Esporte
Messi lamenta a derrota da Argentina para a Arábia Saudita
O destino em 90 minutos: o que está em jogo para a Argentina na final antecipada contra México
Derrota eliminaria argentinos já na segunda partida da Copa; veja cenários
A Argentina entra em campo podendo selar o seu destino na Copa do Mundo do Catar. Neste sábado, às 16h (de Brasília), os argentinos podem ser eliminados ainda na primeira fase, no que seria um dos últimos atos – ao menos o fim da trajetória em Copas – de Messi com a camisa da seleção.
A matemática para os argentinos é simples: vitória ou empate mantém a seleção na briga pela classificação e até da melhor campanha do Grupo C. Uma derrota, porém, decreta a eliminação.
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Diante da possibilidade de um dos maiores fracassos da história argentina, o ge lista abaixo o que está em jogo para uma das escolas mais tradicionais do futebol mundial.
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Messi lamenta a derrota da Argentina para a Arábia Saudita — Foto: Reuters
Maior fracasso da história?
Não seria a primeira vez de uma eliminação tão precoce da Argentina. Em outros quatro momentos o time bicampeão do mundo caiu na fase de grupos. Foi assim também em 1934, 1958, 1962 e 2002. No entanto, esse poderá ser considerado a maior decepção/fracasso argentina em um Mundial?
Levando em consideração as eliminações em 1934, 1958 e 1962, todos antes da consolidação da Argentina como uma potência mundial no futebol, o fracasso de 2022 pode ser ainda pior que o de 2002. Isso porque a seleção atual conta com Lionel Messi.
Há 20 anos, a Argentina se despedia da Copa após derrotas para Nigéria e Inglaterra, além de um empate com a Suécia. O time, comandado por Marcelo Bielsa, era formado por nomes como Batistuta, Crespo, Gallardo, Verón, Caniggia, Ortega, entre outros. Uma grande geração, mas já envelhecida.
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Batistuta era um dos grandes nomes da Argentina na Copa de 2002 — Foto: Getty Images
A atual Argentina está longe de ser o melhor time da história, mas conta com nomes que se destacam no futebol europeu. Liderados por Messi, jogam também Dybala, Lautaro Martínez, Di María, Julián Álvarez, entre outros.
A derrota da Argentina para a Arábia Saudita foi considerada a maior zebra da história da Copa do Mundo.
Jejum de 40 anos
A Argentina chegou à Copa do Mundo ostentando uma sequência de 36 jogos sem derrotas, próximo de bater o recorde da Itália como seleção há mais tempo invicta. A derrota para a Arábia Saudita na estreia não só derrubou essa escrita, mas também deixou os argentinos de olhos atentos sobre uma outra marca, desta vez negativa: se não conquistar o título neste ano, a seleção chegará a 40 anos de jejum em Copas.
O último título da Argentina na Copa do Mundo foi em 1986, que teve o México como anfitrião. Sob comando de Diego Armando Maradona, os argentinos derrotaram a Alemanha na final após desbancarem Itália, Bélgica, Inglaterra e Uruguai.
Diego Maradona, da Argentina, com a taça da Copa do Mundo, em 1986, no México — Foto: Agência AP
A partida contra o México ganha ainda mais importância por ser um dia após o aniversário de dois anos da morte de Diego Armando Maradona. Entre os jogadores e membros da comissão técnica, a ideia é vencer o jogo deste sábado como forma de homenagear o maior ídolo da história do futebol argentino.
Fim da era Messi
Aos 35 anos, Messi caminha para o fim da carreira como jogador profissional. Claro que, aos 39 anos, teria condições de disputar a Copa de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá. No entanto, o craque já deixou claro que esse se trata do seu último Mundial como jogador.
– Sim, certamente sim (será o último) – afirmou à “Star+” antes do início da Copa.
Lionel Messi também fez outras pausas na seleção argentina após desilusões em Copas do Mundo, como foi no vice em 2014 e na eliminação para a França em 2018. Sem o craque, a Argentina deixa passar a oportunidade de voltar a conquistar o mundo após o fim da era Maradona. Para muitos, Messi também poderia ter sido campeão de pelo menos duas Copas, assim como o compatriota.
Messi em Argentina x Arábia Saudita — Foto: Pedro Valle/Light Press
Junto de Messi, outros jogadores devem ter na Copa do Mundo do Catar seu último ciclo pela seleção. Otamendi e Di María são exemplos de uma renovação que deve acontecer na Argentina. Dybala, Lautaro Martínez e Julián Álvarez surgem como nomes que podem ocupar o lugar de protagonismo em 2026.
Fato é que sem Messi a Argentina fica ainda mais distante de voltar a conquistar uma Copa.
Por Redação do ge — Doha, Catar