Esporte
O jovem de 21 anos foi decisivo na reta final da Conmebol Libertadores
John Kennedy, do Fluminense, explica luta para andar na linha e quer conhecer o ídolo Romário
Em entrevista exclusiva, atacante afirma que “não pode mais errar” e conta que prefere jogos decisivos de mata-mata a pontos corridos: “Carimba mais na história o nome”
Das muitas histórias que podem ser contadas em um livro da temporada mágica do Fluminense, John Kennedy merece um capítulo à parte. Fã de Romário, a quem espera conhecer em breve, polêmico e fatal nos jogos de mata-mata, o atacante há um ano deixava o clube rumo à Ferroviária após casos de indisciplina.
ReJohn Kennedy fala sobre polêmicas do passado e confiança de Fernando Diniz: “Não posso mais errar”
+ Bastidores do Fluminense mostram festa após semifinal e frase de Diniz: “Time alegre, brasileiro”Não foi só ele (Diniz) que me deu segunda chance, fui eu também que me dei segunda chance”— John Kennedy
Pouco mais de 365 dias depois do anúncio do empréstimo, nas muitas voltas que o futebol dá, o atacante vive nova fase. Retornou ao clube que o revelou, conquistou idolatria e vai disputar a final do Mundial de Clubes, na sexta-feira, contra o Manchester City.
– Já está no meu subconsciente, ficou gravado, não posso errar, não posso dar mole, não só por ele (Fernando Diniz), mas por mim, pela minha família. Quando voltei a fazer gols importantes, subiu o assédio de novo. Hoje já estou conseguindo lidar com isso, tenho ajuda, mas hoje está mais fácil.
John Kennedy em entrevista ao ge — Foto: Gustavo Garcia
Autor do gol que carimbou a classificação do Fluminense para a final do Mundial de Clubes, na segunda-feira, contra o Al Ahly, o jovem de 21 anos foi decisivo na reta final da Conmebol Libertadores e repete a dose na Arábia Saudita.
RJohn Kennedy fala sobre relação com jogos grandes: “Sempre gostei”
+ Fatal e à moda antiga, John Kennedy deixa problemas de lado e vira “menino Rei” no FluminenseDesde novo sempre gostei desses jogos assim, mais competitivos, mais difíceis. Carimba mais na história o nome do que em pontos corridos”— John Kennedy
Às vésperas da partida mais importante da história do Fluminense, John Kennedy recebeu a equipe da Globo no hotel em que o time está hospedado em Jedá. Com sorriso largo no rosto e o ímpeto de quem fez gols nos últimos cinco adversários que teve pelo caminho em jogos eliminatórios, o atacante comentou a expectativa de enfrentar o City.
RConfira a jogada completa do segundo gol do Fluminense marcado por John KennedyEstou confiante, pensando positivo, espero fazer gol também. Se depender de mim, vou fazer”— John Kennedy
Narrou também a vontade de conhecer o ídolo Romário e o distanciamento das noitadas. Veja outras respostas de John Kennedy abaixo.
Espelho em Romário
– Sempre vejo YouTube, sempre vejo vídeos dele (Romário). Não tento sempre replicar porque cada um tem uma forma de jogar, mas me espelho, sim. Sempre tento as melhores coisas dele, óbvio, tem que aprender com os melhores.Não (conheço o Romário) ainda, não. Um dia seu Paulo Angioni disse que vai me levar para conhecer. Enquanto não chega, vou fazer gol até conhecer— John Kennedy
John Kennedy em entrevista exclusiva ao ge — Foto: Gustavo Garcia
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Distanciamento da noite
– Meu ídolo pessoal (o Romário), mas hoje em dia não dá para viver como ele vivia. Negócio da noite é coisa do passado, já gostei, fiz muito, mas hoje em dia estou muito tranquilo, mais família. Não tem muita coisa parecida mais, não. Só nas férias agora dá para dar uma curtida.
Fernando Diniz e John Kennedy — Foto: Lucas Merçon/Fluminense
Melhoras com Diniz
– Na parte de me tirar da zona de conforto, não acreditar que só talento vai ser bom, vai me levar a algum lugar. Ele sempre me lembra isso. Só ser bom não vai fazer eu chegar em algum lugar, ser vitorioso.- Meu melhor momento, sequência de treinos e jogos, jogando bem. Confiança está alta. Venho evoluindo muito, muito, muito. Espero continuar assim. Evoluir mais, treinando melhor, jogando melhor”— John Kennedy
John Kennedy — Foto: Gustavo Garcia
Jogo contra o Manchester City
– Time diferente, com grandes jogadores, cortou o Haaland, mas tem o Julián Álvarez. Não existe favorito, vai ser jogo difícil. Um pouco ansioso, coisa normal, é o jogo mais importante da história do Fluminense. Mas estamos bem confiantes também, sabemos que podemos ser campeões, futebol é dentro das quatro linhas. O time está confiante, mas ansioso também para chegar esse dia logo.Reproduzir vídeoReproduzir00:00/00:00Silenciar somMinimizar vídeoTela cheia
Aos 44 min do 2º tempo – gol de dentro da área de John Kennedy do Fluminense contra o Al Ahly
Ansiedade para a partida
– Dias antes assim estou muito ansioso para chegar o dia da final, um pouco antes também. Mas quando chega no estádio passa. Quando entro no ônibus, já passa, fico mais tranquilo, perto de fazer o que ama, não tem como ficar nervoso.
John Kennedy e Diniz conversando com a Joia do Rei ao fundo — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense
Diniz conversa com John Kennedy — Foto: Marcelo Gonçalves/FluminenseVou fazer o que gosto, não tem como ficar tenso nesse momento. Vou fazer o que amo, fazer o que eu amo me deixa mais tranquilo— John Kennedy
Fluminense e Manchester City se enfrentam na final do Mundial de Clubes nesta sexta-feira, em Jedá, na Arábia Saudita, às 15h (de Brasília), com transmissão da TV Globo, do ge e do Globoplay.
Por Bruno Côrtes, Felipe Siqueira e Gustavo Garcia — Jedá, Arábia Saudita