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A Ucrânia anunciou a libertação de mais de 200 combatentes e civis de seu país que tinham sido capturados pela Rússia

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Entre os ucranianos libertados estão integrantes do Batalhão Azov, milícia ligada à extrema direita e que participou da resistência em Azovstal

Ucrânia anuncia troca de mais de 200 prisioneiros com a Rússia

A Ucrânia anunciou a libertação de mais de 200 combatentes e civis de seu país que tinham sido capturados pela Rússia, em uma das maiores trocas do tipo desde o início da guerra, há quase sete meses. Entre os libertados estão alguns dos que participaram da resistência na metalúrgica Azovstal, em Mariupol, além de um aliado de Vladimir Putin.

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As negociações foram mediadas por Turquia e Arábia Saudita, e um desfecho positivo havia sido sinalizado pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, durante entrevista a uma TV americana na segunda-feira. Nesta terça, as libertações foram confirmadas pelas autoridades ucranianas.

Entre os 215 ucranianos liberados estão 124 oficiais do Exército, além de combatentes da Guarda Nacional, serviço de fronteiras, Polícia Nacional e do Batalhão Azov, incluindo alguns dos que participaram dos combates no complexo metalúrgico de Azovstal, que por semanas impediu que a Rússia ocupasse completamente a cidade portuária de Mariupol — cinco deles, que ocupavam cargos de comando, ficarão na Turquia por tempo indeterminado. A milícia tem ligações com setores ultranacionalistas e de extrema direita dentro da Ucrânia, e foi usada pela Rússia, no início da guerra, para justificar o discurso de “desnazificação do país”.

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A lista inclui ainda cinco cidadãos britânicos, dois americanos, além de um marroquino, um sueco e um croata, informou o Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita.

— Este é o resultado mais importante na questão de libertação de prisioneiros durante todo o tempo da invasão — declarou Andriy Yermak, chefe do Gabinete da Presidência.

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Em conversa por vídeo com alguns dos libertados, Zelensky disse estar orgulhoso pelo que os combatentes fizeram pelo país.

— Acredito que esta é realmente uma grande vitória para o nosso Estado, para toda a nossa sociedade. E o mais importante, é para as famílias de nossos defensores, que poderão ver seus entes queridos em segurança — disse Zelensky.

Pelo lado russo, o destaque é a libertação do ex-deputado e aliado de Putin, Viktor Medvedchuk, capturado em abril depois de passar semanas foragido, acusado de financiar milícias separatistas pró-Moscou no Leste ucraniano. Segundo Kiev, a Rússia aceitou trocar o bilionário pelos 215 militares libertados nesta quarta-feira. Em uma outra negociação, cinco ucranianos foram trocados por 55 cidadãos russos.

— Gostaríamos de salientar que Medvedchuk não é apenas o padrinho de Putin, mas um traidor do Estado — disse o chefe interino do serviço de inteligência da Ucrânia (SBU), Vasyl Malyuk. — Sua culpa está totalmente registrada.

A Rússia não se pronunciou sobre as libertações.

Por O Globo e agências internacionais — Kiev

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