Gaúcho busca manter a boa sequência de resultados para poder se aproximar dos líderes no Brasileirão

Em duelo de eficiências contra o Ceará, visitante Flamengo é favorito por ser ainda mais eficaz

Duelo coloca um dos melhores mandantes contra um dos melhores visitantes frente a frente e o desafio é segurar a eficiência ofensiva de um com a defesa bem postada de outro

O ataque dos 101 gols do Flamengo na temporada (média 2,30) viaja para enfrentar o Ceará da quinta melhor defesa com 35 gols sofridos (média 0,78) no mesmo período. A partida é válida pelo Campeonato Brasileiro, no qual o Flamengo também tem o melhor ataque da competição com 27 gols marcados (1,93), e o Ceará tem a quinta melhor defesa com 16 gols sofridos (média 1,00).

Considerados apenas os jogos do Brasileirão, o Flamengo vem de duas vitórias consecutivas. Já o Ceará não vence há duas rodadas, com um empate e uma derrota.

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O Ceará é o quarto melhor mandante da competição (5 V, 2 E, 1 D, 71%), com o sexto melhor ataque (13 gols marcados, média 1,63) e a oitava melhor defesa mandante (sete gols sofridos, média 0,88).

O Flamengo é o terceiro melhor visitante (3 V, 0 E, 2 D, 60%), com o melhor ataque visitante (11 gols marcados, média 2,20) e a terceira melhor defesa forasteira (quatro gols sofridos, média 0,80).

Renato Gaúcho busca manter a boa sequência de resultados para poder se aproximar dos líderes no Brasileirão — Foto: REUTERS/Cesar Olmedo

Eficácia à prova

Tem tudo para ser uma partida de eficiências.

Diferentemente dos jogos fora, o Ceará em casa tem o mérito de ser uma equipe que finaliza muito e com alta eficiência. É o sexto mandante que mais finaliza, com média de 14,0 conclusões por partida, e o sexto que precisa de menos chances para marcar, em média com um gol a cada 8,6 tentativas.

Nesses quesitos, o Flamengo é o especialista: visitante que mais conclui, em média 14,4 por partida, também é o mais eficaz, com um gol marcado a cada 6,5 finalizações.

Tudo passa pela defesa

A solidez defensiva será fundamental para conseguir um bom resultado. Nos últimos quatro jogos em casa (Juventude, Athletico-PR, Fortaleza e Atlético-GO), o Ceará só levou um gol, no clássico contra o Fortaleza. Não perde em casa há seis jogos (4 V, 2 E, 0 D, 78%).

Isso porque o Ceará é apenas o 12º mandante em finalizações sofridas, permitindo em média 11,3 conclusões por jogo aos adversários, uma temeridade contra uma equipe tão precisa quanto a do Flamengo. No entanto, até aqui, o Ceará vem sendo o sexto mandante que mais resiste a pressões, com um gol sofrido a cada 12,9 finalizações de oponentes. Sua resistência em casa é o dobro da eficiência do ataque do Flamengo. Será um ótimo desafio.

Guto Ferreira e o Ceará procuram a recuperação depois de duas rodadas com apenas um ponto conquistado — Foto: Thiago Gadelha/SVM

Já o Flamengo é o visitante que menos permite finalizações aos adversários, em média apenas 9,0 por partida, praticamente o mesmo que o Ceará precisa para fazer um gol. Mas até aqui, o Flamengo tem resistido em média a 11,3 finalizações para cada gol sofrido, nono desempenho.

Um mérito da defesa do Flamengo é ser no agregado dos mandos a quarta com menor percentual de finalizações sofridas de dentro da área (45%), enquanto o Ceará é equipe com maior percentual de finalizações sofridas de dentro da área (54%), outra temeridade contra um ataque tão poderoso.

Como ameaçam?

O Ceará tem atacado principalmente com bolas rasteiras, tendo feito com trocas de passes seis dos últimos dez gols, mesma influência dos gols sofridos, sem contar pênaltis e faltas diretas. Também foi assim que o Flamengo sofreu seis dos últimos dez gols em jogadas.

O Rubro Negro usou bolas altas para marcar seis dos últimos dez gols, quatro na goleada por 5 a 1 sobre o Olímpia, pela Libertadores.

Probabilidade de cada resultado

• Ceará – 27,5%
• Empate – 29,1%
• Flamengo – 43,4%

Metodologia

Para o cálculo das probabilidades de cada resultado, o economista Bruno Imaizumi emprega um modelo estatístico que utiliza uma distribuição de Poisson bivariada combinada com o método de simulação de Monte Carlo. A partir de parâmetros estabelecidos pela análise de mais de 77 mil finalizações em Brasileirões coletadas pelo Espião Estatístico desde 2013, avalia os desempenhos recentes dos times na temporada, utilizando sobretudo os indicadores de Expectativa de Gol (xG).

Por Mateus Pinheiro e Valmir Storti — São Paulo e Rio de Janeiro

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