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Eletrobras lança oferta de ações para privatização da companhia
Operação que pode movimentar cerca de R$ 30 bilhões, pelas estimativas do governo. Novas ações devem começar a ser negociadas na B3 em 13 de junho.
A Eletrobrás entregou nesta sexta-feira (27) os documentos necessários para realizar a oferta de ações que vai resultar na privatização. Com isso, a empresa lança oficialmente ao mercado uma operação que pode movimentar cerca de R$ 30 bilhões, pelas estimativas do governo.
A operação envolverá uma oferta primária (de ações novas) e secundária (de ações já existentes) de ações ordinárias (ações com direito a voto) realizada simultaneamente no Brasil e no exterior.
A oferta primária será, inicialmente, de 627.675.340 novas ações. O comunicado diz ainda que a quantidade de ações da oferta inicial poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 15% do total das ações, aponta a Reuters.
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O início do período de reserva será de 3 a 8 de junho (7 de junho para a reserva prioritária), segundo comunicado entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O processo de coleta de intenções de investimento (“bookbuilding”) será em 9 de junho, quando será definido o preço por ação.
O início das negociações das ações da oferta será em 13 de junho.
Com o lançamento oficial da oferta ao mercado, os próximos passos são o “roadshow” de apresentação da oportunidade a investidores e a coleta de intenções de investimento, quando se apura efetivamente a demanda do mercado pela operação e o valor final por ação da oferta.
Balanço republicado
Na manhã desta sexta-feira, a companhia republicou o seu balanço relativo ao primeiro trimestre para incluir, no parecer do auditor independente, um parágrafo que enfatiza as incertezas decorrentes da decisão de Furnas, subsidiária da Eletrobrpas, de assumir a dívida arbitral de R$ 1,58 bilhão da usina de Santo Antônio Energia (Saesa). A discussão sobre a usina acabou atrasando o lançamento da oferta.
Se não houver autorização dos debenturistas para a subscrição do aumento de capital da Saesa, a Eletrobras pode ficar inadimplente. Furnas possuía uma dívida de R$ 7 bilhões no fim de março, enquanto a dívida consolidada da Eletrobrás é de R$ 41,64 bilhões, segundo o Valor Online.
Por g1