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A cada rodada que passa, o Botafogo fica mais perto de agarrar a vaga na Série A

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Análise: com festa adiada, Botafogo controla ansiedade a poucos dias de garantir o acesso

Com seis pontos dentro do G-4, equipe vê cada vez mais iminente confirmação da vaga antecipada. Jogo apressado contra a Ponte Preta dá lições para provável partida da festa

A cada rodada que passa, o Botafogo fica mais perto de agarrar a vaga na Série A. Mas a situação ainda não está matematicamente definida, o que exige esforço não só para vencer os adversários, como para bater a própria ansiedade até realizar o desejo que todo alvinegro pediu em 2021.

Essa aflição positiva deu sinais no empate pouco inspirado com a Ponte Preta, na última quinta-feira, em Campinas, pela 35ª rodada da Série B. Uma partida disputada, que não teve o Botafogo eficiente que o torcedor se acostumou a ver nos últimos meses. A defesa funcionou, como de costume, mas, o ataque não encontrou caminhos para furar o bloqueio do time da casa.

– A gente sabia que seria muito difícil, ainda mais com o adversário precisando da vitória. Conquistamos um ponto, que é muito importante para quem busca o acesso e o título. Pode fazer diferença lá na última rodada. Temos um jogo difícil contra o Operário, mas teremos casa cheia e o apoio da torcida. É a nossa chance de garantir o acesso o mais rápido possível – disse o lateral-direito Daniel Borges ao ge.

Bota leva de volta lições para a reta final — Foto: Marcos Ribolli

Bota leva de volta lições para a reta final — Foto: Marcos Ribolli

Em relação aos titulares que golearam o Vasco, o Botafogo só fez uma mudança: Carli, suspenso, deu lugar a Gilvan, que correspondeu à altura. Além da escalação, a equipe também repetiu a postura cautelosa que já virou marca nos jogos como visitante. Ao contrário do clássico, no entanto, o time não apresentou a mesma eficiência.

O jogo contra a Ponte foi mais disputado, com menos espaços. Mesmo assim, o Bota quase aproveitou as poucas brechas que achou. Ivan fez uma defesaça, Navarro teve gol anulado e ao menos dois lances de contra-ataque levaram muito perigo no primeiro tempo. O dono da casa, mais necessitado do resultado, tentou partir para cima e até teve mais finalizações, seis contra duas, mas não assustou.

– A gente tinha a expectativa de ter um pouco mais de espaço. A gente conseguiu achar o passe por dentro, insistimos muito no jogo pelo centro e acho que isso nos impediu de criar melhor as oportunidades – resumiu o técnico Enderson Moreira.

Tecnicamente, alguns jogadores deixaram a desejar. Warley errou muitos passes, Pedro Castro apareceu pouco e Oyama não conseguiu ter o mesmo controle do meio de campo que rendeu elogios contra o Vasco. Marco Antônio buscou muito a bola, foi quem mais tentou na frente, mas não teve boa sintonia com os companheiros. Em geral, pelo lado do Bota, foi uma atuação apressada e de pouca inspiração.

O que não é só demérito do Botafogo, já que o adversário tinha muito em jogo. A Ponte estava mais desesperada pelo resultado, mas não cometeu o mesmo erro que fez o Vasco tombar na rodada anterior. Sabendo da potência alvinegra nos contra-ataques, Gilson Kleina não deu todos os espaços que o lado carioca imaginava. A Ponte também fez uma partida cautelosa. Assim como o Bota, a defesa foi o forte da equipe paulista.

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O ponto positivo foi a solidez defensiva, a base da equipe de Enderson Moreira. Uma fortaleza que também precisa passar para o lado mental dos atletas, para administrar a ansiedade que aumenta a cada dia.

Contra o Operário, na segunda-feira, o Botafogo espera casa cheia e um jogo para terminar em festa no Nilton Santos. Antes, precisa vencer para confirmar o acesso sem depender de outros resultados. O que vai exigir do time a segurança habitual, mas com um ímpeto diferente do que o torcedor viu na rodada que passou.

Por Thayuan Leiras — Campinas, SP

Ge.globo.com

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