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Em Teresina, no Piauí, Branco optou em não opinar sobre o conturbado momento da presidência da CBF.

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Branco se esquiva sobre Caboclo e não vê crise na CBF interferir nas seleções: “A gente tem autonomia”

Coordenador das categorias de base da CBF afirma que trabalho é “único e exclusivamente em formar grandes seleções” e diz não ter alcance para opinar sobre permanência Rogério Caboclo, afastado da presidência após denúncia de assédio

Coordenador das categorias de base da seleção brasileira, o tetracampeão Branco afirmou que a crise na CBF, deflagrada com o afastamento de Rogério Caboclo da presidência da confederação, após denúncia de assédio, não reflete nos trabalhos das seleções. Para ele, há autonomia das áreas de futebol da entidade, onde o pensamento é “único e exclusivamente em formar grandes seleções”.

Em Teresina, no Piauí, onde assistiu à final do Campeonato Piauiense sub-20, Branco optou em não opinar sobre o conturbado momento da presidência da CBF. Ao ser questionado sobre a carta aberta dos 27 presidentes das federações estaduais, que pediram a renúncia de Caboclo, o ex-lateral respondeu não ter alcance para falar do caso. Veja a entrevista no vídeo acima.

– Não, nada, nada (se reflete no trabalho das seleções) – iniciou Branco, completando:

– Me deixa falar um negócio, infelizmente, não vou poder responder por que não está ao meu alcance. Meu alcance é a parte técnica, a parte de formação, de fazer grandes seleções. A gente tem uma autonomia para trabalhar dentro da casa, que permite a gente ter uma estrutura espetacular que a CBF dá.

Branco, em Teresina  — Foto: Arthur Ribeiro

Branco, em Teresina — Foto: Arthur Ribeiro

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A medalha de ouro da Seleção nas Olimpíadas de Tóquio foi um exemplo dado por Branco para retratar, segundo ele, como o trabalho da pasta não foi atingido, apesar do ambiente instável na alta cúpula do comando da CBF.

– Está aí, a amostra das Olimpíadas: a gente teve o suporte, independentemente de qualquer coisa, a gente pensou só no futebol, só no objetivo final, que era conquistar a medalha de ouro. Graças a Deus, igualamos a Argentina e o Uruguai no bicampeonato olímpico. Isso é o mais importante, que a gente conquistou e tem que pensar único e exclusivamente em formar grandes seleções – argumentou.

Na última quarta-feira, o Conselho de Administração da CBF decidiu escolher Ednaldo Rodrigues para substituir Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, no comando da confederação. Ednaldo revelou que ficará no cargo até o fim do processo contra Caboclo.

Rogério Caboclo, presidente afastado da CBF — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Rogério Caboclo, presidente afastado da CBF — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Sobre a nova mudança na presidência e uma hipótese de mexida nas gestões das seleções, Branco afirmou que o trabalho está indo muito bem.

– A gente trabalha em conjunto, temos uma integração muito grande, da base com a principal, com o Juninho, o coordenador, o Tite. O trabalho está indo muito bem desta forma. Eu só tenho que agradecer à seleção principal, ao Tite, a comissão que tem acreditado no nosso trabalho. A grande prova é que após as Olimpíadas seis jogadores foram chamados para os três jogos das Eliminatórias, contra Chile, Argentina e Peru.

– De resto, o Brasil é líder. Estamos ali para se ajudar, é uma família, a gente torce para que a gente seja cada vez mais forte. Se Deus quiser, o trabalho de todos, principal do Tite, do Juninho, da comissão técnica, com qualidade individual que a gente tem, a gente consiga ir para o Catar com uma Seleção fortíssima e conquistar o hexacampeonato, esse é o grande objetivo – concluiu.

Branco — Foto: Arthur Ribeiro

Branco — Foto: Arthur Ribeiro

Ano mais importante da vida e elogios a Matheus Cunha

Na entrevista no Piauí, Branco também respondeu a outros temas.

Vitória contra a Covid-19 e ouro em Tóquio
– Meu retorno ao trabalho, tem uma palavra que define. E ela se chama superação. Deus me deu a oportunidade de voltar, e eu tive a chance de voltar. Talvez, Ele tenha dito: fica um pouco mais aí para você cumprir alguma coisa a mais. Agradeço a oração de todos. Ter ganhado a medalha de ouro foi um presente e tanto, particularmente, espetacular. O ano mais importante da minha vida: vitória da vida e uma Olimpíada.

Branco, ex-lateral da seleção brasileira — Foto: Arthur Ribeiro
Branco, ex-lateral da seleção brasileira — Foto: Arthur Ribeiro

Arana na Seleção
– Se tratando de Olimpíada, o Arana foi bem demais, um reloginho, né? Foi perfeito em todos os sentidos. Marcação, criação, no ataque. O cara que tem uma qualidade. Muito bom, tanto que o Tite convocou para os jogos das Eliminatórias.

Elogios a Matheus Cunha
– O Matheus é o grande exemplo que a gente olha para todos os lados. O Nordeste sempre deu grandes jogadores e dará ao Brasil. Esse garoto é um jogador diferenciado, um garoto culto, de uma família humilde, saiu muito cedo de casa. É um exemplo que ninguém pode desistir. É um garoto que merece tudo de bom, tudo aquilo que a gente projeta como gestor para toda a garotada que a gente começou a coordenar desde os 15 anos de idade. Ele como Daniel Alves, Philippe Coutinho, Neymar, outros tanto, que passaram pela base da Seleção e cresceram.

Por Arthur Ribeiro e Josiel Martins — Teresina

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