Esporte
A estratégia era ganhar o jogo. Era uma final. Tratamos dessa forma
Marcão exalta torcida em vitória do Fluminense sobre o Inter: “Quando nosso torcedor joga junto, esquece”
Técnico vê confronto direto pela Libertadores como “final”, acredita que Flu soube se portar bem diante das investidas do adversário e minimiza postura recuada: “A estratégia era ganhar o jogo”
O Fluminense fez 1 a 0 sobre o Inter noite desta quarta-feira e ganhou o confronto direto na briga por vaga na Libertadores (veja os melhores momentos no vídeo acima). Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Marcão atribuiu a vitória à torcida tricolor, que colocou mais de 18 mil no Maracanã, quebrou seu recorde de público desde a reabertura dos estádios e cantou o jogo inteiro para empurra o time em campo.
– Foi mágico! Como eu falei jogo passado: quando nosso torcedor joga junto, esquece, ficamos muito fortes. E eles entenderam a dimensão que era esse jogo. Mesmo nós sendo atacados, o torcedor empurrava pra cima a todo minuto. Nosso agradecimento ao torcedor foi todos os jogadores irem lá depois do jogo e pularam e cantaram com eles. Um sinal de agradecimento por eles serem realmente o 12° jogador nessa partida e pedimos para continuarem nos apoiando na competição.
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Marcão no jogo entre Fluminense e Internacional — Foto: André Durão
E Marcão foi direto na resposta quando perguntado sobre o recuo do Fluminense após o gol de Fred no início da partida. Segundo o treinador, que tratou com naturalidade a postura defensiva da equipe, o jogo era uma “final” e a única estratégia era conquistar os três pontos.
– A estratégia era ganhar o jogo. Era uma final. Tratamos dessa forma. O gol saiu muito cedo. Nos preparamos para isto. Desde o momento que saiu o gol, naturalmente, do outro lado tinha uma grande equipe, com jogadores de seleção brasileira. Todos com bastante rodagem. Sabíamos que nossa equipe teria dificuldade. Mas nossa equipe marcou bem, defendeu bem. Conseguimos fazer algumas transições, não terminaram em gols, mas sabíamos que eles iriam nos agredir – argumentou Marcão, lembrando a boa campanha do time como mandante no Maracanã:
– Mas dar os parabéns, mérito dos nossos jogadores. Nosso torcedor entendeu que era um jogo difícil. Ficamos com pouca posse. A equipe do Internacional ficou com a bola. Mas era um jogo que precisávamos ganhar. Quando nosso time de guerreiros está conectado com a torcida, a torcida mais bonita do mundo, fica muito difícil ganhar aqui dentro da nossa casa.
Torcida fez uma grande festa em Fluminense x Internacional — Foto: André Durão
Veja outras respostas de Marcão:
Opção por Calegari no meio
– Perdemos algumas peças importantes. Sempre falamos que nosso grupo é muito bom, tem que estar preparado, pois em algum momento será utilizado. O Calegari já tinha feito algumas partidas ali por dentro. Entendemos que, pelo fato de a equipe do Internacional ter um jogo muito forte no tripé, o Calegari entendeu isso. Fizemos um trabalhinho ontem tático e ele assimilou muito bem. E cumpriu todas as funções, da melhor maneira possível. Ele jogou, marcou com personalidade, e ganhamos mais uma peça importante, que foi um dos melhores em campo junto com os demais.
– Como o Wellington, que fez uma grande partida. Orientou, posicionou. O Yago também. No geral, nosso time foi muito coeso e tirou o jogo do Internacional. Temos o Daniel, que está muito próximo de nós no sub-23. Ele tem uma característica muito boa e sempre queremos trazer ele para dentro. Se tivesse a opção, mais uma vez iríamos utilizá-lo, tem muito para nos ajudar também.
Caio Paulista e Wellington
– São jogadores que em nenhum momento desistiram. Que jogaram um jogo desse tamanho, com esta responsabilidade e entregaram tudo para o torcedor. Sabemos que é difícil, nós que já estivemos dentro do campo. O Caio fez uma partida brilhante, de entrega. O Caio era dúvida até poucas horas da partida. Estava resfriado. Pegamos ele no vestiário, ele estava caído, e entregou tudo. O David Braz na mesma situação. O Manoel entrou em uma condição, ele é um cara incrível, nos ajudou demais. O Wellington vinha treinando e não largou em nenhum momento. Ele sabia que em algum momento poderia contribuir. Esta é nossa equipe, um correndo pelo outro, mandando energia positiva. Este o grupo que temos, com sujeitos homens, família e que tem feito a diferença.
Jogo contra o Atlético-MG
– Vamos tentar mobilizar como se fosse jogo em casa. Iremos pegar um Mineirão lotado e a equipe do Atlético-MG lutando por título, mas vamos para fazer nosso melhor jogo e trazer pontos importantes para o Rio. A entrega tem que ser a mesma que nós temos em casa, com o apoio do nosso torcedor. Realmente o efeito casa tem feito a diferença ao nosso favor, e deram confiança essas duas vitórias para a gente buscar esses pontos fora de casa.
Grito homofóbico da torcida
– Eu estava muito focado no jogo. No momento ali eu só ouvi os gritos de apoio, mas não prestei atenção nas letras. Se realmente aconteceu, eu tenho certeza que o sistema de som já chamou atenção e vamos reunir quem quer que seja para que nas próximas partidas a gente não faça dessa forma. A gente prega o respeito e eu tenho certeza que vai ser ouvido pelo nosso torcedor.
Por Redação do ge — Rio de Janeiro