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Italo Ferreira é ouro no surfe nas Olimpíadas de Tóquio

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Resumo das Olimpíadas: Italo garante primeiro ouro e Scheffer mantém a tradição da natação

Em madrugada com medalhas na água, Brasil brilha nos Jogos Olímpicos de Tóquio com direito a polêmica com Medina, esperança com Léo de Deus e vitórias no handebol e no vôlei de praia

“Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor” em Tóquio. E o Brasil fez bonito na água, fosse na salgada e com cloro na madrugada de terça-feira. No mar, Italo Ferreira fez bonito e garantiu a primeira medalha de ouro do Brasil no Japão e do surfe na história das Olimpíadas. Já na piscina, coube a Fernando Scheffer fazer renascer a tradição da natação, que passou em branco no Rio-2016, e ficar com o bronze nos 200m livre, prova histórica de Gustavo Borges.

Italo Ferreira é ouro no surfe nas Olimpíadas de Tóquio — Foto: André Durão

Italo Ferreira é ouro no surfe nas Olimpíadas de Tóquio — Foto: André Durão

O início do dia em Tóquio teve ainda polêmica com as notas que tiraram de Gabriel Medina até mesmo um lugar no pódio e esperança de mais pódio na natação com grande performance de Leonardo de Deus. Na canoagem, Ana Sátila garantiu a melhor colocação do Brasil na história, mas ficou fora da final, enquanto no judô a porta-bandeira Ketleyn Quadros ficou no quase no pódio.

Ouro no mar…

Italo Ferreira deu show no mar de Tsurigasaki e fez o hino nacional brasileiro tocar pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Com um somatório de 15,14 contra 6,60, o potiguar de Baía Formosa passou por cima de Kanoa Igarashi, algoz de Gabriel Medina, e garantiu primeira medalha de ouro do surfe na história das Olimpíadas.

Italo Ferreira, ouro no surfe nas Olimpíadas de Tóquio — Foto: André Durão

Italo Ferreira, ouro no surfe nas Olimpíadas de Tóquio — Foto: André Durão

O atual campeão mundial superou a quebra de uma prancha logo na primeira onda para confirmar o favoritismo e ficar a única medalha brasileira em uma modalidade que o país chegou repleto de esperança. Gabriel Medina perdeu o bronze para o australiano Owen Wright, enquanto Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb passaram longe do pódio no feminino.

“Eu vim com uma frase para o Japão: diz amém que o ouro vem”

– Eu treinei muito nos últimos meses, mas só tenho que agradecer a Deus por tudo isso. Meu intuito é ajudar as pessoas e as famílias. Eu queria que a minha avó estivesse viva para ver isso. Sou muito feliz pelo que me tornei, pelo que fiz pelos meus pais. Sempre pedi para que esse sonho fosse realizado e ele aconteceu – disse Italo.

… bronze na piscina

O primeiro pódio do Brasil na manhã de terça-feira em Tóquio veio no Centro Aquático. Fernando Scheffer fez valer a tradição brasileira nos 200m livre e repetiu Gustavo Borges com um lugar no pódio. Se o ídolo ficou com a prata em Atlanta-1996, o gaúcho garantiu o bronze em prova vencida pelo britânico Tom Dean.

Fernando Scheffer com a medalha de bronze no pódio em Tóquio — Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Fernando Scheffer com a medalha de bronze no pódio em Tóquio — Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

– Não sei até agora ainda (o que senti). Parece que estou travado no tempo. Quando caí para a prova, não estava pensando em tempo, colocação. Só queria fazer minha prova, colocar na água tudo que treinei e nadar feliz a cada braçada, aproveitando cada metro – disse Scheffer logo após sair da piscina.

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Polêmica com Medina

A polêmica da madrugada de terça ficou por conta das derrotas de Gabriel Medina na semifinal e na disputa pelo bronze. Apesar dos famosos aéreos, o bicampeão do mundo de surfe foi superado por Kanoa Igarash e Owen Wright com notas que quebraram a internet com reclamações sobre os juízes. Medina não escondeu a frustração por voltar para casa sem medalhas e deixou no ar a insatisfação com a avaliação de suas ondas:

“Têm coisas que não dá para entender, mas tinha que ser assim”

Gabriel Medina fala sobre notas polêmicas: “tem coisas que não da pra entender”

Léo de Deus no caminho para o pódio

De volta ao Centro Aquático de Tóquio, Leonardo de Deus deixou o Brasil com esperança de nova medalha nas finais da quarta-feira no Japão. O sul-mato-grossense classificou-se para a final dos 200m borboleta com o segundo melhor tempo da semifinal, atrás somente do fenômeno húngaro Kristof Milak. A disputa por um lugar no pódio acontece às 22h49 (de Brasília).

Léo de Deus em ação na semi dos 200m borboleta — Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Léo de Deus em ação na semi dos 200m borboleta — Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

– Eu sabia que estava bem no meio dos dois mais rápidos da prova e que são bem agressivos na parcial. Já fui com esse mindset de fazer a minha prova. Treinei para fazer isso. Minha primeira final olímpica com 30 anos, sou o titio da final.

Recorde com frustração

Ana Sátila conquistou em Tóquio seu melhor resultado em Olimpíadas, mas não ficou satisfeita. Em sua terceira participação olímpica, a canoísta ficou em 13ª no K1 (caiaque), só que não conseguiu cumprir a meta de chegar à final. Ana volta ao Centro de Canoagem Slalom Kasai nesta quarta-feira, às 0h50 (de Brasília), para disputar a eliminatória do C1, prova em que foi bronze no Mundial de 2017. Pedro Gonçalves também inicia o páreo no K1.

Ana Sátila nas Olimpíadas — Foto: Wander Roberto/COB

Ana Sátila nas Olimpíadas — Foto: Wander Roberto/COB

– Eu sabia que tinha nível para estar nas duas finais e lutar por medalha. É um momento muito difícil para qualquer atleta. O foco agora é descansar. Pegar as coisas positivas e usar na minha próxima competição – lamentou.

Ketleyn não consegue repetir Pequim

Medalhista de bronze em Pequim-2008, Ketleyn Quadros foi a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura e entrou no tatame como esperança de pódio na categoria até 63kg do judô. Depois de duas vitórias e uma derrota nas eliminatórias, a brasileira teve a chance de disputar o bronze, mas acabou derrotada na repescagem pela holandesa Juul Franssen. Entre os homens, Eduardo Yudy caiu na primeira luta da categoria até 81kg para o israelense Sagi Muki.

Ketleyn Quadros cai para holandesa e dá adeus aos Jogos Olímpicos — Foto: REUTERS/Sergio Perez

Ketleyn Quadros cai para holandesa e dá adeus aos Jogos Olímpicos — Foto: REUTERS/Sergio Perez

Vitórias nos esportes coletivos

O Brasil venceu a Hungria por 33 a 27 na segunda rodada do torneio feminino de handebol. A goleira Babi foi o destaque da partida, juntamente com o trio Ana Paula, Samara e Duda. Na próxima quarta-feira, as meninas medem forças com a Espanha pelo Grupo B.

Brasil e Hungria handebol feminino Tóquio 2020 — Foto: Reuters

Já no vôlei de praia, Evandro/Bruno Schmidt não tiveram dificuldades para despachar a dupla de Marrocos por 2 sets a 0 (21 x 14 e 21 x 16) e encaminhar a classificação para as quartas de final. Por outro lado, Alison/Álvaro Filho perdeu para Lucena/Dalhausser por 2 sets a 1 (22/24, 19/21 e 13/15).

Evandro/Bruno Schmidt Tóquio 2020 — Foto: Reuters/Pilar Olivares

Decepção japonesa

A grande decepção da madrugada ficou por conta de Naomi Osaka. Ídolo japonesa e responsável por acender a pira olímpica na cerimônia de abertura, a tenista número 2 do mundo caiu para a tcheca Marketa Vondrousova, número 42 do ranking, por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/4.

Naomi Osaka perde nas oitavas para a tcheca Marketa Vondrousova — Foto: David Ramos/Getty Images

A participação de Naomi Osaka nos Jogos Olímpicos marcou o retorno dela às quadras depois de alguns meses de ausência. Antes do torneio em casa, a última vez que ela havia entrado em quadra para um jogo oficial foi em maio, quando decidiu abandonar Roland Garros depois de ser multada por se recusar a dar entrevistas coletivas, alegando problemas com sua saúde mental.

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