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A (ANPR) defendeu nesta quarta-feira (22) o uso da lista tríplice elaborada pela categoria
Por transparência, procuradores defendem lista tríplice para a PGR
Lula disse que não vai usar lista para indicar futuro chefe do MP; atual PGR, Augusto Aras também não era indicação da categoria
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) defendeu nesta quarta-feira (22) o uso da lista tríplice elaborada pela categoria como critério para a escolha do substituto do atual procurador-geral da República, Augusto Aras.
Nessa terça-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que vai ignorar a lista tríplice para a escolha do futuro chefe do Ministério Público. Na fala, Lula culpou a força-tarefa da Lava Jato pela decisão e classificou o grupo de “bando de moleque irresponsável”.
Para a ANPR, é compreensível que o presidente manifeste contrariedade aos procuradores da República que o denunciaram, mas a entidade defende o fortalecimento da institutição. “A generalização sobre o papel do MPF, como se este pudesse ser resumido à Operação Lava Jato, despreza a importância histórica da instituição em diversas outras atuações e na defesa de direitos, sobretudo nos campos socioambiental e da cidadania”, informou a associação.
A lista tríplice é adotada em todos os outros ministérios públicos. “Ao tratar a definição do PGR como uma escolha pessoal, o presidente da República abre mão da transparência necessária ao processo e se desvincula da preocupação com a autonomia da instituição e com a independência da PGR. Com isso, contraria o próprio discurso de campanha”, diz a associação em nota.
Aras, que fica no cargo até setembro, foi escolhido e reconduzido ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que também desprezou a lista tríplice elaborada pela categoria para indicar o chefe da PGR.
- BRASÍLIA | Do R7