Economia
Tempo médio para abrir uma empresa no Brasil é de um dia e três horas
Brasil abre mais de sete empresas por minuto no primeiro semestre
Registro de 2,014 milhões de novos CNPJs entre janeiro e junho é 1,5% inferior ao apurado no mesmo período de 2022; fechamento de companhias dispara 32,2%, mostra Ministério da Fazenda
O Brasil ganhou 2,014 milhões de novas companhias nos primeiros seis meses deste ano, mostram dados do Mapa de Empresas, do Ministério da Fazenda. O valor corresponde à ativação de 7,73 CNPJs (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) a cada minuto.
Ainda que expressiva, a soma de empresas abertas é 1,5% menor que o total de 2,045 instalações contabilizadas ao longo do mesmo período do ano passado. Em 2021, foram 2,080 novas companhias no Brasil.
A maior parte das aberturas realizadas no primeiro semestre deste é referente a microempresas (94,06%, ou 1,895 milhão). As demais criações envolvem 69.199 (3,43%) empresas de pequeno porte e 50.467 (2,5%) de outras categorias.
De acordo com os dados, o tempo médio gasto para abrir uma empresa é de um dia e três horas, 60 minutos a menos do que o período apurado somente no mês de julho (um dia e quatro horas).
O tempo médio de abertura das empresas leva em conta a viabilidade para a instalação (13 horas) e o registro do CPF (14 horas). O estado de São Paulo é aquele menos veloz para efetivar uma companhia (41,3 horas), enquanto em Sergipe bastam 7,6 horas.
Com as movimentações, o Brasil agora soma 21,6 milhões de empresas ativas após a instalação de quase 2,3 milhões de novas matrizes abertas e mais de 58 mil filiais novas ao longo dos primeiros meses deste ano.
Fechamentos
O primeiro semestre também foi marcado pelo fechamento das portas de 1,119 milhão de empresas, volume 32,2% maior que o registrado entre janeiro e junho de 2022, quando 845.997 companhias deixaram de existir.
No período, as microempresas foram as que mais fecharam (1,069 milhão, ou 95,5% do total). As empresas de pequeno porte e de outros segmentos elevaram o número de fechamentos em menor ritmo na comparação com o ano passado.
Para a especialista em finanças e investimentos Kélen Abreu, as extinções refletem as facilidades para virar um microempreendedor individual no Brasil. “Uma das possibilidades é o fato de esse empreendedor ter aberto a empresa no ano passado e conquistado um emprego com carteira assinada e voltado para o mercado formal”, analisa ela.
- ECONOMIA | Do R7