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Apesar da péssima campanha do Grêmio, ainda há chances de não ser rebaixado

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Grêmio está flertando com a Série B

Sucessivas trocas na linha de trabalho influenciaram sistematicamente a queda de rendimento do Tricolor Gaúcho

Apesar da péssima campanha que o Grêmio vem apresentando no Brasileirão de 2021, ainda há chances de não ser rebaixado, mesmo estando na vice lanterna do campeonato. As sucessivas trocas de comando técnico contribuíram para que o time gaúcho tivesse baixo rendimento. Com Vagner Mancini, até, apresenta possíveis sinais de reação, mas que ainda não foram suficientes para se transformar em resultados positivos.

Faltando nove jogos para serem disputados, ainda há chances matemáticas para atingir os pontos necessários para permanecer na série A, mas terá que melhorar sensivelmente seu rendimento. Além disso, tem que torcer para que os adversários diretos, Santos, Sport e Juventude não engatem sequência positiva de resultados.

A situação atual do Grêmio, me lembra o Fluminense em 2009, com Cuca. A campanha do Tricolor Carioca era estimada com 99% de probabilidade de rebaixamento, mas o time de guerreiros obteve sequência espetacular de resultados, conseguindo se safar da temida série B e entrando para a história do campeonato na era de pontos corridos.

Atualmente, o elenco do Grêmio tem mais peças de qualidade do que aquele Fluminense que era dependente das atuações de Fred e de Conca. Aliás, o Grêmio tem elenco capaz de colocar o time em posições bem mais elevadas, pois continua com o mesmo grupo que no início do campeonato foi cotado como um dos prováveis favoritos ao título.

Ainda recebeu como reforço, o atacante Douglas Costa, que tem experiência internacional, jogando por anos no Bayern de Munique, da Alemanha. Mas, inexplicavelmente, não está conseguindo apresentar rendimento à altura de seu currículo respeitável.

Mancini, que estava fazendo boa campanha no América-MG, foi chamado para tentar minimizar a situação gremista. Mas, seu início de trabalho está sendo o pior entre os outros quatro comandantes que passaram pelo Grêmio nessa temporada.

Justamente agora que o Campeonato está na reta final e vitórias são de suma importância, o Grêmio com Mancini só conseguiu uma vitória, contra o Juventude. Nos outros quatro jogos foram só derrotas, inclusive o Gre-Nal, que acabou com cenas não agradáveis, que estão se tornando rotineiras na campanha gremista.

No Gre-Nal o tricolor Gaúcho deixou o nervosismo da rivalidade tomar conta da equipe e não se apresentou equilibrado como foi em rodadas anteriores. Mais organizado, conseguiu fazer frente ao líder Atlético-MG e ao vice-líder Palmeiras. Nessas duas partidas, o Grêmio teve postura agressiva no início, mas não conseguiu manter o bom desempenho e acabou sucumbindo.

Acredito, que as sucessivas trocas de comando técnico foram determinantes para essa queda de rendimento, pois as linhas de trabalho de cada treinador eram absolutamente opostas. O time de Renato Gaúcho jogava de forma propositiva, com Tiago Nunes a ideia era manter a mesma forma de jogar, mas o trabalho foi interrompido após sequência de resultados negativos.

Para obter o controle do vestiário, Felipão foi contratado, porém como o time gremista não estava preparado para jogar de forma radicalmente conservadora, também não vieram resultados positivos. O que aconteceu foi uma ruptura drástica no DNA do time. Mancini foi contratado para tentar ser o equilíbrio entre o conservadorismo e a modernidade.

Com a meta de estabilizar o time do Grêmio taticamente, Mancini busca fortalecer a defesa e tornar o time objetivo no setor ofensivo, com o uso de troca de passes rápidos. Mas, com o péssimo cenário estabelecido, essa mínima organização não está sendo eficaz.

Talvez, se Mancini tivesse chegado antes, teria tempo hábil para reverter a situação, até com certa tranquilidade. Mas, infelizmente, o Grêmio parece estar seguindo, rigorosamente, todos os processos da cartilha de como ser rebaixado.

Por Marco Condez / Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Ge.globo.com

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