aplicativo Caixa Tem, usado para movimentar as contas poupança digitais criadas pelo banco, e escolher a opção ‘pagar na maquininha’. Em seguida, a câmera do celular automaticamente abrirá. O usuário deverá apontá-la para o código QR que aparecerá na maquininha, conferir o valor da compra a apertar o botão confirmar na tela do celular.
A tecnologia está disponível em cerca de 3 milhões de estabelecimentos comerciais em todo o país que operam maquininhas com a bandeira Elo. Ontem (4), o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, disse que o banco estuda formas de estimular a utilização do QR code por maquininhas de outras bandeiras.
Edição: Nádia Franco / Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – Brasília