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Tite em coletiva da Seleção na véspera do jogo contra a Suíça

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Tite esconde substituto de Neymar e faz elogio a Rodrygo: “Parece que tem a bola grudada no pé”

Técnico da Seleção diz que já definiu substitutos de Danilo e Neymar para enfrentar a Suíça

Quem vai substituir os lesionados Danilo e Neymar? Em entrevista coletiva neste domingo, véspera do jogo contra a Suíça, Tite escondeu a informação, mas disse que já definiu quem ganhará as vagas na lateral direita e no ataque. O técnico falou sobre Militão e Daniel Alves e teceu elogios a Rodrygo.

– A definição da equipe já foi feita, mas tenho por hábito, de agora (risos), passar na hora do jogo. Em termos estratégicos você consegue fazer algumas mudanças comportamentais ou de características de atletas. O Militão já jogou nessa função, tem característica para tal, e o Dani é um construtor, fora a qualidade técnica e de liderança que tem. Moral da história? Não vou dizer quem vai jogar.

– Eu acredito que o Neymar e o Danilo vão jogar a Copa. Medicamente, clinicamente, não tenho lugar de fala. Mas tenho também as palavras médicas. Acredito que vamos usar eles na Copa.

– Outros jogadores têm e estão surgindo em uma geração que é impressionante. Têm uma serenidade e calma, daqui a pouco vai aparecer a finta de um lance do Antony, uma assistência do Vini, uma criatividade do Richarlison na hora de finalizar, um cabeceio do Pedro, o Jesus ia fazer o gol no lance do segundo tempo, isso vai aparecer. Eles têm essa capacidade criativa. O Rodrygo corre que parece que tem a bola grudada no pé – afirmou o treinador.

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Tite em coletiva da Seleção na véspera do jogo contra a Suíça — Foto: Bruno Cassucci/ge

Tite em coletiva da Seleção na véspera do jogo contra a Suíça — Foto: Bruno Cassucci/ge

O treinador brasileiro também falou sobre o “rodízio de faltas” em cima de Neymar. O camisa 10 da Seleção foi o jogador que mais recebeu faltas na primeira rodada da Copa do Mundo.

– Falar para todas as pessoas também envolvidas no futebol. Se queremos premiar o espetáculo, temos que tomar cuidado, inclusive com o rodízio de falta, principalmente contra grandes astros. Há um rodízio de faltas, isso é fato, e isso precisa ser proibido.

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Brasil e Suíça se enfrentam nesta segunda-feira, às 13h (de Brasília), no estádio 974, pela segunda rodada da fase de grupos. Ambas as seleções venceram na estreia da Copa.

Outras declarações de Tite

Mais sobre a lesão de Neymar

– Ele estava lesionado, eu não vi que ele estava lesionado, não tivemos essa informação e reafirmo o que foi feito pós-jogo. Não reparei que estava lesionado. A informação não chegou, e ele procurou seguir no jogo até o momento que cai e relata que sentiu o tornozelo. Ele já estava há onze minutos sofrendo com o impacto, que não foi maldoso, foi do jogo. Teve um lance de uma falta frontal que foi dura, que eu fiquei avaliando, mas a da lesão foi circunstancial.

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As duas substituições estão casadas? Se escalar o Militão, escala um jogador mais ofensivo no Neymar?

– Ela é conjuntural. Futebol é um contexto, e às vezes é estratégico em função do adversário. Então são ajustes que você tem, e que eles possam ser executados de uma ou outra. A equipe já tem um histórico dela. Não estou falando nenhuma novidade. Ela tem uma forma de jogar. E ela não vai fazer, em momentos de pressão… Ela tem três ajustes que ela faz. Em momentos de maior pressão, a tendência do humano é repetir aquilo que tem de segurança.

– O técnico não vai tirar a segurança dos atletas, pode cometer outros erros, como cometi em relação ao Danilo. Eu errei porque tinha que ter uma substituição a mais para fazer. O Danilo, assim como o Neymar, teve uma grande capacidade de doação para a equipe. Isso transcende o lado profissional, mas sim de companheirismo. Com o Danilo nós erramos. Eu tenho que ter uma substituição a mais para fazer. Se eu tenho, eu faço. Mas fica o reconhecimento público em relação aos dois. Isso é muito grande, está além do vencer, e isso o Adenor premia.

Tem um prazo para Neymar e Danilo voltarem?

– Eu acredito que o Neymar e o Danilo vão jogar a Copa, eu. Medicamente, clinicamente, não tenho lugar de fala. Mas tenho também as palavras médicas que têm. Continuo fazendo, não só do Neymar, mas do Danilo também, que parecia uma situação mais cômoda, acredito que vamos usar eles na Copa. A conversa tem o pós-jogo, tem até cinco e meia, seis horas da manhã, que ele ficou tratando. Quando o Marquinhos fala aqui, está falando o que aconteceu. Que as pessoas possam tirar as devidas conclusões. A única coisa que fiz: “Vocês dois hoje pro campo, e pode sair daqui, doutor leva eles, porque quero estar com eles dentro de campo para fazer o tratamento quanto possível”.

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Em treino fechado, Tite testa alternativas para substituir Neymar

Como lidar com a esperança da volta do Neymar e a confiança de que dá para ganhar sem ele?

– Pensar fora da casinha, né. Viver o dia a dia, as possibilidades reais de cada um, e saber que existem 26 atletas com condições e importância. Não dá para fugir disso, temos batido muito desta forma. Fui perguntado porquê fui fazer um abraço com a comissão técnica, e talvez isso mostre o quanto o senso de esquipe é importante. Quem vivencia o esporte de alto nível sabe, realmente, dar valor a essa condição. Então o conjunto todo é importante.

– O Brasil é dependente de todo grande talento, e o Neymar é um extraordinário talento. Claro que é dependente, mas da preparação dos demais também.

Auxiliar Cesar Sampaio completa sobre força do grupo

– Quando preparamos, preparamos todos. Claro que os talentos são diferencias técnicos, e sim, o Neymar tem importância única no nosso modelo, porém todos estão preparados para suprir a necessidade se precisar. Mas estou com Tite, acredito que os dois vão jogar a Copa e nos ajudar.

O que a Seleção perde sem Neymar e o que ganha com o substituto dele?

– Eu vou dizer o que falei para ele algum tempo atrás. Aquilo que eu acredito, não estou para tecer regra sobre o que é certo e errado. Sabe o que eu acredito no grande talento do atleta diferente. Aquele que faz as coisas bem feitas durante oitenta minutos e, em duas ou três oportunidades, faça a diferença. Esse é o talento, a criatividade. A criatividade não é constante. Olha o primeiro gol nosso, o Neymar recebe em um espaço curto, faz a finta, dá um segundo corte, a bola pega o Vini, goleiro faz uma grande defesa, e o Richarlison faz o gol. Esses talentos aparecem três vezes durante o jogo, isso é ser diferente, e o Neymar tem essa capacidade.

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Cesar Sampaio completa sobre opções

– A gente tem opções. O Neymar é protagonista do elenco, e a gente conta com ele, porém muitas vezes, em alguns filmes, alguns roubam a cena. Temos atletas no ataque que podem vir a serem protagonistas.

Mensagem de solidariedade às vítimas de Aracruz, Espírito Santo

– Não estava sabendo de Aracruz. O esporte proporciona grandes coisas bonitas, principalmente para os mais jovens em termos educacionais. Minha família estava voltando do jogo, e até chegar o metrô, é longe para caramba, e eu tenho dois netos, pesadinhos, tranfere um, transfere outro, o Luca pesado para caramba. Nessa troca toda veio um árabe e pediu para ajudar, e pegou… E pegou meu neto e carregou não sei quanto tempo ele. Tem uma foto que é linda, linda, linda. Gostaria de conhecer o árabe, que mostrou um lado de solidariedade que transcende. Claro que viemos para ganhar, sermos campeões, eu sei, eu sei, mas têm coisas que transcendem. Fazer do Mundial um meio de confraternização, um meio de respeito, faz parte. A minha solidariedade e meu apreço.

Cesar Sampaio completa sobre Suíça

– Meus sentimentos às vítimas de Aracruz. Nos solidarizamos. Falando da Suíça, estudamos bastante, é uma equipe que tem um recorte positivo dos últimos jogos. Uma equipe que, diferente da Sérvia, joga com uma linha de quatro, um meio-campo com jogadores cerebrais, as forças e perigos são outros. A gente desenvolve caminhos para encontrar um sucesso ofensivo. Enfim, não vou me aprofundar muito se não acabamos passando algo do modelo. Mas a vitória do primeiro jogo traz confiança para nós e para eles também. Vai ser um jogo mais técnico, esperamos fazer por merecer o resultado positivo.

Por Bruno Cassucci, Cahê Mota e Raphael Zarko — Doha, Catar

Ge.globo.com

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