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Educação

8 de setembro – Dia Mundial da Alfabetização

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O Dia Mundial da Alfabetização foi criado pela ONU/Unesco em 8 de setembro de 1967 para destacar a importância social da alfabetização.

Dia Mundial da Alfabetização foi criado em 8 de setembro de 1967 pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A data tem como objetivo ressaltar a importância da alfabetização para o desenvolvimento social e econômico mundial.

Importância da alfabetização

A alfabetização é a base da educação, que, por sua vez, é um direito humano fundamentado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). No entanto, o acesso ao ensino básico de qualidade ainda é uma realidade distante para muitas pessoas, que encontram dificuldades para se alfabetizar ou continuar os estudos pelas desigualdades sociais, por preconceitos diversos, por disparidades de gênero e tabus culturais.Não pare agora… Tem mais depois da publicidade 😉

Sem acesso à educação, não há desenvolvimento, não há pleno exercício da cidadania. Para buscar apoio de governos e organizações sociais, a ONU estabeleceu seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), metas em diferentes áreas a serem alcançadas até 2030. Educação de qualidade é o ODS de número 4 e tem como objetivo assegurar o direito à educação de forma inclusiva, para todos os gêneros e todas as idades, promovendo um ambiente escolar saudável e que vá além do letramento, tratando o ensino como método de formação cidadã.

17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU [1].
17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU [1].

Analfabetismo funcional

Cerca de 617 milhões de jovens no mundo não conseguem ler ou fazer contas simples de matemática, mesmo que dois terços deles tenham frequentado a escola ou estejam estudando regularmente. As pessoas que se encontram nessa situação de alfabetização precária ou quase nula são conhecidas como analfabetos funcionais.

analfabetismo funcional é descrito como a falta de capacidade de leitura e interpretação de frases, parágrafos ou textos, assim como não conseguir ou ter grande dificuldade em realizar contas matemáticas básicas.

O analfabeto funcional não é necessariamente alguém que não frequentou a escola ou parou de estudar. No Brasil, a cada dez pessoas, três não conseguem escrever corretamente, ler e interpretar textos simples ou fazer contas. De acordo com o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), 13% da população brasileira que conclui o ensino médio tem analfabetismo funcional.

Leia também: Desigualdade social: o que é, dados, consequências

Analfabetismo no Brasil

Os programas de acesso à educação básica e planos de alfabetização aplicados no Brasil resultaram em uma queda no número de analfabetos. No entanto, a diminuição dos analfabetos brasileiros ainda é lenta.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram uma queda gradativa no analfabetismo no Brasil, considerando a população acima de 15 anos. Por exemplo, em 2017, eram mais de 11,4 milhões de analfabetos, número que caiu para cerca de 11,3 milhões em 2018.

O Brasil tem a alfabetização como uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). O objetivo do plano é que o analfabetismo da população brasileira seja erradicado completamente até 2024. Infelizmente, a evolução da meta está abaixo do esperado para 2015 – ano utilizado como parâmetro –, quando se esperava que pessoas com 15 anos ou mais tivessem taxa de alfabetização de 93,5%, mas o patamar atingido foi de 93,2%.

Veja também: Novo ensino médio – entenda a reforma

Como as desigualdades regionais interferem no acesso à educação, o plano do Ministério da Educação é que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) consiga promover o ensino básico de forma igualitária em todo o país, determinando um perfil curricular a ser trabalhado por todas as escolas. Se haverá benefícios com a BNCC, ainda não é possível ter noção por ser uma decisão recente e que levará alguns anos para ser implementada. O desafio é unir conteúdo, estrutura física das escolas e recursos humanos capacitados de maneira igual em regiões tão diferentes em aspectos econômicos e geográficos.

Alfabetizar é preciso!

Não alfabetizar é dificultar o acesso à saúde, à informação, ao mercado de trabalho, às condições mais dignas de vida. Não promover a educação básica é transformar o ser humano em apenas mais um número em milhões, tirando do indivíduo a chance de expressar sua opinião, de exercer sua cidadania plenamente, além de torná-la vulnerável à manipulação. Que a sociedade consiga seguir em frente no que prevê o artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e, enfim, afirmar: “Todos os seres humanos têm direito à educação”.

Créditos das imagens:

[1] Reprodução: ONU

Por Lorraine Vilela – Jornalista

A alfabetização é a base da educação e peça fundamental para o desenvolvimento da sociedade.
A alfabetização é a base da educação e peça fundamental para o desenvolvimento da sociedade.

Brasilescola.uol.com.br

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