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Desde a saída de Renato Gaúcho, o Flamengo fez três movimentos no sentido de substituí-lo.
Sem técnico há duas semanas, Flamengo coleciona currículos e pena por tiro certeiro no mercado
Convicto na busca por um estrangeiro e com preferência por um português, clube não tem alvo definido 16 dias após demissão de Renato e recebe chuva de ofertas através de empresários
Muitas ofertas, alguns contatos e nenhuma negociação avançada em curso. Este é o cenário do Flamengo que busca há 16 dias o substituto de Renato Gaúcho para comandar a equipe em 2022.
Com a definição de que quer um estrangeiro, de preferência português e com comissão técnica completa, chovem ligações diariamente de empresários oferecendo nomes que se aproximem do perfil, mas até agora não há consenso que indique um alvo rubro-negro.
Marcos Braz durante a eleição do Flamengo — Foto: André Durão
Especulações que envolvam profissionais empregados vão contra o que foi decidido de não investir no pagamento de multas rescisórias. Carlos Carvalhal, por exemplo, agrada, só que tem contrato em vigor e trabalho consistente no Braga. Em semana de eleições nos conselhos deliberativo e de administração, o Flamengo se divide entre a cena política na Gávea e o planejamento que é tocado sob o argumento de que há tempo para dar o tiro certeiro.
Desde a saída de Renato Gaúcho, o Flamengo fez três movimentos no sentido de substituí-lo. Nenhum, no entanto, com a profundidade necessária para tratar como negociação. Primeiro, Marcos Braz se reuniu com o empresário Bruno Macedo no dia 30 de novembro, um dia após o anúncio da demissão do treinador vice-campeão do Brasileirão e da Libertadores.
Rodolfo Landim foi reeleito presidente do Flamengo para o próximo triênio — Foto: André Durão
Foi Bruno quem intermediou a vinda de Jorge Jesus em 2019 e trata-se de um agente com mercado aberto principalmente no cenário português. Na janta, foram discutidas as possibilidades de retorno do Mister e a situação de Carlos Carvalhal, ambas avaliadas de cara como complicadas, além de passadas as condições financeiras e de desejo de trabalho para que opções fossem apresentadas dali em diante.
Pouco depois, o Flamengo fez contatos para saber das situações tanto do próprio Mister quanto de Marcelo Gallardo – este através de intermediários. A resposta foi de que ambos tinham outros projetos profissionais, mas dependiam de variantes: a eleição presidencial no River Plate e a definição das oitavas de final da Champions League.
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Na última quinta, as duas situações se resolveram e confirmaram a expectativa rubro-negra de que tratavam-se de nomes inviáveis. Gallardo renovou com o River e Jesus classificou o Benfica para as oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa. Foi o momento de o Flamengo entrar no “mercado real”.
Com adversários diretos na Libertadores, como Palmeiras e Fluminense, já em movimentos de contratações de reforços, o Flamengo segue à espera não somente de um treinador, mas, antes disso, de um nome para que possa se aprofundar nas negociações.
A ansiedade da torcida contrasta com a paciência da diretoria, que marcou a reapresentação do elenco para o dia 10 de janeiro.
Por Cahê Mota e Fred Huber — Rio de Janeiro
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