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O Atlético-MG novamente foi derrotado sob o comando de Cuca.

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Análise: Atlético-MG segue com dificuldades, mas toma primeiro passo para uma recuperação

Time treinado por Cuca esbarra em diversos fatores e falha em apresentar futebol que dominou o Brasil na temporada passada

O Atlético-MG novamente foi derrotado sob o comando de Cuca. Desde o retorno ao Galo, é a terceira derrota em seis jogos. Cenário diferente da equipe do ano passado, que contava praticamente com o mesmo elenco. Entretanto, o primeiro passo para melhora é reconhecer que o atual momento não é bom, e isso o treinador alvinegro fez.

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Com dificuldades, o Atlético perde mais uma chance de encostar no objetivo traçado para 2022 após as eliminações: o G-4 (veja a tabela). Diante do Goiás, o Atlético criou chances. Apostando nas bolas esticadas pelas laterais, o Galo incomodou o adversário. Pavón foi lançado por Keno e, de frente para o gol, não finalizou. O próprio Keno teve chance de cabeça, mas parou em Tadeu. Zaracho, um dos únicos com boa atuação, quase marca gol de voleio semelhante ao que fez diante do River Plate em 2021.

Hulk até tentava participar das jogadas ofensivas, mas as melhores chances não passavam pelos pés do camisa 7. O jogador não peca por omissão, mas fora da posição que brilhou no ano passado, segue apresentando um futebol fraco, e o Atlético sente falta do seu principal jogador. Durante a primeira etapa, Hulk não conseguiu finalizar ao gol adversário.

Zaracho, do Atlético-MG, lamenta gol perdido contra o Goiás, no Mineirão — Foto: : Fernando Moreno/AGIF

Zaracho, do Atlético-MG, lamenta gol perdido contra o Goiás, no Mineirão — Foto: : Fernando Moreno/AGIF

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Alan Kardec voltou no lugar do combatente Pavón para ser referência e deixar Hulk mais livre em campo. No entanto, logo aos cinco minutos da etapa final, o Goiás abriu o placar. E aí, a agonia em não sair na frente se transformou em drama.

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Precisando da vitória para encostar nos clubes do G-4, Cuca alterou a equipe. Pedrinho substituiu Mariano, e o Atlético seguiu com muita posse de bola no campo ofensivo. Zaracho foi deslocado para a lateral direita, e o Galo quis ser incisivo. Sem muita articulação pelo meio-campo, as laterais eram utilizadas para tentar chegar ao ataque.

A chance mais perigosa do segundo tempo foi um cruzamento rasteiro desviado por Alan Kardec que bateu no travessão. De resto, o Atlético apresentava volume, ocupava o campo ofensivo e finalizava, mas sem transformar Tadeu em destaque do jogo.

Cuca, técnico do Atlético-MG, na beira do gramado do Mineirão, durante partida com Goiás — Foto: Fernando Moreno/AGIF

Cuca, técnico do Atlético-MG, na beira do gramado do Mineirão, durante partida com Goiás — Foto: Fernando Moreno/AGIF

Há um ditado no futebol que diz: em time que está ganhando, não se mexe. E aí, Cuca decidiu mexer. O treinador optou por sair do time ao final da temporada de 2021. O planejamento foi alterado e a confiança do grupo foi abalada. Os reflexos podem ser vistos em campo. O Galo é uma equipe sem a certeza que vai chegar ao resultado positivo. Apesar da luta, são visíveis os sinais de que os jogadores estão incomodados com o que tem se passado.

A demora em achar um substituto, o difícil ajuste sob comando do novo treinador (Turco Mohamed) e as derrotas desde que retornou apresentam um desafio para Cuca. Ele voltou, com contrato até final da temporada, para tentar recuperar o futebol do ano passado, mas encontrou um elenco sem a confiança que foi construída ao longo de 2021.

Entretanto, o primeiro passo para melhora é reconhecer que o atual momento não é bom, e isso o treinador alvinegro fez.- Não adianta passar a mão e dizer que está tudo bem, porque não está. É trabalhar. O pouco a mais que você pode melhorar, você tem que melhorar – disse após a derrota.

O Galo tem mais uma semana cheia de treinamentos para, no fim de semana, ir em busca de uma arrancada que levaria o clube ao G4. É preciso ressaltar a importância da vaga na Libertadores para o ano do alvinegro em 2023. Além da questão desportiva, o aspecto financeiro da participação na principal competição continental é importante para o Atlético.

Há tempo para recuperação. Ainda são 45 pontos em disputa e o elenco atleticano é qualificado. O desafio, nas mãos de Cuca e do elenco, é retomar a confiança e construir uma sequência de resultados positivos para que o Galo volte a brilhar.

Por Leonardo Parrela — Belo Horizonte

Ge.globo.com

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