“ALEPI”, Franzé Silva X Fábio Novo pode terminar na Justiça

Silva e Novo tem preocupado petistas mais comedidos em Teresina.

A coluna já havia alertado, mas volta ao tema porque a proporção de problemas projetados na disputa entre Franzé Silva e Fábio Novo tem preocupado petistas mais comedidos em Teresina. É que no entendimento de Fábio Novo, só vota no diretório municipal do PT, os diretorianos que constam na ata da chapa da eleição vencida por Cícero Magalhães contra Gilberto Paixão. “Para o Fábio não pode ter mudança nos diretorianos e ele está jogando pesado para puxar o máximo de votos. Tem conseguido maioria”, revelou a fonte.

Nos vemos nos tribunais

“Outra corrente, que é a do Franzé, diz que entendimento é que os representantes das chapas podem mudar os membros do diretório. Se a pessoa não comunga mais comigo, que sou dirigente daquela corrente, eu posso mudar”, argumentou um petista, explicando o imbróglio no partido. Em resumo, a questão não caminha para um consenso e pode terminar não apenas em recurso dentro do PT, mas deve parar até na Justiça comum. No registro, Fábio Novo comemorando a adesão de dois diretorianos: Luís Daniel e o Hedson Batista.

Esfinge

Aliados também notaram que o próprio governador Rafael Fonteles deu uma maneirada pública na atuação contundente em relação à disputa do PT. Atentos, aguardam para saber qual será o próximo sinal emitido pelo governador, maior liderança do PT no estado.

Nó de porco

Estão falando muito do diretório, mas são as pesquisas que vão amarrar a decisão do candidato do PT. Serão realizadas três: uma do Karnak, uma do PT municipal e uma do PT estadual. Quanti e qualitativa. As perguntas, por sinal, tiveram importante contribuição de sugestões do experiente ministro Wellington Dias, confidenciou um petista à coluna.

Climão com vereadores em inauguração de maternidade

A coluna é fã dos detalhes, prefere olhar para onde ninguém está dando muita bola. Sendo assim, é claro que a inauguração da nova Maternidade Dona Evangelina Rosa, considerada a maior maternidade pública do Brasil, não poderia passar sem algumas movimentações políticas no mínimo, curiosas. O evento lotou de políticos. Lotou tanto que um grupo de dez vereadores da capital decidiu ir embora do local, chateados, conforme relatou um dos presentes à coluna no final da manhã de sexta-feira, 28. 

Destratados

“Colocaram a gente no fundão, é sempre assim”, desabafou o parlamentar, em reserva. A coluna achou a reação um pouco exagerada, e questionou a fonte, que se explicou a respeito do climão, dando os motivos e o contexto: “É que não é a primeira vez que isso acontece. Toda vez a gente (vereadores) é humilhado e colocam a gente nos piores lugares. É como os eventos de Hollywood e nós somos os figurantes. Será se os vereadores de Teresina não mereciam mais respeito?”, perguntou o vereador. Ihhh…

Dando o crédito

Falando em maternidade, a oposição não deixou de marcar posição a respeito dos recursos para a realização da obra. O deputado federal Júlio Arcoverde, o vereador Aluísio Sampaio, do Progressistas e, claro, o senador Ciro Nogueira, divulgaram vídeos exaltando a destinação de emendas da bancada, em especial da ex-deputada federal Iracema Portella, com articulação de Ciro na liberação do montante. “O hospital é fruto de um esforço coletivo em prol da saúde e bem-estar da população”, disse Ciro. Em tempo: a coluna procurou, mas não encontrou menções do ex-prefeito Sílvio Mendes e da deputada Bárbara do Firmino.  

PT aceita Everardo e barra Baltazar

E não é que a Executiva estadual do PT decidiu rever a filiação de dois prefeitos barrados no final de junho? Baltazar Campos, de Palmeirais (eleito pelo PTB), continuou barrado no PT, mas Everardo Lima (eleito no MDB), de Curralinhos, teve sua filiação aprovada na reunião que ocorreu esta semana. Ambos os prefeitos são ligados ao deputado federal Flávio Nogueira (PT).

Gesto de carinho

“Houve um entendimento com o PT local… e a Executiva fez um agrado ao governador (Rafael Fonteles)”, admitiu um membro da Executiva do PT à coluna. É fato que quanto mais prefeitos são filiados a um partido, mais essa legenda tem força estadual. Ganhar força numa eleição municipal, é a semente (não é garantia, mas ajuda) de uma vitória estadual. Dessa forma, o PT primeiro mordeu, depois assoprou. Um pouco de drama com uma dose de pragmatismo.

Foto do dia

Chegou a fase dos grandes eventos de pré-campanha – o que costumava ocorrer a partir de janeiro do ano do pleito, foi antecipado para seis meses antes. Quem deu a largada foi o deputado Franzé Silva, com 1.500 amigos apoiadores entre lideranças políticas e comunitárias, sindicatos, associações de moradores e movimentos sociais na zona Norte de Teresina. O principal partido ao lado de Franzé foi o Solidariedade, com o deputado Evaldo Gomes, Gessy Fonseca e Erlan Bastos.

Para ler, ver e ouvir

Nem Barbie nem Oppenheimer. A coluna prefere que o leitor desligue-se um pouquinho dos meios eletrônicos e abra um livro, não custa nada, vai… A indicação é da autora brasileira Carla Madeira, que virou um fenômeno editorial, não sem razão. Para começar pela obra de Carla, a coluna indica “Tudo é Rio” (editora Record), que conta a história da prostituta Lucy e do casal Dalva e Venâncio, cuja vida é marcada por uma tragédia já nas primeiras páginas. Mais, não é possível revelar sob risco de estragar totalmente a surpresa que a leitura revela. A coluna precisa alertar que o leitor que iniciar a apreciação da obra não vai conseguir fazer mais nada, além de concluir a leitura. Reserve tempo.

A frase para pensar

“Puxe bem o saco escolhido, mas puxe um só, não puxe saco a varejo”, Augusto Frederico Schimidt (1906-1965), poeta, em receita para o sucesso na administração pública, em frase a ele atribuída por Autran Dourado.

Sávia Barreto

Cidadeverde.com