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Tite no dia da coletiva de apresentação da Seleção em 2016

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Há seis anos, Tite anunciava sua primeira lista na Seleção; veja o destino de cada atleta

Primeira convocação de Tite teve aposta em jogadores do ouro olímpico na Rio 2016 e conhecidos do Corinthians

No dia 22 de agosto de 2016, o técnico Tite fazia a sua primeira convocação no comando da seleção brasileira. Em meio à desconfiança após a eliminação na fase de grupos da Copa América Centenário, em 2016, e pela má campanha nas Eliminatórias para a Copa da Rússia, na sexta colocação, o treinador convocou 23 atletas para os jogos contra Equador e Colômbia, pelas Eliminatórias.

A lista foi divulgada dois dias depois da conquista inédita do ouro olímpico nos Jogos do Rio de 2016. Dos campeões, Weverton, Renato Augusto, Neymar, Marquinhos, Rodrigo Caio, Gabigol e Gabriel Jesus foram convocados. Outros nomes como Gil, Fagner e Paulinho, além de Renato Augusto, que trabalharam com Tite no Corinthians, foram selecionados.

Tite no dia da coletiva de apresentação da Seleção em 2016 — Foto: CBF

Tite no dia da coletiva de apresentação da Seleção em 2016 — Foto: CBF

Confira na lista abaixo o destino de cada atleta nos clubes e na Seleção:

Alisson – titular desde o início do ciclo, o goleiro estava na Roma, já recebendo destaque no Campeonato Italiano. Depois, foi para o Liverpool, onde conquistou o Campeonato Inglês, a Liga dos Campeões e foi eleito o melhor goleiro do mundo. É nome certo no Catar e deve ser o titular em mais uma Copa.

Alisson e Tite conversam durante treinamento da seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Alisson e Tite conversam durante treinamento da seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Marcelo Grohe – destaque no futebol brasileiro, Grohe já havia sido convocado anteriormente. Em 2016 e 2017, viveu o auge da carreira, conquistando Copa do Brasil e Libertadores pelo Grêmio. No entanto, não foi para a Copa do Mundo, e no final de 2018 foi vendido para o mundo árabe, onde está até hoje.

Weverton – era goleiro do Athletico-PR, quando na véspera da Olimpíada, Fernando Prass se machucou e foi cortado da Seleção. Depois de se destacar na Rio 2016, pegando pênalti na final, foi convocado pela primeira vez para a principal. Em 2018, foi para o Palmeiras, onde conquistou duas Libertadores, um brasileiro e uma Copa do Brasil. Também é nome certo para a próxima Copa.

Gil – um dos nomes na lista que estava no futebol chinês, Gil havia conquistado o Brasileirão de 2015 com Tite no Corinthians, meses antes do treinador assumir a Seleção. Está de volta ao Corinthians.

Marquinhos – com 22 anos, já se destacava bastante no PSG. Após o ouro olímpico, ganhou outro status na Seleção e foi titular durante a arrancada nas Eliminatórias. Na Rússia, foi reserva do Miranda. Hoje é um dos melhores zagueiros do mundo, fundamental no sistema de Tite.

Marquinhos em Japão x Brasil — Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Marquinhos em Japão x Brasil — Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Miranda – foi um dos jogadores mais experientes da lista. Convocado regularmente antes, o zagueiro se firmou como titular na Copa do Mundo de 2018 e fez parte do plantel da Copa América em 2019. Depois foi para o futebol chinês e voltou para o São Paulo em 2021.

Rodrigo Caio – com 23 anos,foi titular na Rio 2016 e convocado na primeira lista. Após um período de instabilidade no São Paulo, teve a melhor fase da carreira no Flamengo, sendo campeão da Libertadores e bi do Brasileiro. Não fossem as lesões, estaria forte no radar para o Catar.

Geromel – convocado para esta lista após o corte de Rodrigo Caio, com lesão, o zagueiro do Grêmio só atuou em duas partidas com Tite, mas se consolidou como quarta opção para a defesa na lista para a Copa do Mundo pelas boas temporadas no Grêmio. Após a Rússia, não foi mais convocado. Geromel segue no Grêmio.

Daniel Alves – na Juventus, Dani havia acabado de sair do Barcelona. Ficou de fora da Copa de 2018 por lesão. Depois de uma passagem pelo PSG, veio para o São Paulo após ser eleito o melhor jogador da Copa América de 2019. A passagem no Tricolor paulista não deixou saudades nos torcedores. Hoje está no México e não vive um bom momento.

Fagner – assim como Gil, campeão brasileiro no Corinthians e homem de confiança de Tite.Foi convocado pela primeira vez para a Seleção nessa lista e foi titular na última Copa do Mundo, após lesão de Danilo. Está no Timão desde 2015, mas ficou para trás na lista dos laterais e não é lembrado desde 2019.

Filipe Luís – com carreira consolidada na Europa com passagens por Atlético de Madrid e Chelsea, tinha desconfiança por parte da torcida em solo brasileiro. Chegou a ser titular em alguns jogos na Rússia. Com a passagem vitoriosa no Flamengo, sanou todas as dúvidas, mas desde a Copa América de 2019 não foi mais convocado.

Marcelo – multicampeão no Real Madrid e considerado um dos melhores laterais do mundo, Marcelo conviveu com lesões até a Rússia. A eliminação contra a Bélgica foi a última partida do lateral pelo Brasil. Está sem clube.

Casemiro – se firmou como titular absoluto da Seleção com Tite, após a sua chegada. Com o tempo, se tornou uma das lideranças do Brasil e empilhou taças no Real Madrid, fazendo história com Modric e Kroos no meio. Agora, foi para o Manchester United em busca de desafios.

Casemiro gol Brasil Equador — Foto: Rodrigo Buendia/EFE

Casemiro gol Brasil Equador — Foto: Rodrigo Buendia/EFE

Paulinho – o retorno do volante foi uma das principais novidades da lista na época. Na China, após passagem sem sucesso na Europa, Paulinho era nome de confiança de Tite, por ter trabalhado de 2011 a 2013 com ele no Corinthians. Foi titular na Rússia em 2018, mas perdeu espaço na renovação após a Copa.

Renato Augusto – outro nome de confiança de Tite, o meia foi titular em todo o ciclo até 2018, mesmo na China. Não foi 100% para a Rússia com problemas físicos e de lesão. Também perdeu espaço após a renovação, e, assim como Paulinho, voltou para o Corinthians.

Rafael Carioca – com destaque no Atlético-MG, foi convocado pela primeira vez para a Seleção nessa lista. No entanto, não chegou a entrar em campo. Está no futebol mexicano desde 2017.

Giuliano – o meia estava há quatro anos sem ser convocado para a Seleção. Recém-chegado ao Zenit, vindo do Grêmio, foi convocado algumas vezes no primeiro ano de Tite, mas não teve muito destaque. Rodou pelo futebol turco e árabe antes de voltar para o Brasil, onde está no Corinthians.

Lucas Lima – em ótima fase no Santos, foi convocado por Tite no primeiro semestre na Seleção. Não teve muitos minutos, como vinha tendo com Dunga anteriormente. Depois de ir para o Palmeiras, nunca mais apresentou o bom futebol que se esperava. Está no Fortaleza.

Coutinho – brilhando no Liverpool, assumiu um protagonismo com Tite no trio de ataque com Neymar e Gabriel Jesus que encantou. Na Rússia, exercendo outra função, foi um dos melhores da Copa. Depois da saída para o Barcelona viveu altos e baixos, lesões, foi emprestado para o Bayern, e vendido para o Aston Villa. Retomou a confiança nos últimos jogos das Eliminatórias e é nome certo no Catar.

Philippe Coutinho comemora gol em vitória do Brasil por 4 a 0 sobre o Paraguai — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Philippe Coutinho comemora gol em vitória do Brasil por 4 a 0 sobre o Paraguai — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Willian – foi titular no início da campanha de Tite nas Eliminatórias e chegou à Rússia entre os 11, principalmente depois da lesão de Renato Augusto, quando Coutinho jogou mais pelo meio. Sem grande destaque, tornou-se reserva na renovação até a Copa América de 19 e depois perdeu espaço, principalmente após a saída do Chelsea para o Arsenal. Voltou para o Brasil em 2021, mas decepcionou os corinthianos. Está sem clube.

Taison – também convocado pela primeira vez, o atacante vinha de temporadas regulares no Shakhtar Donetsk. Ficou entre os 23 para a Copa do Mundo, mas não entrou em campo na Rússia. Voltou para o Internacional, onde foi revelado, em 2021.

Gabriel Jesus – artilheiro do Brasileiro (e futuramente campeão) pelo Palmeiras, o atacante, com19 anos, foi convocado pela primeira vez nessa lista. É o vice-artilheiro da Era Tite, mas ficou marcado por passar em branco na Copa. Após oscilar, saiu do Manchester City em busca de mais minutos e está em grande fase no Arsenal. Nos últimos amistosos, quebrou o jejum de três anos sem marcar pela Seleção. É nome certo no Catar!

Gabriel Jesus Brasil Coreia do Sul — Foto: Chung Sung-Jun/Getty Images

Gabriel Jesus Brasil Coreia do Sul — Foto: Chung Sung-Jun/Getty Images

Gabigol – com um início artilheiro no Santos, Gabriel também saiu das Olimpíadas direto para a seleção principal, sendo convocado pela primeira vez. Após passagem frustrante pela Europa, retornou ao Santos, foi artilheiro de novo, e chegou no Flamengo, onde se tornou ídolo, com gols decisivos nas conquistas da Libertadores e do bicampeonato brasileiro. Está no radar do Catar, mas as chances são baixas.

Neymar – desde o primeiro momento de Tite, é a referência técnica da Seleção. Jogador com mais gols e assistências da Amarelinha nesses seis anos, Neymar estava no Barcelona em 2016. Transferência para o PSG, lesões, Copa do Mundo abaixo, polêmicas fora de campo depois… Neymar segue como a referência da Seleção e faz um início de temporada espetacular no PSG, mais focado do que nunca. A esperança de título no Catar passa por um Neymar 100% saudável e feliz.

Neymar comemora o gol em Japão x Brasil — Foto:  Lucas Figueiredo/CBF

Neymar comemora o gol em Japão x Brasil — Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Balanço da Era Tite:

  • 74 jogos
  • 55 vitórias
  • 14 empates
  • 5 derrotas
  • 158 gols marcados
  • 26 gols sofridos
  • aproveitamento de 79,56%

Tite chegou com a Seleção na sexta posição das Eliminatórias. O Brasil emendou dez vitórias e dois empates em 12 jogos e garantiu a primeira colocação da competição. Na Copa do Mundo, caiu nas quartas de final para a Bélgica. Conquistou a Copa América em 2019, em cima do Peru, e foi vice em 2021, para a Argentina, no Maracanã.

Nas Eliminatórias para o Catar, o Brasil terminou invicto na primeira colocação, com 14 vitórias e três empates em 17 jogos. A Seleção está no Grupo G da Copa do Mundo, com Sérvia, Suíça e Camarões.

Por Bruno Murito e Raphael Zarko — Rio de Janeiro

Ge.globo.com

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