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A vitória do Palmeiras por 2 a 0 sobre o Santos, na Vila Belmiro, teve a cara do técnico Abel Ferreira.
Análise: Palmeiras joga com solidez, mostra variações e tem vitória com a “cara” de Abel
Verdão faz partida consciente contra o Santos e apresenta conceitos trabalhados pelo treinador
A vitória do Palmeiras por 2 a 0 sobre o Santos, no último domingo, na Vila Belmiro, teve a cara do técnico Abel Ferreira. Seja pela escalação, passando pelas variações e chegando até os gols. Tudo foi feito com o dedo do treinador.
Uma das respostas dele na entrevista coletiva, inclusive, deixa evidente a satisfação em como os jogadores têm assimilado seus comandos
– Nesta semana deu muito bem para os jogadores perceberem o jogo. A sensação que fico é que, cada vez mais, eles sabem jogar sem bola. Cada vez mais entendem o jogo. E, quando jogador começa a entender o jogo, onde estão os espaços, quando tem que atacar profundidade, quando tem que fazer o balanço… Minha função é ensinar aos jogadores o jogo, depois cada um ajuda a equipe de acordo com suas características – analisou.
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Rony e Abel Ferreira comemoram gol em clássico contra o Santos — Foto: Marcos Ribolli
O Palmeiras foi a campo novamente com o trio Raphael Veiga, Dudu e Gustavo Scarpa. Porém, eles não formaram um trio de meias, como muitos esperavam. Apenas Veiga atuou na função. Os outros dois foram pontas.
Jogando bem abertos, Dudu pela esquerda e Scarpa pela direita tiveram papel importante no setor ofensivo, mas ajudaram muito na parte defensiva, acompanhando os laterais do Santos. Assim, Abel anulou uma das principais forças do adversário, sobretudo com Madson, pela direita.
A equipe apresentou várias alternativas dentro de campo. Com ou sem a bola, o Palmeiras variou muito seu comportamento na partida. Tudo muito bem treinado. E tudo deu certo.
Com a bola, alternou entre a saída curta, atraindo a marcação do Santos, ou a ligação direta, a partir dos lançamentos de Weverton, sempre muito precisos. Foi assim que saiu o primeiro gol anulado de Rony, após a batida do goleiro e grande jogada de Dudu.
Os contra-ataques, outra grande marca de Abel, foram letais. No primeiro gol (que valeu), roubo no meio de campo, saída rápida, bela troca de passes e conclusão de Rony.
Dudu em Santos x Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
No segundo tempo, mais dois gols dessa maneira: transição rápida, passes verticais e velocidade do setor ofensivo. Em um deles, Rony cometeu erro infantil e ficou impedido em jogada fácil. No outro, golaço de Raphael Veiga.
O Palmeiras fez um jogo muito consciente e inteligente em Santos. Correu poucos riscos, soube se fechar quando preciso e explorou muito bem os espaços deixados pelo adversário. Quando teve a bola, deixou evidente a superioridade que tem sobre o rival neste momento.
Ganhar ou perder faz parte de qualquer jogo. Mas, após uma fase ruim, o Palmeiras dá a cada partida mostras de que é um time bem treinado, que sabe o que fazer e que consegue colocar em campo aquilo que é trabalhado.
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Com isso e cheio de confiança pelas cinco vitórias seguidas no Brasileirão, o cenário se torna cada dia mais animador pensando na final da Libertadores, dia 27, contra o Flamengo.
Por Fabricio Crepaldi — São Paulo