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Wilson Lima é acusado de irregularidades na gestão da pandemia

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Operação Sangria apura desvios na construção de hospital de campanha. Agentes tentam prender secretário de Saúde

PF faz buscas na casa de Wilson Lima, governador do Amazonas

A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (2) seis mandados de prisão e 19 de busca e apreensão no Amazonas. A 4ª fase da Operação Sangria faz parte de uma investigação sobre desvio de verbas de combate à covid-19 no estado. Os agentes foram até a casa do governador Wilson Lima (PSC) para fazer buscas, na Secretaria de Saúde e na residência do titular da pasta, Marcelluls Campêlo, que não foi encontrado até o momento e, por isso, é considerado foragido. 

A PF apura irregularidades na construção do hospital de Campanha Nilton Lins, usada no combate à pandemia. O objetivo é apurar possíveis irregularidades decorrentes de processos de dispensas de licitação.

Conforme as autoridades, a quarta fase decorre de investigações que identificaram irregularidades na prestação de serviços para atender a unidade de saúde, no qual se verificou um sobrepreço para o serviço de limpeza no montante de R$ 1.971.882,12, que representa um valor 539% superior ao praticado no hospital de referência.

“O trabalho identificou que não houve a comprovação da realização dos serviços de lavanderia, além de burla às sanções administrativas que determinaram o bloqueio de um dos fornecedores e inscrição no Cadastro de Fornecedores do Estado do Amazonas e no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspeitas (CEIS)”, informou a CGU (Controladoria-Geral da União), que participa da operação junto ao MPF (Ministério Público) e à PF.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de fraude, peculato e pertencimento a organização criminosa. Se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.

STJ

Também nesta quarta-feira, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) vai analisar a denúncia oferecida contra Wilson Lima e outros acusados por crime de peculato no contexto da pandemia.

Segundo a denúncia, houve direcionamento de procedimentos de dispensa para a aquisição de ventiladores pulmonares (“respiradores”) e desvio de valores que deveriam ser revertidos pelo estado do Amazonas em ações de logística no combate à covid-19.

De acordo com a PGR (Procuradoria Geral da República), que ofereceu a denúncia, os valores teriam sido gastos de modo a beneficiar empresas e sócios. A investigação começou no ano passado, após notícias de que 28 aparelhos haviam sido comprados de uma loja de vinhos, e já teve três fases de medidas como busca e apreensão autorizadas pelo ministro Francisco Falcão, relator do caso no STJ.

Conforme a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, instalou-se na estrutura burocrática do governo do Amazonas, sob o comando de Lima, “uma verdadeira organização criminosa que tinha por propósito a prática de crimes contra a administração pública, especialmente a partir do direcionamento de contratações de insumos para enfrentamento da pandemia, sendo certo que, em pelo menos uma aquisição, o intento se concretizou”.

Do R7, com Amanda Ribeiro, da Record TV

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