Saúde
“A situação é tão grave que o município tem dinheiro,e nós não conseguimos mais comprar medicamento”
Robert Rios diz que PMT tem dinheiro, mas falta insumos e agrava combate a Covid-19
O vice-prefeito de Teresina, Robert Rios (PSB), voltou a defender as medidas de isolamento social nesta quarta-feira (24) para conter o avanço do coronavírus na capital e alertou que o sistema de saúde está “quase estrangulado”. Ontem o governador Wellington Dias decretou toque de recolher na madrugada e lockdown parcial nos fins de semana no Estado.
Robert Rios destacou que, apesar dos estados e municípios terem recurso financeiro, não há mais insumos, como medicamentos utilizados no tratamento das complicações causadas pela Covid-19, disponíveis no mercado. O vice-prefeito também declarou que Teresina “não tem mais suporte do setor médico” e os leitos clínico e de UTI estão lotados.
“A situação é tão grave que o município tem dinheiro, o Estado tem dinheiro e nós não conseguimos mais comprar medicamento porque eles não tem mais para oferecer. Todo estoque de medicamento foi comprado por estados e municípios e não há mais medicamento disponível. Isso é um risco. Nunca se pensou em consumir tanto antibiótico, corticoide, como essa demanda gerada pela pandemia”, disse o vice-prefeito.
Robert avaliou o decreto do governador Wellington Dias como “brando” diante da situação crítica da Covid-19 no Piauí. O vice-prefeito disse que as intervenções foram mínimas e quer que a sociedade se auto fiscalize para que as medidas sejam cumpridas.
Robert Rios defende que o cenário epidemiológico de Teresina só vai melhorar quando população se conscientizar e parar de se aglomerar
“Como está quase tudo estrangulado é necessário que sociedade tenha uma autoeducação , autofiscalização e autoponderação do momento que estamos vivendo[…] Esperamos que a população de Teresina se autodiscipline. Não precisa ninguém chamar polícia, guarda municipal. É preciso a conscientização coletiva do povo”,defende.
O vice-prefeito defende que as forças policiais sejam empregadas para impedir realização de festas clandestinas. “Aquelas pessoas que acham que podem fazer balada em sítio, contaminação generalizada, isso é assunto de polícia. A polícia tem que chegar lá ,prender e atuar em flagrante”, disse.
Izabella Pimentel
izabella@cidadeverde.com