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Zé Roberto Guimarães, vôlei Liga das Nações

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Zé Roberto vê Brasil na briga por título inédito do Mundial: “Time chato”

Técnico, que também persegue primeira conquista da competição, aponta Itália como maior favorita, mas põe seleção brasileira na luta: “Meu sonho seria chegar num pódio”

A calma da fala se opõe ao otimismo do olhar. Em meio a um processo de renovação, José Roberto Guimarães está animado. Às vésperas do Mundial de vôlei feminino, o técnico evita prognósticos, mas se empolga com a evolução de um time renovado. Ainda que aponte outros favoritos, vê o Brasil na briga. Com chances, enfim, de sair da fila em busca de um título inédito.

O Brasil nunca conquistou o Mundial. Bicampeão olímpico, soma três pratas e um bronze na história da disputa. Zé Roberto, que ainda conta com um ouro olímpico com a seleção masculina, também busca seu primeiro título na competição. Ele, que chegou a acreditar que o Mundial de 2018, no Japão, seria o último, renovou o fôlego após a prata em Tóquio e ficou. Ficou para comandar o processo de mudanças rumo a Paris 2024.

O Brasil estreia no Mundial neste sábado, contra a República Tcheca, às 15h30. O sportv2 transmite ao vivo, e o ge acompanha tudo em tempo real

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Zé Roberto Guimarães vôlei Liga das Nações — Foto: FIVB/Divulgação

Zé Roberto Guimarães vôlei Liga das Nações — Foto: FIVB/Divulgação

O bom desempenho do novo grupo logo em sua primeira competição, na Liga das Nações, dá base aos prognósticos. Prata na disputa que abriu a temporada, o Brasil se credenciou à briga pelo título. Zé Roberto vê outras seleções à frente, mas não descarta um sonhado ouro.

– Eu acho que temos chances de título. Temos um time chato, que luta, briga e incomoda. Acho que podemos chegar, como foi na Liga. Não é surpreender. É ter um estilo de jogo que incomoda os adversários e que pode brigar contra qualquer time do mundo. Contra a Itália, precisamos evoluir no sistema de bloqueio-defesa. Contra os Estados Unidos, igualar o volume de jogo. A Sérvia, com a entrada da Boskovic, fica mais forte. Mas é jogo pegado.

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Técnico José Roberto Guimarães fala sobre o processo de renovação da seleção feminina

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A Itália, de Paola Egonu, é a maior favorita nas contas de Zé Roberto. A seleção europeia, campeã da Liga, encarou um processo de evolução nos últimos anos e chega ao Mundial como time a ser batido. O técnico ainda lista outros rivais, mas vê a seleção com chances de fazer frente.

– Eu acho que a Itália é, hoje, o melhor time do mundo. Está em um patamar diferente. Eu acompanho essas meninas desde 2015. É um time que já jogou duas Olimpíadas. Já jogou um Mundial. É quase o mesmo time que jogou a final do Grand Prix em 2017. Eu vejo a Itália à frente. A Sérvia, com a Boskovic, os Estados Unidos sempre. A China, sem a Zhu e a Zhang, vai sofrer um pouco. Mas também tem um grande time.

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Técnico José Roberto Guimarães avalia adversários do Brasil na primeira fase do Mundial

Mas, antes de tudo, há etapas. O Brasil está no grupo D do Mundial. Na primeira fase, encara República Tcheca, adversário da estreia, além de Colômbia, Argentina, Japão e China. Os quatro melhores avançam à segunda etapa, à espera do cruzamento com os classificados da chave A, de Itália e Holanda. Uma boa campanha logo de cara é essencial para os planos do técnico.

– Meu sonho seria chegar num pódio. Mas a gente sabe que a primeira fase vai ser muito importante. Temos adversários tradicionais. A República Tcheca é a primeira equipe e que menos que a gente conhece. Mas Argentina é um adversário tradicional, quer muito ganhar da gente. E a Colômbia nem se fala, com o (Antônio) Rizola como técnico, que está fazendo um grande trabalho. Depois, temos Japão e China. São dois asiáticos que sempre temos muita dificuldade de ganhar. A gente tem de tentar passar bem dessa fase para depois ver o cruzamento.A gente pode até saber 80% do que deverá ser o cruzamento. Apostar em quem deve sair do outro grupo. Mas não dá para falar porque ainda não passamos.— Zé Roberto, técnico da seleção brasileira

Ainda que viva um processo de renovação, Zé Roberto não vê o Brasil livre de pressão. O técnico acredita que a seleção estará sob os mesmos holofotes assim que entrar em quadra no Mundial.

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– Acho que sempre tem pressão. Qualquer campeonato que for jogar. Na hora que começar o Mundial, a gente mesmo vai se colocar pressão para brigar pelo título. A gente sabe que tudo vai depender do nosso começo, das nossas performances. Sabemos que o time cresce durante a competição. Por isso a primeira fase vai ser tão importante.

Zé Roberto orienta time na partida contra a Sérvia na Liga das Nações — Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV

Zé Roberto orienta time na partida contra a Sérvia na Liga das Nações — Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV

Após a Liga das Nações, o grupo ganhou duas semanas de folga antes de se apresentar em Saquarema. Durante os treinamentos, Zé Roberto viu um grupo empenhado e se animou. É a receita para um bom resultado no Mundial.

– Eu noto que é uma geração que tem muita vontade de aprender. De treinar, de se dedicar. E com boas atitudes. Elas mostraram isso na Liga das Nações. Nos treinamentos, sempre com muita energia, com atitudes importantes. Não tem bola perdida, acreditam até o último momento, com esforço no máximo. Isso é muito legal.

O foco de Zé Roberto vai além do Mundial. O técnico tem os Jogos de Paris como o grande objetivo do ciclo. Ainda que preveja o auge do grupo para daqui a pouco menos de dois anos, acredita na importância de bons resultados pelo caminho.

– A gente tem grandes objetivos. Ir bem em todas as competições. Mas nosso maior objetivo são as Olimpíadas de Paris. E o Mundial, que temos chances se jogarmos bem e nos apresentarmos bem.

Por Carol Oliveira e João Gabriel Rodrigues — Arnhem, Holanda

Ge.globo.com

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