Esporte
Bruno Henrique recebe os cumprimentos de Renato depois do gol do Flamengo
Renato Gaúcho elogia o Barcelona e exalta vitória do Flamengo: “É uma vantagem muito grande”
Treinador elogia postura do adversário no Maracanã e minimiza fato de equipe não conseguir ampliar vantagem no segundo tempo mesmo com um jogador a mais: “Eles souberam sofrer”
Venceu, abriu vantagem e colocou um pé na final de Montevidéu. Em dia de grande público no Maracanã, o Flamengo esteve longe de dar espetáculo, mas o 2 a 0 sobre o Barcelona pela semifinal da Libertadores deu uma boa vantagem para a partida de volta, em Guayaquil, daqui a uma semana. Renato foi questionado sobre a atuação da equipe e valorizou o resultado.
Bruno Henrique recebe os cumprimentos de Renato depois do gol do Flamengo — Foto: Staff Images / CONMEBOL
Mesmo com um a mais durante todo o segundo tempo, o Flamengo não conseguiu ampliar a vantagem. As mudanças do treinador não surtiram efeito. O foco, por sua vez, esteve no resultado construído com dois gols de Bruno Henrique:
– O Diego (Alves) teve uma grande atuação. Dei os parabéns a ele e ao grupo no vestiário. O Barcelona não chegou aqui como convidado, chegou por méritos e eliminando grandes equipes. Sabíamos que seria um jogo pegado e aberto. Conseguimos fazer os dois gols. Mesmo com um homem a menos, eles souberam sofrer no segundo tempo. Tivemos chances e não fizemos. Mas está de bom tamanho.
“O 2 a 0 é uma vantagem muito grande para a segunda partida. Até porque, existe gol qualificado na Libertadores”
Com a vantagem de poder perder por até um gol de diferença, o Flamengo encara o Barcelona por uma vaga na final da Libertadores na próxima quarta-feira, no Estádio Monumental de Guayaquil, às 21h30 (de Brasília). Antes, porém, tem pela frente o confronto com o América-MG, domingo, às 11h, no Independência, pela 21ª rodada do Brasileirão.
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Apoio a Isla
– Ele tem todo apoio do presidente, da diretoria, da comissão, dos jogadores, e pode ter certeza de quase toda a torcida do Flamengo. As redes sociais são um problema. Você recebe uma crítica e nem sabe de onde vem. A melhor resposta foi do torcedor que está de parabéns no Maracanã. Ele é um jogador que se entrega, é querido pelo grupo e vem nos ajudando. A melhor resposta foi a manifestação por parte do torcedor.
Andreas como meia
– Não gosto de improvisar, sempre falo isso. Uma coisa é você improvisar tendo jogadores da posição, outra é não tendo. O Arrascaeta está entrega ao DM. O Vitinho vinha bem até, mas estávamos perdendo o meio. Colocamos o Andreas de um lado, o Thiago de outro e seguramos o Arão. O Andreas de vez em quando será colocado na meia. Não só ele. Coloquei o Gabriel pelo lado direito, o jogador tem esse direito. Vitinho começou a partida, não tínhamos outro meia. São jogadores com características que sabem jogar em mais de uma posição.
Por que tirar Andreas?
Trouxe o Everton para dentro, abri os volantes e tínhamos um homem a mais. Coloquei Michael, Pedro e Gabriel em cima da defesa do Barcelona para fazermos o terceiro gol. Quando você tem um homem a mais, precisa tirar proveito disso. Foi o que eu tentei fazer.
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Críticas após derrota para o Grêmio
– As críticas são válidas como os elogios. Sou treinador, estou há muito tempo nesta profissão, e costumo falar que o homem lá de cima não agradou a todos. Não é o Renato que vai conseguir. Tento fazer sempre o que é certo. Se cada partida que um jogador não corresponder eu tirar, vou precisar de 300 jogadores. Faz parte, nem todos vão jogar bem todos os jogos.
Disputa por posição
– Estamos em três competições, tem espaço para todo mundo. Independentemente da competição, o importante é o jogador estar preparado. Por isso, o presidente criou um grupo grande e preparado. Procuro rodar bastante o grupo.
Organização ofensiva
– Coloquei o Vitinho, depois o Andreas e por fim o Ribeiro. O time é acostumado com o Arrascaeta, que é um jogador acima da média. O Vitinho até fez uma boa partida, errou alguns lances, mas teve participação em lances importantes. Ele não é jogador daquela posição. Assim como o Andreas quando adiantei para uma posição que faz tempo que ele não jogava. Não adianta achar que quem entrar na posição do Arrascaeta vai ter as mesmas condições. Por isso, ele faz falta.
Riscos do Barcelona
– É um time bem treinado e que tem bastante força. Não chegou por convite em semifinal da Libertadores, chegou por mérito. Eles abriram para buscar o gol, tiveram oportunidades, e o Diego teve uma grande atuação. Lá é outro jogo, eles vão deixar espaço. A vantagem é grande de dois gols, tem gol qualificado. O Barcelona não chegou por acaso, é só olhar quem estava na chave deles e quem eles eliminaram.
Por Redação do Ge — Rio de Janeiro