A Petrobras continuará mantendo sua política de preços sem interferências.

Últimas notícias sobre a crise no preço do petróleo de 9 de março
‘Guerra’ de preços entre Rússia e Arábia Saudita abala os mercados em todo o mundo
- Barril do petróleo Brent: queda de 23,92%, a US$ 34,44 (às 15h26);
- Barril do petróleo WTI: baixa de 24,35%, a US$ 31,23 (às 15h26);
- Dólar: alta de 2,89%, a R$ 4,7692 (15h05);
- Ibovespa: queda de 10,87%, a 87.345 pontos (15h24);
- Petrobras: ações ordinárias a R$ 17,30 (-28,10%); preferenciais: R$ 16,26 (-28,78%) às 15h28;
- Ações da Vale caíam 13,94%, a R$ 38,39 às 15h27;
- O índice S&P 500 caía 7,17% (às 15h25);
- O Dow Jones despencava 7,43% (às 15h25);
- Ouro: alta de 0,04%, para US$ 1.673,10 por onça (às 15h27);
- Na Europa, as bolsas desabaram perto de 7% por conta da crise;
- Na Ásia, a bolsa do Japão registrou queda de 5,07%;
- Veja perguntas e respostas sobre a crise no preço do petróleo.
Agora há pouco, o presidente Jair Bolsonaro disse no Twitter que não existe possibilidade de o governo aumentar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), um dos principais impostos cobrados sobre os combustíveis.
“A Petrobras continuará mantendo sua política de preços sem interferências. A tendência é que os preços caiam nas refinarias”, disse Bolsonaro.
Outros destaques:
- Nesta tarde, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse ao Blog do Valdo Cruz que o governo vai observar tendência do mercado de petróleo antes de agir;
- Mais cedo, o Banco Central disse que intervenções cambiais podem durar ‘tempo que for necessário’;
- O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo está “sereno” e reforçou a importância da agenda de reformas no país;
- Bovespa caiu mais de 10%, levando ao ‘circuit breaker’ por volta das 10h30, o primeiro desde 2017. No ano, o índice acumula queda de mais de 23%;
- A Petrobras perdeu mais de R$ 67 bilhões em valor de mercado em poucas horas;
- Entenda por que a queda do petróleo é revés para Orçamento do governo e impacta arrecadação com royalties;
- Nos Estados Unidos, as bolsas de valores também encerraram operações, com fortes quedas;
- Por volta das 10h50 (horário de Brasília), as negociação já haviam sido retomadas nos EUA;
- O presidente americano Donald Trump afirmou, nas redes sociais, que a queda é “boa para os consumidores, o preço da gasolina vai cair” e que a culpa é da disputa entre Arábia Saudita e Rússia sobre os preços do petróleo;
- As bolsas asiáticas também seguiram o ritmo de queda. O índice Nikkei registrou queda de 5,07%, a 19.698,76 pontos, algo que não acontecia desde fevereiro de 2018.
Os preços do petróleo desabam nesta segunda-feira (9), arrastando as bolsas de valores de todo o mundo e fazendo disparar a cotação do dólar frente principalmente às moedas de países emergentes. As informações estão sendo atualizadas.
O motivo da turbulência em relação ao preço do petróleo é o desentendimento entre Rússia e Arábia Saudita, dois dos maiores produtores de petróleo do mundo, que estão em desacordo sobre o tamanho da produção da commodity neste ano. (entenda na cronologia abaixo).
Cronologia
- Epidemia de coronavírus reduz as expectativas de crescimento econômico global, e a estimativas de demanda mundial pelo petróleo, fazendo recuar o preço do petróleo
- Como forma de estabilizar os preços, a Opep, grupo dos maiores produtores da commodity, que inclui a Arábia Saudita, propõe ampliar os cortes na produção – reduzindo a oferta, os preços tendem a subir
- A Arábia Saudita, no entanto, condicionou o corte à colaboração da Rússia, um dos maiores produtores mundiais. O país não faz parte da Opep, mas há três anos é um aliado, sendo parte do que ficou conhecido como Opep+
- Na sexta-feira (6), a Rússia se negou a cortar sua produção. Em resposta, a Opep removeu todos os seus próprios limites de bombeamento. Com isso, o petróleo Brent sofreu sua maior queda diária em mais de 11 anos.
- No final de semana, a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, retaliou a decisão russa, e decidiu adotar o maior corte dos preços do barril em 20 anos, e anunciou que vai aumentar a produção para ganhar participação no mercado.
- A decisão dá início a uma ‘guerra’ de preços, que afeta as cotações globais e deve ter repercussões em todo o mundo. Os Estados Unidos podem ser particularmente afetados – não só por serem os maiores consumidores de petróleo, mas porque uma queda acentuada nos preços do petróleo torna pouco competitivo o óleo extraído no país, especialmente o extraído a partir do gás de xisto, cujos custos são altos.
- Em mais uma jogada do ‘xadrez’ dos preços, o Ministério de Finanças da Rússia afirmou nesta segunda-feira que o país poderia suportar preços do petróleo de entre US$ 25 e US$ 30 o barril por um período de entre seis e dez anos.
Preço do barril desaba
- Os preços dos contratos de petróleo recuavam ao redor de 20% nesta segunda-feira. Na abertura dos negócios no mercado asiático, ainda no noite de domingo (horário de Brasília), o preço do petróleo do tipo Brent chegou a recuar 31%, no maior tombo desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991).
Bolsas despencam
- Na Ásia, a bolsa de Tóquio desabou 5%. O índice Nikkei registrou queda de 5,07%, a 19.698,76 pontos, algo que não acontecia desde fevereiro de 2018, no início da guerra comercial entre Estados Unidos e China.
- Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 3,42%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 3,01%.
- Na Europa, as bolsas caíram perto de 7%. O índice London FTSE-100, da bolsa de Londres, caía 6,62%; o Frankfurt Dax, na Alemanha, 6,83%, o CAC-40, em Paris, 6,92%, e o Ibex 35, em Madrid, 7,15%, segundo dados da Bloomberg. Em Milão, o FTSE MIB caía 10,27%.
Efeitos no câmbio e nos juros
- Nos Estados Unidos, o rendimento dos títulos do Tesouro caía abaixo de 0,5%, levando a curva desse rendimento para abaixo de 1% pela primeira vez em dez anos
- No Japão, a cotação do iene teve forte alta, enquanto investidores correm para ativos considerados seguros em meio ao derretimento dos mercados. A alta prejudica os exportadores do país, e gera mais temores de desaceleração econômica
- No Brasil, a crise faz disparar a cotação do dólar – a cotação da moeda chegou a se aproximar dos R$ 4,80 no início dos negócios.
Fonte: G1
