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O ministro do STF A. de Moraes determinou a prisão preventiva do ex-deputado Jefferson (PTB-RJ)

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Pedido foi feito pela Polícia Federal no inquérito sobre organização criminosa digital contra a democracia

Moraes, do STF, determina prisão de ex-deputado Roberto Jefferson por ataques às instituições democráticas

BRASÍLIA — O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e o cumprimento de busca e apreensão contra ele por suposta participação em uma organização criminosa digital montada para ataques à democracia.

O pedido de prisão partiu da Polícia Federal, que detectou a atuação de Jefferson em uma espécie de milícia digital que tem feito ataques aos ministros do Supremo e às instituições. A investigação faz parte do novo inquérito aberto por ordem de Moraes após o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos, para apurar uma organização criminosa digital.

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A PF cumpre os mandados na manhã desta sexta-feira, mas não localizou Roberto Jefferson no endereço que constava na investigação. Em seu Twitter, o ex-deputado afirmou que a PF estava na casa de sua ex-mulher. “Vamos ver de onde parte essa canalhice”, afirmou na rede social.

Roberto Jefferson com arma de fogo: político aproxima partido de posições de Bolsonaro, incluindo ataques ao Supremo Foto: Reprodução
Roberto Jefferson com arma de fogo: político aproxima partido de posições de Bolsonaro, incluindo ataques ao Supremo Foto: Reprodução

Ao GLOBO, a filha de Jefferson e ex-deputada federal, Cristiane Brasil (PTB-RJ), afirmou que a família é vítima de “perseguição” e criticou a operação realizada na casa de sua mãe.

— Mais uma vez a PF tirou minha mãe da cama, às 6h da manhã, que tem 70 anos, dificuldade de locomoção, batendo na casa errada! Ela é meu pai já estão separados há 20 anos! Somos perseguidos políticos. E meu pai, pelo que sei, não está bem de saúde. Daqui a pouco o Alexandre vai mandar prender os filhos também? — disse Cristiane

O ex-deputado, que já foi preso anteriormente por sua condenação no mensalão, hoje é aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e tem veiculado com frequência vídeos com ataques aos ministros do Supremo.

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Em um desses vídeos mais recentes, Jefferson ameaça a não realização de eleições no próximo ano caso não seja aprovado o voto impresso, que foi derrotado na Câmara dos Deputados.

— Se não houver voto impresso e contagem pública de votos, não haverá eleição ano que vem — disse.

O inquérito sobre organização criminosa digital contra a democracia apura a articulação entre grupos bolsonaristas nas redes sociais com o objetivo de fazer ataques contra a credibilidade das instituições e até mesmo ameaças às instituições democráticas.

Essa articulação foi detectada pela PF dentro do inquérito dos atos antidemocráticos. Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pedido arquivamento desse inquérito, Moraes acolheu o arquivamento mas determinou a abertura de uma nova apuração, apontando a existência de indícios da participação de políticos com foro privilegiado nessa organização criminosa.

Aguirre Talento e Jan Niklas

Oglobo.globo.com

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