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A derrota por 1 a 0 para a Portuguesa na estreia do Vasco no Campeonato Carioca foi decidida no primeiro tempo.

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Análise: figuras conhecidas decepcionam, e Vasco melhora com jovens que devem ser observados

Matías Galarza e Laranjeira fazem time de garotos crescer em derrota para a Portuguesa, após má atuação de Lucas Santos, Vinícius e Tiago Reis no primeiro tempo

A derrota por 1 a 0 para a Portuguesa na estreia do Vasco no Campeonato Carioca foi decidida no primeiro tempo. Mal no jogo aéreo, os comandados de Siston deram liberdade ao adversário, e Dilsinho fez o gol do duelo em uma cabeçada depois de perder outra grande chance.

O resultado do time de garotos – o Vasco mandou a campo a equipe sub-20 com o reforço de crias mais conhecidas – não deve servir para desqualificar a base. Se cometeu erros, inclusive na criação ofensiva, repetindo a má temporada que culminou com o rebaixamento do profissional à Série B do Brasileirão, há pontos positivos. O volante Matias Galarza e o atacante Laranjeira merecem ser observados com carinho, inclusive por Marcelo Cabo que acompanhou a partida da tribuna de São Januário.

Gabriel Pec tenta jogada em derrota do Vasco para a Portuguesa — Foto: Rafael Ribeiro/Vasco

Gabriel Pec tenta jogada em derrota do Vasco para a Portuguesa — Foto: Rafael Ribeiro/Vasco

Primeiro tempo ruim em todos os aspectos

Que o Vasco teve como calcanhar de Aquiles o jogo aéreo ninguém tem dúvidas, mas na frente o time também pouco produziu. Lucas Santos, em seu terceiro ano como profissional, e Vinícius, que inicia sua segunda temporada no elenco principal, não aproveitaram a oportunidade. Foram os piores em campo: abusaram de errar passes e dribles aparentando nervosismo. Ao lado de Tiago Reis, que não recebeu nenhuma bola para finalizar, sentiram a falta de ritmo de jogo – praticamente não foram usados por Vanderlei Luxemburgo. Não à toa saíram no intervalo.

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Atrás, a zaga não se entendia. Ulisses e Miranda se posicionaram mal em cruzamentos para área. Antes do gol de Dilsinho, o zagueiro e Emerson Carioca perderam boas chances. No intervalo e após o jogo, Miranda não tapou sol com peneira e falou da necessidade de melhorar no jogo aéreo:

– No lance do gol, acho que faltou comunicação. Erramos muitos passes no primeiro tempo, conduzimos demais a bola, faltou movimentação. No segundo, tocamos mais rápido, criamos jogadas pelos lados. Foi mais a cara do Vasco, com construção desde lá de trás.

Ensaio de melhora no início do segundo tempo

Com as entradas de Matías Galarza, Laranjeira e Figueiredo nos lugares de Vinícius, Lucas Santos e Tiago Reis, o Vasco cresceu. Ganhou em movimentação e logo criou situações para finalizar a gol. A figura do centroavante fixo (Tiago Reis) deu lugar a uma formação que passou a confundir a marcação adversária.

Aos poucos, as situações surgiram. O goleiro da Portuguesa passou a ter trabalho em chutes de média distância pois o Vasco tinha dificuldade de entrar na área – não à toa teve 26 cruzamentos contra oito do rival. Conseguiu uma vez, após Laranjeira servir Juninho, que não teve tempo de concluir na saída de Neguete.

O paraguaio Matías mostrou boas qualidades para um volante. É intenso, consegue marcar e tem força física para chegar ao ataque. Não se furta de finalizar e tem bom passe. Laranjeira, um meia-atacante, é rápido e conseguiu achar espaços. Foi a partir da dupla que o Vasco melhorou (Pec passou a ter com quem combinar jogadas), algo que por si só lhe dá a condição de ter sequência na equipe.

À medida que o gol de empate não saiu, a Portuguesa passou a cozinhar o jogo e ameaçou nos contragolpes – teve chute na trave e tirando tinta. O Vasco sentiu o cansaço na reta final – a equipe vem de temporada desgastante, com três títulos conquistados.

Sub-20 continua no Carioca

No sábado, o Vasco volta a campo. Siston comandará uma equipe de atletas do sub-20 contra o Volta Redonda, às 21h05, no Raulino de Oliveira, pela segunda rodada do estadual. O profissional, ainda de folga, só se reapresentará na segunda-feira.

É necessário acertar o posicionamento da defesa na bola aérea e oxigenar o setor ofensivo, que fez um primeiro tempo bem ruim. Gabriel Pec, que não chegou a se destacar, foi a exceção no setor.

Por Fred Gomes e Hector Werlang — Rio de Janeiro

Globoesporte.globo.com

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