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Protesto do Hezbollah termina com mortos e feridos no Líbano

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Manifestação exigia a destituição do juiz responsável pelo processo sobre a explosão que ocorreu em agosto de 2020 no porto da capital Beirute, que mandou prender um deputado.

Protesto do Hezbollah termina com mortos e feridos no Líbano

Uma manifestação dos movimentos islâmicos Hezbollah e Amal em Beirute, capital do Líbano, terminou em tiros, mortos e feridos nesta quinta-feira (14).

A agência de notícias France Presse diz que uma pessoa morreu e outras oito ficaram feridas.

A vítima foi baleada na cabeça e três dos feridos estão em estado crítico, segundo a médica Mariam Hassan, do hospital Sahel, que fica nos arredores de Beirute.

A agência Reuters diz que são cinco mortos, incluindo uma mulher atingida por uma bala dentro de sua casa.

Manifestantes atacados

A manifestação exigia a destituição do juiz Tarek Bitar, responsável pelo processo sobre a explosão que ocorreu em 4 de agosto de 2020 no porto da cidade.

A tragédia causou a morte de pelo menos 214 pessoas e feriu mais de 6 mil, além de destruir vários edifícios na capital libanesa.

O Exército libanês afirma que manifestantes foram atacados quando passavam pela rotatória de Teyouneh, em uma área que divide os bairros cristãos e xiitas da cidade.

A população precisou correr para se proteger dos tiros, e o Exército passou a patrulhar as ruas (veja no vídeo no início desta reportagem).

Mulher segura as mãos de crianças e corre na saída da escola após o início de um tiroteio em Beirute, capital do Líbano, em 14 de outubro de 2021 — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

Soldados do Exército patrulham rua de Beirute em 14 de outubro de 2021 após tiros serem disparados perto do local de um protesto contra o juiz Tarek Bitar, que está investigando a explosão do porto da capital do Líbano no ano passado — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

O Hezbollah e o Amal disseram que grupos atiraram contra os manifestantes a partir de telhados. Os dois grupos dizem que Bitar está politizando a investigação.

Prisão de deputado e denúncia

O juiz interrogou vários políticos e funcionários do governo, incluindo aliados do Hezbollah, suspeitos de negligência que levou à explosão do porto.

Ela foi causada por uma grande quantidade de nitrato de amônio que estava armazenada no local.

Na terça-feira (12), Bitar emitiu um mandado de prisão contra Ali Hassan Khalil, deputado e ex-ministro das Finanças que é membro do Amal e aliado do Hezbollah.

Dois ex-ministros apresentaram uma denúncia contra o magistrado — que suspendeu a investigação. A acusação foi negada nesta quinta, e Bitar poderá retomar seu trabalho.

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Fonte: G1

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