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A seleção brasileira sobra diante de rivais sul-americanos.

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República Checa foi o único adversário europeu enfrentado pelo Brasil desde o Mundial da Rússia; equipe de Tite deve disputar seis amistosos em 2022 antes de ir ao Catar

Seleção fará quase 70% do ciclo da Copa contra sul-americanos; CBF tenta rival europeu após três anos

Atual campeã da Copa América e tendo 100% de aproveitamento nas seis primeiras rodadas das Eliminatórias, a seleção brasileira sobra diante de rivais sul-americanos. Com Tite, desde 2016, o Brasil não perdeu nenhum dos 25 jogos oficiais contra adversários do continente – foram 21 vitórias e quatro empates.

Porém, ao mesmo tempo em que festeja o bom desempenho contra seus vizinhos, a Seleção se preocupa com o excesso de jogos “domésticos”.

No ciclo entre a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, e o Mundial do Catar, no fim do ano que vem, o Brasil deve fazer aproximadamente 70% das partidas contra seleções sul-americanas.

Atualmente, este número está em 62%. Desde a eliminação para a Bélgica, nas quartas de final da última Copa, a Seleção realizou 29 jogos, sendo 18 contra sul-americanos.

O Brasil ainda disputará 12 rodadas das Eliminatórias e mais seis duelos na Copa América (desde que avance, pelo menos, até a semifinal). Com isso, 76% dos compromissos terão sido contra seleções sul-americanas. Ou seja, três a cada quatro jogos.

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Jogadores embarcam no aviação da Seleção; maioria dos jogos do Brasil tem sido contra sul-americanos — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Jogadores embarcam no aviação da Seleção; maioria dos jogos do Brasil tem sido contra sul-americanos — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

O que serve de alento para Tite e sua comissão técnica são as seis datas Fifa agendadas para 2022. Estão previstos quatro amistosos entre 30 de maio e 14 de junho do ano que vem, e mais dois entre 19 e 27 de setembro, na última “janela” antes da Copa do Mundo, que começa em novembro.

A CBF busca adversários europeus, mas sabe que isso não será fácil. É grande a chance de que estas datas sejam utilizadas pela UEFA para realizar partidas da próxima edição da Liga das Nações.

O Brasil pode tentar enfrentar seleções que folguem em determinadas rodadas desta competição, mas é difícil casar as datas. Internamente, a CBF vê como maior a possibilidade de encarar europeus na data Fifa de setembro do que na do meio do ano.

O que já está certo é que a Seleção ficará mais de três anos sem medir forças contra um rival do Velho Continente. O último jogo contra um europeu foi em março de 2019, quando o Brasil bateu a República Checa por 3 a 1, em amistoso em Praga.

Mesmo que enfrente rivais de outros continentes nestes seis amistosos de 2022, o Brasil chegará no Catar tendo disputado 68% do ciclo da Copa contra sul-americanos.Origem das seleções enfrentadas pelo Brasil neste ciclo de CopaJogos realizados desde a derrota para a Bélgica, na RússiaEuropa: 1América do Sul: 18Ásia e Oceania: 3Américas Central e do Norte: 4África: 3América do Sul
18

A preparação para o Mundial da Rússia foi parecida. O Brasil fez 47 jogos, sendo 30 diante de adversários sul-americanos (63%). Com Tite, foram 21 jogos e apenas sete contra seleções de outros continentes (o equivalente a 33%).

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Porém, nos cinco amistosos antes da Copa de 2018 a Seleção conseguiu enfrentar europeus: Inglaterra (0x0), Rússia (3×0), Alemanha (1×0), Croácia (2×0) e Áustria (3×0).

Já o caminho até a Copa de 2014 foi bem diferente, até pelo fato de a Seleção não ter que disputar as Eliminatórias. Com tempo livre para amistosos – e sem a concorrência da Liga das Nações, que ainda não existia – o Brasil disputou 56 jogos antes do Mundial, sendo 16 contra sul-americanos e 19 contra europeus.

A seleção brasileira volta a campo nesta quinta-feira, diante do Peru, no Engenhão, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa América.

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Por Bruno Cassucci — São Paulo

Globoesporte.globo.com

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