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Alison e Álvaro comentam a derrota contra a Letônia e a participação nos jogos – Olimpíadas de Tóquio

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“O Brasil está parado”, diz Alison sobre momento do vôlei de praia

País fica sem medalha na modalidade pela primeira vez e campeão olímpico faz desabafo, mas pondera: “Está uma m…? Não, não está uma m…Mas a gente precisa abrir os olhos”

O Brasil encerrou a participação no vôlei de praia sem nenhuma medalha conquistada. O último time ainda na disputa era Alison e Álvaro, que foi derrotado pela dupla Martin Plavins e Edgar Tocs, da Letônia nesta quarta-feira, em Tóquio. Após o jogo, Alison, de 35 anos e dono de duas medalhas olímpicas, desabafou sobre o momento da modalidade:

Alison e Álvaro Filho se despedem dos Jogos Olímpicos de Tóquio  — Foto: Getty Images

Alison e Álvaro Filho se despedem dos Jogos Olímpicos de Tóquio — Foto: Getty Images

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– O Brasil ganhou ouro em 2016 e não mudou nada. O Circuito seguiu o mesmo, do mesmo jeito, mesmo número de etapas, só esperando Alison e Bruno, como era com Ricardo e Emanuel. Quando comecei, nos anos 1990, eram 24 etapas. O que eu quero dizer é para mudar o sistema. Brasil e EUA não dominam mais. Por que isso acontece? Temos que conversar e debater sobre isso, até hoje não perguntaram a nossa opinião – disse Alison.

Alison e Álvaro quartas de final vôlei de praia Tóquio 2020 — Foto: Getty Images

Alison e Álvaro quartas de final vôlei de praia Tóquio 2020 — Foto: Getty Images

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– Não é só trazer time para o Mundial. É ter um circuito forte, valorizar as comissões técnicas, valorizar o centro de treinamento, valorizar as categorias de base. Quem banca nosso centro de treinamento somos nós, 17 funcionários. Isso não é desculpa para a derrota de hoje. O jogo de hoje é uma outra coisa, perdemos mesmo. Mas o mundo está evoluído e nós estamos parados na década de 1990. O mundo está capotando e a gente está parado – completou.

Países que não tinham muita tradição na modalidade, como Letônia, Noruega e Rússia, estão se destacando no vôlei de praia e devem dominar as medalhas.

– O mundo descobriu que é um esporte barato e que traz medalha, e o Brasil está parado no tempo. Não são só oito etapas. A gente tem que evoluir, a gente tem que ter mais circuito, mais atletas, temos que incentivar. Nossos técnicos estão indo para quadra ou para outros países. Está uma merda? Não, não está uma merda. Mas precisamos abrir os olhos – disse.

Por Guilherme Costa — Tóquio, Japão

Ge.globo.com

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