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Abel explicou que preferiu apostar em um time mais experiente em momento de dificuldade.
Abel apela aos veteranos, festeja volta da confiança com vitória e elogia torcida do Palmeiras
Assista à entrevista do treinador
O técnico Abel Ferreira se mostrou satisfeito com o desempenho do Palmeiras na vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, neste domingo, pelo Brasileirão.
O treinador exaltou a confiança que o resultado traz ao time, que estava há sete jogos sem vencer.
– Traz confiança. Sabemos que a pressão de ganhar no Palmeiras é diária, em treinos, jogos. Isso mostra a grandeza do nosso clube. A gente precisava muito desses três pontos por confiança – falou.
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Abel Ferreira em Palmeiras x Inter — Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Abel explicou que preferiu apostar em um time mais experiente em momento de dificuldade. E elogiou os veteranos.
– Não sou o melhor treinador do mundo, mas sonho ser. Não faço milagres, não tenho varinha mágica, mas os jogadores fazem a diferença. Quando estamos todos juntos, estamos mais fortes. Vou dar o exemplo do Liverpol. Klopp está há cinco anos no time e perdeu dois zagueiros principais. Teve problemas. Quando é preciso agarrar a equipe, foram os mais experientes: Weverton, Felipe Melo, Marcos Rocha, Luiz Adriano, Willian… Quando as coisas apertam, o sub-20 tem mais dificuldade. Eles ainda não tinham jogado com público. É mais difícil. Os mais jovens têm que aprender com os mais velhos. Os velhos assumiram a responsabilidade, parabéns a eles.
O treinador também elogiou a torcida do Palmeiras e citou a importância do apoio para o sucesso da equipe.
– Estou ansioso para ver esse estádio cheio, sei que meus jogadores não vão me ouvir. Essa torcida, mesmo quando está a perder, empurra o time. Se torcida e equipe formos um nas vitórias e derrotas… A torcida vai puxar os nosso jogadores, mesmo aqueles que não estão bem, porque quando não chega a técnica, chega a raça, a entrega. E se vocês ajudarem, tenho certeza de que somos muito mais fortes em casa – disse ele.
Confira outras respostas de Abel Ferreira na entrevista coletiva:
Atuação do time
– Fizemos uma alteração defensiva, não vou dizer qual, em relação àquilo que trazíamos de tempos. A gente tinha que fazer uma alteração de um detalhe, e tem funcionado muito bem. É inegável: quando os jogadores da seleção voltam, somos mais maduros, competitivos, mais sérios. Com bola, com a atmosfera, já tira um peso das costas.
Mudanças na equipe
– Para mim, futebol é vida, e estou com minha mulher há mais de 20 anos. É renovação, inovação, não fazer sempre as mesmas coisas. Essa é minha equipe, às vezes ganha, às vezes perde, às vezes se fala que o treinador está pressionado, outras vezes sou mágico, mas não sou. É minha forma de ser, estar e que gosto de ser assim na vida e no futebol. Não gosto de fazer sempre as mesmas coisas. Mas isso tem a ver comigo, Abel Ferreira. Hoje fizemos umas saída diferente, Felipe Melo recuado no meio dos dois centrais. Queremos melhorar, e tenho que ouvir as críticas quando a equipe não joga bem. Quando isso acontece, tenho que olhar para os jogadores dentro de campo. Temos que ir juntos. Esses jovens jogadores que temos, tudo aconteceu muito rápido com eles. Campeões olímpicos, Paulista, Libertadores, Copa do Brasil… Tem uma coisa importante na vida: equilíbrio e humildade. Quando se tem isso nas vitórias e derrotas, sabemos o que temos que fazer.
Queda do time com um a mais
– Muitas vezes, a tendência da equipe é o centroavante não defender, o meia não defende, os pontas não defendem, e nosso adversário começa com dez. Aí fica dez contra sete nossos. É nsso que nossos jogadores têm que se ligar. Temos ordem e disciplina. Somos equilibrados. Minhas equipes têm que saber defender, atacar, jogar, fazer gol de bola parada. Aquilo foi falta de foco na defesa para manter o comprometimento. Às vezes, o time que tem um a menos consegue vencer por causa desse comprometimento. Mas no modo geral a equipe se portou bem. A vitória foi para nos dar confiança, mas os problemas estão aí.
Críticas a Luiz Adriano
– Faço um desafio para os torcedores: quando quiserem criticar, critiquem o treinador. O que quiserem desabafar, desabafem em mim. Deixem os meus jogadores, apoiem, deem força… Quando o Luiz Adriano foi cortar uma bola no canto, todo o estádio deu força. Tenho certeza de que se todos fizerem isso, vamos ter o máximo do Luiz Adriano. O Luiz tem tido um bom comportamento quando joga ou não. Ele é um chama-títulos. Critiquem a mim, me xinguem, tenho as costas largas. Apoiem os jogadores. Se fizerem isso, nossos jogadores vão ser melhores.
Por Redação do ge — São Paulo