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Partilha - Virginia Melo

6ª Semana Social Brasileira (SSB) promove o primeiro “Ao Vivo 2021”.

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1º AO VIVO 2021 DA 6ª SEMANA SOCIAL BRASILEIRA VAI REFLETIR SOBRE OS TEMAS: “TERRA, TERRITÓRIO E ECONOMIA”

No próximo dia 10 de março, às 19h30, a 6ª Semana Social Brasileira (SSB) promove o primeiro “Ao Vivo 2021”. Vai ser um mutirão de conversa, escuta, articulação, mobilização e formação a partir do tema “Mutirão pela vida: Terra, Território e Economia”. O debate será transmitido nas redes sociais da 6ª SSB no Facebook e no seu canal no Youtube.

Participam a representante da Rede Jubileu Sul Brasil, Sandra Quintela e o representante do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Luiz Alencar Dalla Costa. A mediação será feita pelo representante da Articulação Brasileira da Economia de Francisco e Clara, Eduardo Brasileiro.

Natural da cidade catarinense de Itá, na divisa com o Rio Grande do Sul, atingida pela Usina Hidrelétrica de Itá, no Rio Uruguai, o representante do MAB, Luiz Alencar Dalla Costa, falará sobre a realidade dos atingidos por barragens no país.

“Historicamente muitas populações viviam e vivem, ainda, à beira dos rios, onde tem minério, onde tem floresta. Regiões onde as famílias construíram suas vidas, criavam seus filhos, seja com qual atividade econômica fosse. Eram regiões, com a alta base natural e possibilidade de produção, desperta o interesse das grandes empresas. Com a intervenção do capital, essas regiões passam a ser de exclusão, de exploração. Isso afeta diretamente a vida das pessoas. Esse é o território dos atingidos, onde o ser humano era o sujeito e tinha sua relação com a natureza. Com chegada da exploração, o sujeito é o capital, as empresas, as obras. O ser humano passa ser visto como um objeto a ser descartado”.

A economista, educadora popular e integrante da Coordenação América Latina e Caribe da Rede Jubileu Sul, Sandra Quintela, fala sobre a necessidade de reinvenção da economia.

“É da economia que tiramos nosso sustento material.  Desde a terra, desde o territórios vem nossa comida cotidiana. Vem a preservação das florestas, dos rios, dos mares por parte das populações tradicionais.  Mas, para a economia de mercado, nada disso importa.  É urgente reinventarmos a economia. A atual mata e destrói!  Precisamos de uma economia centrada na vida”.

O sociólogo, educador popular e membro da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara, Eduardo Brasileiro, fala sobre a busca de uma nova economia que cuida da pessoas.

“Nós somos corpos econômicos, nosso território é um corpo econômico: produz vida, relações e trocas. A lógica da economia de mercado capitalista desterritorializa-nos, tirando a possibilidade de pensar a força coletiva e a organização econômica a partir do nosso chão. Se soma a isso a predação das nossas terras, entregue a grupos econômicos que dominam, exploram. Estamos em busca da economia que cuida, aprende e partilha a terra. A economia que desenvolve nos territórios alternativas de vida a partir da solidariedade. A economia do bem viver!”.

IMPRENSA CNBB
05/03/2021
AÇÃO SOCIOTRANSFORMADORA, DESTAQUE ESPECIAL
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