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Zico, pelo Flamengo, e Roberto Dinamite, pelo Vasco, em campo

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Artilheiro do Flamengo no clássico e finais históricas: a trajetória do setentão Zico contra o Vasco

Aniversariante do dia, o maior ídolo do Flamengo é o artilheiro rubro-negro do clássico, com 19 gols; Zico deixou a rivalidade de lado pela amizade com Dinamite

Zico, o maior ídolo do Flamengo, completa 70 anos nesta sexta-feira. Enquanto isso, o clube se prepara para enfrentar o Vasco, pelo Campeonato Carioca, domingo, no Maracanã, em jogo no qual precisa vencer para se sagrar campeão da Taça Guanabara com uma rodada de antecedência. O eterno camisa 10 da Gávea é o artilheiro rubro-negro no clássico, com 19 gols marcados.

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A história de Zico com o Vasco começou em julho de 1971, no Maracanã, estádio no qual é o maior goleador com 333 gols. Zico tinha apenas 18 anos quando fez a primeira partida deste clássico. Na ocasião, deu uma assistência para Nei Oliveira abrir o placar da vitória por 2 a 1 em cima do Vasco.

Zico só foi balançar as redes três clássicos depois, já em 1973, no empate por 2 a 2, pela 1ª fase do Campeonato Nacional de Clubes. O camisa 10 abriu o placar aos 45 minutos, mas viu Roberto Dinamite empatar. Dadá Maravilha marcou para o Flamengo e Alfinete empatou, no último minuto, para o Vasco.

Depois disso, Zico deixou sua marca nos outros quatro clássicos consecutivos que aconteceram em 1974. Boa parte da rivalidade entre os clubes foi construída neste período de grandes disputas comandadas por Zico de um lado e Dinamite do outro.

Zico, pelo Flamengo, e Roberto Dinamite, pelo Vasco, em campo — Foto: Reprodução

Zico, pelo Flamengo, e Roberto Dinamite, pelo Vasco, em campo — Foto: Reprodução

Na final do Carioca de 1978, apesar de não ter marcado, Zico teve a participação especial dando a assistência para Rondinelli fazer o gol do título. O Maracanã foi o palco da decisão e, inclusive, Zico aponta este como o jogo mais especial no estádio, que foi o início da sequência de conquistas da geração campeã do mundo em 1981.

No ano da conquista do Mundial, em 1981, o Flamengo enfrentou o Vasco na decisão do Carioca poucos dias antes da viagem do clube para Tóquio. Era preciso um empate em três confronto para o Flamengo levar o título. O Vasco venceu os dois primeiros. No terceiro, Adílio e Nunes fizeram 2 a 0 para o Flamengo. O Vasco diminuiu com Ticão e partiu para uma pressão final. No entanto, uma invasão de campo de um personagem que ficou conhecido como “ladrilheiro” freou o ímpeto, causou uma confusão generalizada e esfriou o jogo. Mais um título para Zico e seus companheiros sobre o rival.

O último clássico de Zico contra o Vasco aconteceu 18 anos após a estreia. Em novembro de 1989, o camisa 10 estava em campo na vitória do Flamengo por 2 a 0 e, inclusive, deu assistência para Bujica marcar o gol que fechou o placar. Este clássico foi marcante na época, já que foi o primeiro de Bebeto com a camisa do Vasco após a saída do Flamengo.

Ao todo, o camisa 10 da Gávea disputou 49 jogos contra o Vasco: 18 vitórias, 19 empates e 12 derrotas. Foram 19 gols marcadas, sendo o artilheiro rubro-negro do clássico – mesmo número de Romário. Além das nove assistências. Roberto Dinamite é o maior goleador do clássico com 27 gols.

Zico comemora vitória do Flamengo — Foto: Divulgação / Flamengo

Zico comemora vitória do Flamengo — Foto: Divulgação / Flamengo

A maioria dos clássicos foi no Campeonato Carioca: 37 dos 49. Zico conquistou cinco títulos estaduais em cima do Vasco: 1974, 1978, 1979, 1981 e 1986. O Vasco levou a melhor em quatro ocasiões: 1977, 1982, 1987 e 1988.

Em 1979, Zico marca duas vezes e o Flamengo é bicampeão carioca

Longe dos gramados com a camisa rubro-negra desde 1989, Zico passou a acompanhar os jogos do Flamengo como torcedor. Presente no Maracanã no vice da Recopa quando foi homenageado pelo clube, o próximo jogo será contra o Vasco, no domingo, às 18h10 (de Brasília), pelo Carioca.

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Rivalidade de lado pela amizade

Zico vestiu a camisa do Vasco na despedida de Roberto Dinamite em 1993. A rivalidade histórica entre os clubes não foi capaz de abalar uma amizade construída ainda nas divisões de bases. Eles começaram a trajetória no futebol na mesma época, um no Vasco e o outro no Flamengo.

A relação entre as famílias, que se encontravam nas arquibancadas dos estádios, foi um dos motivos para que Zico e Roberto iniciassem uma amizade. A consolidação da carreira no Rio de Janeiro fez com que a aproximação se concretizassem.

Em março de 1983, Zico já estava no Kashima Antlers (Japão) e voltou ao Brasil para participar do amistoso do Vasco contra o La Coruña (Espanha). O jogo festivo maracava a despedida de Roberto Dinamite e, em homenagem ao amigo, Zico vestiu a camisa cruzmaltina.

Zico com camisa do Vasco na despedida de Dinamite em 93 — Foto: Reprodução TV Globo

Zico com camisa do Vasco na despedida de Dinamite em 93 — Foto: Reprodução TV Globo

A amizade se estendeu até os últimos dias de vida de Dinamite, que faleceu em 8 de janeiro de 2023. Em dezembro, Zico foi até a casa amigo para assistir um jogo da Copa do Mundo 2022. No mesmo mês, o ídolo rubro-negro prestou homenagem durante o Jogo das Estrelas.

No velório, feito em São Januário, Zico foi recebido pelos familiares de Roberto Dinamite para prestar as últimas homenagens ao amigo.

Zico abraça viúva de Roberto Dinamite em velório do ídolo do Vasco em São Januário — Foto: Reprodução/ge

Zico abraça viúva de Roberto Dinamite em velório do ídolo do Vasco em São Januário — Foto: Reprodução/ge

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Por Redação do ge — Rio de Janeiro

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