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Palmeiras e Fortaleza são os mandantes com maiores chances de vitória na rodada

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Favoritismos #9: dicas, palpites e chances de vitória no Brasileirão

Palmeiras e Fortaleza são os mandantes com maior potencial de vitória na rodada

Palmeiras e Fortaleza são os mandantes com maiores chances de vitória na rodada, respectivamente contra Coritiba e Bahia, pela nona rodada do Brasileirão. O Coritiba, por sinal, é a grande zebra da rodada, com apenas 4,6% de chances de vitória.

Dos clássicos estaduais, Cruzeiro x Atlético-MG é o que tem o maior equilíbrio, com o favorito carregando apenas 3% de de vantagem, segundo o algoritmo do Espião Estatístico. É o favoritismos mais apertado entre os dez jogos.

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 — Foto: Infoesporte

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Analisamos 95.417 finalizações cadastradas pela equipe do Espião Estatístico em 3.879 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Fortaleza

  • Fortaleza rejuvenesceu a equipe titular, que de 30,7 anos no início do Brasileirão, chegou a ter média etária de 28,4 anos. A média de idade do Bahia é de 27 anos. O Bahia tem a quinta maior marca na soma de faltas cometidas e desarmes, com 34 ações por jogo, enquanto o Fortaleza tem 28,5 (quarta menor marca).
  • O jogo tem potencial para gol a partir de jogada aérea: o Fortaleza fez quatro dos últimos seis gols dessa forma, e o Bahia levou assim quatro dos últimos cinco. Por outro lado, o Bahia marcou usando bolas altas três dos últimos cinco gols, e o Fortaleza sofreu assim cinco dos últimos sete gols.

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Atlético-MG

  • Cruzeiro é mandante, mas expectativa é qual será sua estratégia no clássico. Se jogar recuado, vale mencionar que é o segundo visitante que mais fez finalizações em contra-ataque (23), com três gols marcados (terceira maior marca), mas o Atlético-MG é de modo geral a equipes que menos permitiu contragolpes (apenas seis e nenhum gol sofrido). Se tentar propor o jogo, precisa saber que o Atlético-MG em 13 contra-ataques finalizados fez quatro gols, maior marca.
  • O Cruzeiro fez a partir de jogadas aéreas quatro dos últimos seis gols, e o Atlético-MG sofreu assim três dos últimos seis gols. O Atlético-MG aposta mais no jogo rasteiro, com quatro dos últimos seis gols, e o Cruzeiro levou assim três dos últimos quatro gols. Por faixas etárias, os times titulares variam pouco: 28,1 anos o Cruzeiro na rodada passada e 29,3 o Atlético-MG, na rodada passada.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Athletico-PR

  • Pela Série A, como mandante o Athletico-PR não perde para o Botafogo desde 2008, há quase 15 anos. Na rodada passada, o Athletico-PR entrou em campo com média etária de 26,5 anos, quando o time titular do Botafogo tinha 28,8 anos, dois anos a mais. Na rodada #3, o Botafogo teve média de 30,3 anos, enquanto o Athletico-PR tinha 25,0 anos.
  • O Botafogo tem potencial para surpreender com o jogo aéreo: fez assim cinco dos últimos sete gols, e o Athletico-PR sofreu dessa forma quatro dos últimos seis. O Botafogo levou sete dos últimos nove gols pelo alto, mas o Athletico-PR só usou bolas altas para fazer três dos últimos dez gols. Seu jogo é na troca de passes.

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*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> América-MG

  • Ineficiências ofensivas contra baixas resistências defensivas: em casa, o América-MG tem um gol a cada 18 tentativas, terceira pior eficiência mandante, com média de 13,5 finalizações por jogo, a segunda menor caseira. O Corinthians tem a pior eficiência visitante, com um gol a cada 42 tentativas e média de 10,5 por jogo. O América-MG levou um gol a cada 6,0 conclusões contrárias, segunda menor resistência caseira, e o Corinthians, a cada 7,0 conclusões contrárias, quarta pior forasteira.
  • Antes da chegada do técnico Vanderlei Luxemburgo, o Corinthians chegou a ir a campo com média etária de 28,6 anos (rodada #2), mas na rodada passada já tinha caído para 25,9 anos. A média do América-MG chegou a 32 anos (rodada #4), mas na rodada passada foi de 28,4 anos.
  • O pragmatismo de Luxemburgo parece levar o Corinthians a apostar no jogo aéreo ofensivo: de sete gols sob seu comando (sem contar pênaltis e faltas diretas), fez quatro pelo alto. Nos sete gols antes de ele chegar, só dois tinham sido aéreos. O América-MG levou pelo alto três dos últimos cinco gols e marcou seis dos últimos dez dessa forma. O Corinthians levou pelo alto quatro dos últimos dez.

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Santos

  • O Internacional é um visitante duríssimo contra o Santos. Desde 2011, foram 11 jogos pela Série A com mando do Santos, que só venceu duas e perdeu três, com seis empates. Neste ano, o time titular do Santos tem média de 25,6 anos nas últimas rodadas, e o Internacional com média de entre 27,6 anos e 29,8 anos (rodada #5).
  • O Santos reverte no Brasileirão uma geral desconfiança quanto a seu potencial com a terceira maior eficiência ofensiva caseira, com um gol a cada 7,3 tentativas, apesar da médiO Cuiabá sofreu assim metade do últimos dez golsa de 11 finalizações por jogo, segunda menor. O Internacional está com a quinta menor resistência defensiva visitante, com um gol sofrido a cada 7,1 conclusões contrárias. O Internacional tem fora de casa um gol a cada 25 tentativas, terceira pior eficiência forasteira, e o Santos está com a terceira maior resistência caseira, um gol sofrido a cada 27 conclusões contrárias.
  • O Santos voltou sofrer gols pelo alto: os cinco últimos gols nasceram assim, sem contar pênaltis e faltas diretas. O Internacional fez dessa forma quatro dos últimos seis gols. O Santos fez sete dos últimos dez em jogadas rasteiras, e o Inter sofreu metade dos últimos dez pelo alto e metade por baixo.
 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Fluminense

  • O Fluminense chegou a escalar titulares com média de 31,3 anos e com 30,1 anos na rodada passada, quando o Bragantino foi a campo com média de 24,7 anos, cinco anos a menos.
  • O Bragantino tem potencial para fazer gol a partir de jogada aérea: fez assim cinco dos últimos sete gols, e o Fluminense levou dessa forma quatro dos últimos seis. No ataque, o Fluminense tem encontrado dificuldade quando não dão espaço para que levante a bola. Não faz gol há cinco jogos, mas fez pelo alto quatro dos últimos cinco gols. O Bragantino só levou assim dois dos últimos seis gols.
 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Grêmio

  • Em termos de idade, na rodada passada ambas as equipes titulares tinham pouco mais de 27 anos, mas o São Paulo chegou a ter neste Brasileirão time titular com três anos a menos (29,1 x 26,2 anos na rodada #2). Desde 2016, em casa o Grêmio venceu cinco vezes, e o São Paulo apenas uma em seis jogos pela Série A.
  • Em tese, a boa notícia para o São Paulo é que o Grêmio joga com bola rasteira, com sete dos últimos dez gols marcados em passes. O São Paulo sofreu 11 dos últimos 12 gols em jogadas aéreas (três na derrota contra o Sport). O São Paulo marcou em jogadas rasteiras oito dos últimos dez gols, e o Grêmio levou metade pelo alto e metade em trocas de passes entre os últimos dez gols.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Palmeiras

  • O time titular do Palmeiras vem sendo escalado com média de 28,7 anos, e na rodada passada, os titulares do Coritiba tinham em média 26,8 anos.
  • O Palmeiras fez seis dos últimos dez gols usando jogadas aéreas, mas o Coritiba só levou assim três dos últimos dez gols. O Coritiba vem passando por uma fase mais rasteira, com quatro dos últimos cinco gols marcados em trocas de passes. O Palmeiras sofreu os últimos seis gols em jogadas em jogadas rasteiras.

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Goiás

  • Ambas as equipes vêm com titulares com média etária de 28,5 anos, variando pouco em torno disso. O ataque do Goiás é aéreo no bom sentido: usou bolas altas para fazer oito dos últimos dez gols e 13 dos últimos 15, sem contar pênaltis e faltas diretas.
  • O Cuiabá sofreu assim metade dos últimos dez gols. No ataque, o Cuiabá marcou a partir de jogadas aéreas quatro dos últimos seis gols, mas o Goiás só levou dessa forma dois dos últimos seis gols.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Flamengo

  • Nos primeiros jogos sob o comando do técnico Jorge Sampaoli, a média de idade do time titular foi de 28,3 anos e caiu rodada a rodada até chegar a 25,1 anos na rodada passada, um rejuvenescimento de praticamente três anos, ficando abaixo da média dos titulares do Vasco a cada jogo, que variou em torno de 25,3 anos.
  • Nos últimos 60 dias, o Flamengo disputou 17 jogos, enquanto o Vasco, apenas oito. O Vasco tem apostado na jogada aérea, tendo feito assim oito dos últimos dez gols e 14 dos últimos 16. O Flamengo sofreu metade dos últimos dez gols dessa forma e metade pelo alto, mas só dois dos últimos sete. No ataque, o Flamengo usou bolas altas para fazer seis dos últimos dez gols, mas o Vasco só levou quatro dos últimos dez após bolas aéreas.

Metodologia

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2023 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos oficiais, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 95.417 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.879 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Vitória Lemos.

Por Bruno Imaizumi e Valmir Storti — Rio de Janeiro

Ge.globo.com

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