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Internacional

André Luiz Azevedo Dos Santos (à esquerda) no Ministério das Relações Exteriores do Congo

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Caso Moïse: embaixador brasileiro no Congo diz a autoridades do país que a morte ‘está sendo usada para provocar reação’

André Luiz Azevedo Dos Santos visitou o Ministério das Relações Exteriores do país africano e deu declarações reproduzidas pela mídia local

RIO – A morte brutal de Moïse Mugenyi Kabagambe, linchado por pelo menos três homens — todos presos — em um quiosque na Barra da Tijuca, também repercute na República Democrática do Congo, país natal do jovem de 24 anos. Na última quinta-feira, André Luiz Azevedo Dos Santos, embaixador brasileiro na nação africana, visitou o Ministério das Relações Exteriores congolês e se reuniu com autoridades do país. Após o encontro, declarações de Azevedo dos Santos sobre o caso foram reproduzidas na imprensa local:

Embaixador congolês:  ‘O estado brasileiro era responsável pela proteção de Moïse’

— Infelizmente, nós temos no Brasil uma situação de violência muito grave. Eu penso que essa tragédia é utilizada um pouco para provocar uma reação da sociedade brasileira, uma reação mais forte contra a violência — afirmou o embaixador, em francês, um dos idiomas oficiais do Congo.

A reportagem do portal “Politico.CD” — que anuncia a cobertura das “atualidades da República Democrática do Congo em tempo real” — sobre a visita de Azevedo dos Santos aos ministério destaca vários pontos do caso. “A família do jovem disse que o espancamento ocorreu depois que Moïse Kabagembe insistiu de seu empregador receber um pagamento atrasado, tendo trabalhado dois dias no bar, na cidade litorânea do Rio de Janeiro”, explica o texto.

Vivi para contar:  ‘Mataram meu filho aqui como matam em meu país’

Mais à frente, a matéria frisa que o congolês foi morto no “bairro nobre da Barra da Tijuca” e que os agressores utilizaram até mesmo um taco de beisebol, além do fato de que ele teve pés e mãos amarrados. “Um deles sentou-se sobre a cabeça da vítima por vários minutos e, ao perceber que ela não estava mais lutando, moveu-se para tentar ressuscitá-lo em vão”, avança o site de notícias.

Sofrimento. Lotsove Lolo Lavy Ivone, comerciante congolesa, no Rio desde 2014, abraça o retrato do filho, que foi assassinado na Praia da Barra depois de escapar da guerra em sua terra natal Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
Sofrimento. Lotsove Lolo Lavy Ivone, comerciante congolesa, no Rio desde 2014, abraça o retrato do filho, que foi assassinado na Praia da Barra depois de escapar da guerra em sua terra natal Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

Luã Marinatto

OGlobo.globo.com

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