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#7 do Brasileirão comparando o desempenho nos últimos 60 dias

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Embates entre equipes com ótimos desempenhos defensivos é uma das marcas de rodada em que os mandantes têm potencial para dominar mais uma vez neste início de campeonato

Favoritismos #7: veja as chances de vitória de cada equipe na rodada do Brasileiro

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega para a rodada #7 do Brasileirão comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e também nos últimos seis jogos independentemente do mando, considerando também as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 75.416 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.095 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para entender a produtividade atual de cada equipe.

Para esta edição do Brasileirão, o desempenho de um jogador passa a ser comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e passamos também a considerar o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Flamengo

  • Dos últimos nove jogos disputados pelo Flamengo (5 V, 2 E, 1 D, 71%), oito foram como mandante. Devido a adiamentos, faz sua estreia como visitante no Brasileirão. Sem contar pênaltis e faltas diretas, dos últimos 14 gols que a equipe levou, 12 nasceram em jogadas aéreas. E dos últimos 12 que o Juventude marcou, em nove a bola viajou pelo alto. Tem encaixe, mas o problema é que, nos últimos dois meses, o Juventude acumula a pior média de gols marcados (0,50 por jogo), além da pior defesa (1,50) entre os mandantes da Série A.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Fluminense

  • Dos 14 jogos que o Corinthians disputou na temporada como visitante, a equipe não levou gol em 11 (79%), melhor desempenho no quesito. Nessas 14 partidas como visitante, o Corinthians levou apenas um gol de falta e seis em jogadas, dos quais quatro conquistados a partir de jogadas aéreas. O Fluminense tem a quarta menor influência aérea ofensiva (36,4%). Dos 22 gols que marcou, oito foram aéreos. Mas o Fluminense já fez cinco gols em contra-ataques, sétima marca (média 0,29), e o Corinthians já levou quatro assim, segunda pior marca (0,24).

+ A melhor defesa mandante recebe a melhor defesa visitante em Fluminense x Corinthians

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Palmeiras

  • O Bahia costuma ser um adversário duro quando visitante contra o Palmeiras. De 2006 para cá, com este mando pela Série A, o Palmeiras ganhou apenas dois dos sete jogos> Foram quatro empates e uma vitória do Bahia (em 2012). O Bahia em dois jogos como visitante conseguiu em média um gol a cada 3,6 conclusões, segunda maior eficiência visitante no Brasileirão, cinco gols em 18 tentativas. O Palmeiras tem a terceira maior média de gols a partir de bolas aéreas entre os mandantes (1,07) e a quinta maior influência aérea ofensiva mandante (55,2%). O Bahia é o sexto visitante que mais sofre gols pelo alto (0,5 por jogo), metade dos gols sofridos.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Grêmio

  • É um jogo especial: em toda a temporada, o Grêmio é o terceiro melhor mandante (12 V, 2 E, 2 D, 79%), o Fortaleza, o segundo melhor visitante (9 V, 3 E, 1 D, 77%). O Grêmio tem o melhor ataque mandante (média 2,75 com 44 gols em 16 partidas), e o Fortaleza, a melhor defesa visitante (0,38 com cinco gols sofridos em 13 jogos). O Grêmio tem a quinta melhor defesa mandante (0,69 com 11 gols sofridos), e o Fortaleza, o terceiro melhor ataque visitante (1,69 com 22 gols). O Grêmio só não fez gol em um dos 16 jogos em casa, e o Fortaleza não levou gol em nove dos 13 jogos fora, eficiência de 69%, a segunda maior entre os visitantes. O Grêmio já fez 13 gols em contra-ataques, melhor marca (0,41), mas o Fortaleza só sofreu dois gols assim na temporada toda, terceiro melhor desempenho (0,07). Você perder esse jogaço?
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Athletico-PR

  • Uma partida com potencial para gol do Athletico-PR a partir de jogada aérea. Marcou assim 12 dos úttimos 15 gols em casa, e a influência aérea ofensiva de 80% é a maior dos últimos dois meses entre os mandantes. A Chapecoense tem entre os visitantes (empatada com o Santos) a maior média de gols sofridos sofridos pelo alto (1,00) e a sétima maior influência aérea defensiva (53,8%). A defesa paranaense cumpre papel fundamental neste início de Brasileirão, com apenas um gol sofrido em 23 finalizações (dois jogos), terceiro desempenho mandante. A Chapecoense tem levado um gol a cada 8,2 finalizações sofridas fora de casa.
 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Santos

  • Há dois meses o Santos substituiu o técnico argentino Ariel Holan. Virou o melhor mandante do bimestre (6 V, 1 E, 0 D, 90%). O Atlético-MG é o melhor visitante do período (6 V, 1 E, 1 D, 79%). O Santos ajustou sua defesa, com apenas um gol sofrido em sete partidas em casa (média 0,14), segundo melhor desempenho mandante, e seis jogos sem levar gol. O Atlético-MG tem a melhor defesa visitante do bimestre, com três gols sofridos em oito jogos (0,38). Não levou gol em seis deles. É um jogo para bola rasteira, já que as duas equipes têm como mandante e visitante, a quarta menor influência aérea ofensiva (28,6% x 36,4%, respectivamente). O Santos não levou gol aéreo em casa no bimestre, e o Atlético-MG, só um.
 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Internacional

  • Em 12 jogos que disputou em casa na temporada, o América-MG levou apenas seis gols, dois de pênalti. A defesa trabalha bem, e em três jogos no Brasileirão, levou dois gols (de pênalti), sofrendo apenas 7,3 finalizações por partida, quinta equipe que permitiu menos finalizações aos visitantes. O ataque, no entanto, fez um gol em 42 finalizações, pior desempenho. O Internacional é um visitante instável, o quarto que mais finaliza no Brasileirão (12,3 por jogo) e o oitavo que mais sofre finalizações (12,7), ainda assim, está em um momento melhor, com quatro vitórias, um empate e uma derrota nos últimos seis jogos como visitante enquanto o América-MG não vence há seis jogos como mandante, com três empates e três derrotas.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Ceará

  • Em três jogos em casa neste Brasileirão, o Ceará fez 36 finalizações e marcou seis gols, um a cada seis tentativas, maior precisão mandante deste início de campeonato. Recebe o São Paulo, que em três jogos como visitante sofreu 31 finalizações e cinco gols, um a cada 6,2 conclusões. É muita precisão e muita vulnerabilidade frente a frente em campo, embora a gente saiba que no futebol tudo pode mudar de uma hora para outra, principalmente porque a defesa do Ceará também está vulnerável, com cinco gols sofridos em casa em 35 finalizações, um gol sofrido a cada sete finalizações. A grande questão é se muda a má fase do ataque do São Paulo, que só fez gol em um dos últimos cinco jogos fora de casa.
 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Sport

  • A defesa do Sport vem mostrando força neste início de Brasileirão, sendo a terceira mandante que mais resistiu a finalizações, com um gol sofrido em 23 conclusões em duas partidas. O Cuiabá mostrou potencial defensivo no início da temporada, mas no Brasileirão sofre por não conseguir manter os advesários longe: é a segunda visitante que mais sofre finalizações por jogo (15,3). Apesar de isso lhe garantir a quarta maior resistência a pressões, precisaria reduzir o número de ataques sofridos para a equipe tentar se destacar. Pode ser agora, já que o Sport tem a menor média de finalizações por partida entre os 20 mandantes: 8,0 por jogo.
 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Bragantino

  • Em três jogos como mandante no Brasileirão, o Atlético-GO não levou gol, suportando 20 conclusões. É o terceiro mandante que menos permitiu finalizações aos adversários (6,7 por jogo). Desta vez recebe o Bragantino, líder da classificação do Brasileirão e o visitante que mais finalizou até aqui, com média de 16,3 arremates por partida. Em 49 finalizações (fora de casa) o Bragantino já marcou oito gols, média de um gol a cada 6,1 tentativas, quinta maior precisão ofensiva visitante. Atlético-GO vai precisar de atenção porque levou apenas dez gols em toda a temporada, mas sete foram pelo alto. O Bragantino é bom nisso aí: dos últimos oito gols como visitante, seis foram marcados a partir de jogadas aéreas. Tem potencial para ser um jogaço.

Metodologia

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 75.416 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.095 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos ainda a altura dos goleiros que sofreram cada uma dessas finalizações, a diferença de valor de mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo de cada e a diferença no placar no momento de cada finalização, além do ângulo e da distância entre a bola em cada conclusão e o gol em si.

De cada cem finalizações da meia lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia lua tem cerca de 0,07 expectativa de gol (xG). Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de virar gol, que cresce se for um contra-ataque, por haver menos adversários para evitar a finalização. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo. A partir da rodada #5, apresentaremos a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, que é representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo período de tempo (o jogo).

Resultado

Favoritismos acertou 25 dos 56 jogos analisados, aproveitamento de 45%.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gustavo Figueiredo, Leandro Silva, Mateus Pinheiro, Roberto Maleson e Valmir Storti.

Por Valmir Storti — Rio de Janeiro

Ge.com

POLITICA / ESPORTE. - Jornalista DRT - 2590-PI / Radialista DRT - 966-PI e Diretor Executivo PSN

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