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O Santos terminou a partida contra o São Paulo, na Vila Belmiro, bem diferente de como começou o clássico

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Peixe melhora depois do intervalo, busca empate com São Paulo e tira lições para Libertadores

Análise: ideias não funcionam, e Santos muda rota durante clássico para evitar derrota

O Santos terminou a partida contra o São Paulo, neste sábado, na Vila Belmiro, bem diferente de como começou o clássico válido pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de entrar em campo com ideias que não deram resultado, o técnico Cuca teve de mudar a rota para ver o Peixe reagir e buscar o empate em 2 a 2 com o rival.

Sem Marinho, desgastado fisicamente, Cuca escalou o Santos para o clássico num 4-4-2 quando defendia e num 3-5-2 quando atacava. No papel, o Peixe tinha: João Paulo, Madson, Lucas Veríssimo, Luan Peres e Diego Pituca; Alison, Sánchez, Arthur Gomes e Lucas Braga; Soteldo e Marcos Leonardo.

Na prática, porém, os papéis se invertiam com frequência. Quando tinha a bola, o Santos tinha Diego Pituca muito avançado, com liberdade, para formar uma linha de cinco no meio de campo, ao lado de Madson, Arthur Gomes, Sánchez e Lucas Braga.

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Cuca durante Santos x São Paulo, na Vila Belmiro — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Cuca durante Santos x São Paulo, na Vila Belmiro — Foto: Ivan Storti/Santos FC

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Apesar de, na teoria, o Santos parecer ocupar o meio de campo com diversos jogadores, na prática o São Paulo teve total domínio do setor, porque os “meias” do Peixe estavam mais próximos às laterais do que ao círculo central. E, também, por causa das atuações ruins de Arthur Gomes e Soteldo, importantes no processo de criação desse esquema.

Mas os problemas, na verdade, não foram só esses. O Santos apresentou dificuldade na transição entre o 3-5-2 ofensivo para o 4-4-2 defensivo quando o São Paulo puxava contra-ataques em velocidade. O segundo gol tricolor, em que os marcadores santistas não encontram seus “alvos”, exemplifica bem isso 

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O primeiro tempo do Santos, então, foi praticamente por água abaixo, apesar do gol de Madson. No intervalo, o técnico Cuca resolveu mexer as peças: Wagner Leonardo entrou no lugar de Arthur Gomes, e Lucas Lourenço ganhou a vaga de Marcos Leonardo.

O Santos passou a jogar num 4-4-2 mais “fixo”, sem tanta variação, com o qual já está mais acostumado, com: João Paulo, Madson, Lucas Veríssimo, Luan Peres e Wagner Leonardo; Alison, Diego Pituca, Sánchez e Lucas Lourenço; Lucas Braga e Soteldo.

Com quatro homens fixos no meio de campo, o Santos passou a ter o domínio do setor – antes, apenas Sánchez ocupava o setor centralizado, enquanto os companheiros jogavam pelas beiradas. Lucas Lourenço, apesar da juventude e de ter apenas dois jogos no time profissional do Peixe, conseguiu ocupar bem os espaços e diminuir a superioridade tricolor.

No segundo tempo, o Santos foi melhor – muito, também, pela entrada de Marinho no decorrer da etapa final para fazer o gol de empate.

Antes da volta à Libertadores, na terça-feira, contra o Olimpia, o técnico Cuca acumulou mais experiências do que funciona e do que não funciona na prática com o Santos. Diante de um meio de campo consistente e povoado, o treinador precisa optar por jogadores acostumados a estarem ali, como Sánchez, Pituca e até o ainda garoto Lucas Lourenço.

Por Bruno Giufrida — Santos, SP / Globoesporte.globo.com

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