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Bia Zaneratto comemora o gol anotado contra o Panamá

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Pia comemora atuação do Brasil e faz pedido: “Mantenham a alegria”

Treinadora da seleção brasileira elogia desempenho coletivo na goleada por 4 a 0 sobre o Panamá

Acima da goleada por 4 a 0 sobre o Panamá na estreia da Copa do Mundo Feminina, o desempenho apresentado pelo Brasil nesta segunda-feira deixou a técnica Pia Sundhage satisfeita. A comandante tem um pedido para as atletas, pensando a médio prazo na disputa para o Mundial: sustentem os sorrisos apresentados na fria noite de Adelaide.

RePia pede para Brasil manter a alegria durante a Copa: “É contagiante”

– Estou muito satisfeita com tudo o que fizemos até agora. Nos preparamos muito bem, e como já disse, não sabia como as jogadoras mais jovens jogariam hoje. Convivendo e conversando no pré-jogo com elas nos vestiários e durante as refeições, sei que é uma equipe feliz, isso é um bom começo – afirmou a treinadora.

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– Se a gente mantiver essa alegria, que é contagiosa, será muito importante. Quando não joga bem, como lidar? Não temos essa situação, todas jogaram bem e isso vai passar para o próximo jogo. Se continuar se esforçando, tentando, vamos ficar satisfeitas, vai dar alegria para o próximo jogo e ser levado para a próxima partida – disse.

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Pia Sundhage, em conversa com a seleção feminina do Brasil após a goleada sobre Panamá — Foto: Elsa/FIFA via Getty Images)

Pia Sundhage, em conversa com a seleção feminina do Brasil após a goleada sobre Panamá — Foto: Elsa/FIFA via Getty Images)

Pia aprovou o nível de concentração apresentado pela seleção brasileira e o ritmo apresentado durante os 90 minutos, período no qual o Panamá só finalizou duas vezes ao gol brasileiro.

– Difícil fazer gols. fizemos quatro hoje. Estou muito feliz, muito feliz. Contando que criamos chance de gol, não fico preocupada. Da forma que jogamos hoje, fico bem satisfeita com as combinações e que o Panamá não fez gols – analisou a treinadora.

– Não sabia exatamente o que esperar, porque algumas jogadoras jovens e inexperientes nunca tinham participado de Copa do Mundo. Estou orgulhosa da forma como jogaram, é importante olhar para esse jogo e ficar tranquila. Amanhã é outro dia – declarou Pia.

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A análise sóbria da treinadora direciona a seleção brasileira para o próximo compromisso, o grande desafio da etapa de grupos.

Para se consolidar na liderança da chave F e encaminhar a vaga, o Brasil enfrenta a França, a partir das 7h (de Brasília), em Brisbane.

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Confira mais respostas de Pia Sundhage:

Escolha por Lauren
– A razão pela qual é que depois do treinamento, precisamos das três se formos ganhar os jogos. A Lauren teve um desempenho ótimo, foi uma das melhores. Foi fácil escolher a Lauren.

Atuação tática do Brasil
– Penso que é muito importante hoje em dia fazer o dever de casa, e nós assistimos a muitos jogos do Panamá. Se você quiser ajudar as jogadoras, mostrando a diferença de jogar contra o Panamá, França e Jamaica, você precisa fazer isso.

– Fico feliz que tenham abraçado essa forma de jogar. A Ary fez três gols e se envolveu em um quarto, ela tem uma cobertura de campo que ajuda muito esse time, fora que é uma pessoa alegre, é uma alegria contagiosa.

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Termos usados e comportamento tático
– Esses termos tenho mencionado há quatro anos. Compactação, vigilância, quando se trata de defesa. Acho que elas mostram que respeitaram muito o Panamá. Jogamos bem defensivamente, a Rafa foi muito bem. Falamos muito sobre posição.

– Quando se fala de ataque, elas têm muitas soluções, o terceiro gol foi lindo, é um gol típico do Brasil, com muita emoção envolvida, uma coisa imprevisível, com técnica linda. Chega uma hora que você consegue executar se você repete.

– Como disse, esse é o primeiro jogo, você vê um pouquinho do “jeitinho brasileiro”. Agora a França é uma adversária totalmente diferente, mas mostramos como queremos jogar. As jogadoras e eu ganhamos confiança.

Bia Zaneratto
– Penso que há detalhes que são decisivos. Esse é um time muito competitivo. Temos muitas jogadoras excelentes, e elas se saíram muito bem. Bia jogou muito e fez gol, Geyse entrou bem. Precisamos dessa qualidade, precisamos das supersubs. Juntas, olhando para o banco, vejo que estão positivas, embora você não jogue sequer um minuto. A Ary sentiu esse apoio, não é ação de uma pessoa, é de uma equipe.

Bia Zaneratto comemora o gol anotado contra o Panamá — Foto: Chris Hyde/Fifa via Getty Images

Bia Zaneratto comemora o gol anotado contra o Panamá — Foto: Chris Hyde/Fifa via Getty Images

Utilização de Marta
– Independente do nome, esperamos coisas do ponto de vista tático, e trazer a Marta é porque ela estava há muito tempo sem jogar e queremos prepará-la para os próximos jogos, por isso demos alguns minutos hoje.

Lance do terceiro gol e lance de Gabi Nunes
– Honestamente, elas sabem fazer isso, elas são brasileiras e têm muitas ideias. Há situações que esperava um chute e elas não chutaram. Elas são imprevisíveis. As jogadoras do Brasil, quando mais se aproximam do gol, não ensino nada. Quando estão mais atrás, espero algumas coisas. As combinações de ataque podem resultar em muito sucesso.

Nervosismo?
– Penso que em todos os jogos que fui treinadora, principalmente em competições, fico nervosa. Se tem uma coisa que me deixa nervosa é quando elas não tentam, quando não estão correndo, deixam a bola passar e ficam paradas. O primeiro erro que pode cometer é não tentar. Cometer um erro, tudo bem.

– Claro que em 0 a 0 acontece o nervosismo. Quando faz o gol é diferente, dá diferença em termos táticos, emocional, confiança para o time. Quando estava sólida a Rafa no seu jogo, jogadoras se esforçando…todas fizeram um bom jogo. Saiu o primeiro gol quando estávamos bem, o segundo, elas começaram a criar muitas chances. Fico muito nervosa quando elas ficam paradas.

Por Allan Caldas — Adelaide, Austrália

Ge.globo.com

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