Esporte
A história de Marivaldo, o torcedor do Sport que anda 60km para ver o time de coração
Tatuagem na testa, caminhada de 12 horas, dentes pintados… na esteira de Marivaldo, veja lista de fatos com torcedores fanáticos
Fã do Sport levou prêmio da Fifa em 2020 após percorrer a pé 60 km e atravessar três cidades para acompanhar jogos do clube de coração; no país, exemplos de paixão se espalham
Até onde vai a paixão de uma pessoa por um clube de futebol? A história de Marivaldo, fã do Sport que caminha por 60 quilômetros durante 12 horas para acompanhar os jogos do time, virou exemplo para o mundo após a conquista do prêmio Fifa Fan de 2020, destinado ao torcedor do ano. No Brasil, ainda há outras histórias que comprovam não haver resposta – e nem limite – para a questão.
De tatuagem na testa a dentes pintados e casa feita em formato de escudo, confira uma lista de torcedores que foram além na conexão com seu clube de coração. Também ouça abaixo a edição especial do podcast Embolada sobre os bastidores da história de Marivaldo, eleito o fã do ano pela Fifa.
+ História de torcedor do Sport, contada pela Globo, vence prêmio Fifa Fan Award 2020+ Sem dinheiro, torcedor caminha por 12 horas e atravessa três cidades para ver jogos do Sport
Marivaldo entrou sol e chuva por 12h — Foto: Reprodução TV Globo
Bacalhau e os dentes pintados
Jairo Mariano da Silva, o Bacalhau, entrou para história do Santa Cruz como torcedor símbolo. Antigo morador de Garanhuns, distante 235 km do Recife, ele tinha a casa toda pintada nas cores do time do coração: vermelho, branco e preto. E esses mesmos tons lhe acompanharam na vestimenta e… nos dentes até o último dia de vida.
Bacalhau deixou o sorriso permanente nas cores do clube para abrir o sorriso em todos jogos do Santa Cruz. Em 2017, após problemas pulmonares, ele faleceu na sua terra natal aos 77 anos.
Bacalhau, torcedor histórico do Santa Cruz — Foto: TV Globo/Reprodução
Torcedor que mora dentro do escudo do São Paulo
Morador de Dracena, cidade localizada no interior de São Paulo, Ivo Sergio Pereira Coelho construiu uma casa no formato do escudo do São Paulo.
Projeto interior da casa no formato do escudo do São Paulo — Foto: Arquivo pessoal
Arquiteto, foi ele mesmo quem desenvolveu o projeto da casa e também investiu na parte interna com referências ao Tricolor Paulista, com escudo e cores do clube nas paredes.
Casa em formato de escudo do São Paulo — Foto: Reprodução
Tatuagem do Santos na testa
Alberto Francisco de Oliveira Júnior, conhecido pelas redondezas da Vila Belmiro como Alemão, tatuou o escudo do Santos na testa. Ele também já tinha outros 12 desenhos espalhados pelo corpo em alusão ao Alvinegro Praiano.
Alberto Francisco de Oliveira Júnior Alemão Fanático Santos Tatuagens — Foto: Bruno Gutierrez
73 tatuagens do Botafogo
Morador de Búzios, no Rio de Janeiro, José Fábio é mais um exemplo de torcedor que usou das tatuagens para expor a paixão pelo clube. Ele começou a colecionar desenhos após o rebaixamento do time em 2002… e chegou na contagem de 73 tatuagens, em 2016, quando foi personagem da matéria do ge. O alvinegro também tem a casa toda em preto e branco.
Torcedor do Botafogo, José Fábio é repleto de tatuagens do time — Foto: Gustavo Garcia/GloboEsporte.com
Dona Salomé e o amor pelo Cruzeiro
Dona Salomé é uma torcedora-símbolo do Cruzeiro. Figura frequente nos jogos do time celeste, ela faleceu aos 86 anos após acompanhar a partida que rebaixou o clube à Série B desta temporada. Segundo o filho, a causa foi um problema cardíaco.
Dona Salomé, torcedora-símbolo do Cruzeiro — Foto: Reprodução/TV Globo
Tubo de oxigênio e cadeira de roda no estádio
Colemar Rodrigues não via o Atlético-GO em campo há 40 anos. Até que, em 2018, ele foi ao estádio de cadeira de roda e com tubo de oxigênio por sofrer com enfisema pulmonar. No fim, viu o time do coração vencer de 1 a 0 o Coritiba, na reinauguração do Estádio Antônio Accioly.
De maca no estádio em dia de rebaixamento
Torcedor símbolo do Coritiba, Jairton da Rocha sofre de atrofia muscular nos membros inferiores, condição que o impossibilita de andar. Mesmo com dificuldades, ele encarou 554km e marcou presença no último jogo da equipe em 2017 em Chapecó. O Coxa perdeu e foi rebaixado, mas ele continuou ao lado do clube.
Jairton Rocha em jogo do Coritiba — Foto: Monique Silva
Por Redação do ge — Recife