Saúde
Anvisa é alvo de pressão de governadores pela reprovação da vacina Sputnik V
Antonio Barra Torres deve ser cobrado pelas ações da agência na aprovação de vacinas e de medicamentos contra a covid-19
Diretor da Anvisa será ouvido hoje na CPI da Covid no Senado
O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres será ouvido nesta terça-feira (11), a partir das 10h, na CPI da Covid, que investiga possíveis omissões do governo Bolsonaro e desvio de verbas de estados e municípios no enfrentamento à pandemia de covid-19. Ele deveria ter falado na semana passada, na quinta, mas teve depoimento adiado depois do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ter se prolongado em sua oitiva.
Barra Torres deve ser questionado em relação à aprovação das vacinas, que é responsabilidade da Anvisa, o que fez a agência ser alvo de ações no STF (Supremo Tribunal Federal) e pressão de governadores pela reprovação da vacina da Sputnik V, da Rússia. A Anvisa também tem o dever de avaliar a segurança e eficácia de possíveis medicamentos contra a covid-19, o que também pode ser lembrado pelos senadores.
A questão das vacinas foi tema central dos requerimentos dos senadores para a convocação do militar. O primeiro deles, do senador Angelo Coronel (PSD-BA), relembra o fato de a Anvisa ter negado autorização à vacina Sputnik V.
Os outros três requerimentos foram apresentados pelos senadores Eduardo Girão (Podemos-CE), Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia, e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI.
Na quarta-feira (12), o ex-secretário especial de Comunicação do governo, Fábio Wajngarten, prestará esclarecimentos aos senadores. Ele foi convocado depois de afirmar em entrevista à revista Veja que a gestão do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi incompetente na negociação de vacinas da Pfizer, oferecidas ao governo desde o ano passado.
O Senado ainda não confirmou oficialmente o depoimento da quinta-feira (13), mas a data deve ser destinada a dois representantes da Pfizer no Brasil – a atual presidente, Marta Diéz, e seu antecessor, Carlos Murillo – para esclarecer o processo de negociação das doses da vacina.
(Com informações da Agência Senado)
BRASIL | Gabriel Croquer, do R7