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Temos uma situação em relação ao Oscar. Deixar claro que ainda não tem nada.

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Flamengo diz que Oscar ainda não foi liberado pelo Shanghai

Dirigente reforça interesse no atleta de 30 anos e diz que este “dispensa comentários”

Após a apresentação de Pulgar, Marcos Braz e Bruno Spindel entraram em ação para falar dos próximos passos do Flamengo no mercado. O meia Oscar, em vias de deixar o Shanghai, foi tema principal da coletiva.

– Temos uma situação em relação ao Oscar. Deixar claro que ainda não tem nada. O Flamengo jamais teve qualquer negociação com o clube chinês. O Flamengo respeita o Shanghai e muito. A gente respeita a história do Oscar no Shanghai. Chegou lá em 2017. Ele tem uma história com o clube e é ídolo das crianças chinesas que moram em Shangai. O Flamengo respeita isso. E por respeitar e por estar sempre atento a isso, o Flamengo vai aguardar até onde se achar confortável e possível para que se tenha a liberação, para que possamos definir a contratação. Ainda não tem nada, o jogador nem sequer tem a liberação para treinar. Isso até o momento que sentei nessa cadeira.

– A gente espera que dentro do mais próximo possível a gente resolva isso para que a gente possa tentar a contratação de um jogador que também dispensa comentários. Jogador de Premier League e bem acima da média no futebol brasileiro.

Braz confirmou que o Flamengo tenta um empréstimo válido até o final da temporada, mas reforçou o discurso de respeito ao clube chinês. Mostrou otimismo pautado na vontade de Oscar e voltou a bater na tecla de ter paciência para contratá-lo.

– É de interesse que ele tenha contrato até o fim do ano. Oscar chegando até o último dia que permita sua inscrição para o Brasileiro é de interesse. Isso não quer dizer que o negócio será efetuado. A gente ainda não abriu nenhuma tratativa, ainda não tem nada certo. A gente até acha que não vai ter problema nenhum, vale muito a vontade do jogador sempre. Mas não tem absolutamente nada. Temos que respeitar o clube chinês e a torcida deles, ele é um ídolo lá. Vamos esperar o tempo possível para que o Shanghai tenha a melhor decisão possível para eles lá.

Oscar com a camisa do Flamengo — Foto: Reprodução

Oscar com a camisa do Flamengo — Foto: Reprodução

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Por que disse num primeiro momento que Oscar era inviável?

– Quando fui arguido sobre o Oscar, foi em cima de um tuíte de um jornalista italiano que parece ser um grande jornalista, eu não conheço. E ele disse que a gente já estaria em negociação com o clube chinês. Ele foi bem explícito. E eu deixei claro que a gente nunca falou com o time chinês, esse é o primeiro fato. O segundo ponto para se esclarecer é que quando a gente teve o conhecimento de que o jogador não iria completar essa temporada na China, eu simplesmente fui perguntar sobre, para quem de direito, as condições contratuais dele na China.

– Quando eu soube dos valores, eu falei: é impossível você entrar nessa negociação nessa situação que está. Que sequer eu tinha a certeza se ele de fato iria ficar até o final do ano aqui sem retornar para a China.

– Um pouco mais à frente, quando fomos entendendo que de fato ele não iria voltar, o Flamengo primeiro se colocou à disposição abrindo a estrutura do clube para ele manter a forma. Gosto de ratificar isso. Um atleta de alto rendimento, de 30 anos, que não está suspenso por doping ou por qualquer outro motivo, e que também não tem lesão, acho que é muito ruim esse atleta não fazer suas atividades por quatro a cinco meses.

– O Flamengo num primeiro momento se colocou à disposição. É um jogador que, se de fato quer ficar no Brasil. Se ele tem a intenção de morar no Rio de Janeiro ou se ele gostaria de morar no Rio de Janeiro. Se tivesse adequado à questão do orçamento em relação aos outros salários que pagamos no grupo, acho que a minha obrigação e do Bruno era pelo menos saber qual é de fato a intenção e a realidade salarial. Foi isso que aconteceu.

– O tempo passa rápido. Essa entrevista foi há três semanas. Foram se concretizando situações que achava que não iriam acontecer. Quando falei que não procedia era que Flamengo e Shanghai estavam conversando. Nunca teve isso dentro do nosso planejamento.

– Agora vai se passando o tempo, o jogador está no Brasil, a gente vai encurtando as relações. Eu de fato falo com o jogador. Isso aí não é com o Oscar. Eu falo com todos os jogadores. Independentemente do tamanho do jogador, a gente sempre mantém a relação interpessoal. Em nenhum momento a gente tirou a imprensa brasileira da sua rota.

Interesse em Walace mantido?

– A gente tinha um interesse maior no começo da janela, não foi possível, agora a gente vai analisar as horas finais da janela.

Renovação com Dorival já é debatida?

– Relação com Dorival é a melhor possível e maravilhosa. Na hora certa e na hora que o Flamengo entender que tem que conversar com ele, vai fazer. Se ele entender que quer conversar conosco, ele me encontra todo dia, encontra o presidente e o Bruno todo dia.

E as situações de Rodinei e Filipe Luís, que têm seus contratos em reta final?

– Em relação aos atletas em final de contrato, os contratos estão em vigência. A hora que o Flamengo se sentir confortável de conversar com eles, a gente vai fazer.

Regularização de Guillermo Varela

– Dentro dessa semana acho que tudo vai ser resolvido. Não sei nem por que está demorando. O Flamengo não tem nenhuma relação com o Dínamo. O Flamengo fez uma tratativa com o jogador e com os empresários e as pessoas envolvidas na negociação. O jogador, por livre arbítrio, acionou um dispositivo da Fifa, dispositivo que chamam dispositivo de guerra. Em função disso, o Flamengo se sentiu tranquilo em relação a fazer essa contratação. Parece que, em rede social, tem muito choro lá no Dínamo, mas ele não foi nem o primeiro nem o último jogador a acionar esse dispositivo.

– Acho que analisar esse dispositivo não cabe a mim. É um dispositivo até um pouco forte em relação às consequências para um clube, mas sou dirigente do Flamengo, e a gente vai usar sempre os melhores caminhos possíveis para trazer os melhores jogadores.

Janela positiva e elogios a Dorival

– Acho que a primeira contratação dessa janela foi o Dorival. A primeira grande contratação foi o Dorival. Na sequência trouxemos o Cebolinha, que é de seleção. Trouxemos o Vidal, que dispensa comentários, o Pulgar e o Varela, que jogou Copa do Mundo e que está numa idade maravilhosa.

Elogios a Pulgar

– Jogador de seleção, que tem quase 200 jogos na liga italiana, que é fortíssima. Jogador que sempre se colocou à disposição para vir ao Flamengo. Deixou claro sempre que gostaria de jogar aqui no Flamengo. Acho isso importante. A gente, como dirigente, tem que ter a sensibilidade de ver qual é o limite do desejo.

Flamengo precisa vender jogadores?

Bruno Spindel: – Não tem nenhuma saída avançada ainda, é óbvio que o orçamento tem suas previsões, e o Flamengo sempre respeita e buscar cumprir o orçamento da forma que for. Atingindo receitas e número de caixa que tenha de atingir, mas saída próxima não tem não.

Marcos Braz: – A saída a gente tem que fazer com muito mais tranquilidade do que teoricamente uma entrada de jogador. Quem é da bola e conhece de vestiário, quando é vazada a possível vinda de um jogador, do Oscar ou do Vidal ou não, quando não acontece, há uma frustração, mas o impacto é mínimo.

– Já quando é ao contrário, quando você teoricamente precisa ou quer tirar um jogador, e você não consegue tirar o jogador, o impacto interno é muito maior. Então a gente procura ter um cuidado ainda maior na saída de um jogador. Em respeito ao jogador e ao ser humano. E se ele não sair pode se criar uma situação desfavorável e um ambiente que ninguém quer, de o jogador saber que um dirigente quer tirar o jogador.

Por Fred Huber — Rio de Janeiro

Ge.globo.globo.com

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