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Bolsonaro diz que União não aguenta prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600

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Diagnosticado com Covid-19, presidente afirma que só idosos devem se proteger e volta a pressionar prefeitos e governadores

Bolsonaro diz que governo não tem como manter auxílio emergencial por muito tempo e pede reabertura do comércio

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que o governo federal não tem condições financeiras de prorrogar por muito tempo o auxílio emergencial de R$ 600 pagos a trabalhadores informais afetados financeiramente pela pandemia.

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Diagnosticado com Covid-19, o presidente mais uma vez minimizou os riscos do coronavírus e conclamou governadores e prefeitos a reabrirem o comércio “o mais rápido possível” para evitar o agravamento da economia do país.

Ele afirmou que o auxílio emergencial tem um custo muito alto para o governo. As declarações foram dadas na transmissão que ele promove semanalmente na internet.

— Do vírus, quem tem que se proteger é o idoso. Meu caso, tenho 65 anos, e pessoas com comorbidades. Os demais têm que tomar cuidado, mas, se contrair o vírus, não precisa entrar em pânico. A preocupação com o emprego existe, é grande. Se coloque no lugar do chefe de família que ganhava R$ 2 mil e perdeu o emprego. E tem 40 milhões de informais no Brasil. Esses, em média, perderam 80% do seu poder aquisitivo.

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E continuou:

— O governo criou o auxilio emergencial de R$ 600. Mas o governo não tem como manter esse auxilio por muito tempo. Por mês custa R$ 50 bilhões. Não podemos nos endividar tanto assim. Espero que os senhores governadores e prefeitos comecem a abrir o comercio o mais rápido possível, caso contrário os problemas vão se agravar e muito no Brasil.

O presidente também afirmou que a economia começou a dar sinais de recuperação. Ele citou os 100 mil pontos atingidos pela Bolsa de Valores nesta quinta-feira e também a taxa de juros de 2,5%, menor patamar histórico. No entanto, a retomada dependeria da reabertura do comércio.

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— Há sinais na economia, mas precisamos que governadores e prefeitos, dentro das responsabilidade que eles têm, comecem a abrir comércio. Caso contrário, as consequências serão danosas para todo o Brasil — declarou.

Carolina Brígido / Oglobo.globo.com

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