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Candidato na disputa do Quinto Constitucional para a vaga de desembargador do TRT da 22° Região, Cinéas Nogueira fala das suas aspirações e trajetória profissional
Inspirar respeito e confiança em todos os jurisdicionados, advogados e servidores;
01 – (Repórter Edvaldo Saraiva PortalSN) – Fale um pouco quem é Advogado(a)
Sou Cinéas Nogueira, advogado essencialmente trabalhista há 24 anos. Filho da auditora fiscal do Trabalho aposentada, Lina Josefina, e do advogado, Edmilson. Esposo da Jorgianne, pai do Luís Felipe, minha criança de 19 anos que está no Espectro Autista, e Letícia, meu milagre de 6 anos. A advocacia me escolheu no dia a dia da minha família cercada pelos enormes livros de Direito e pelo empenho do meu pai em garantir o melhor resultado para as partes. Mas o Direito do Trabalho me invadiu pelo cordão umbilical com a intensa dedicação da minha mãe em servir e em cumprir com os Direitos Trabalhistas. Assim, eu fui a Fortaleza me graduar em Direito pela Unifor e voltei a Teresina para construir minha vida profissional pautada sempre na ideia de que nós, advogados, somos o elo da sociedade com o Judiciário e com a garantia da Democracia.
02 – (Repórter Edvaldo Saraiva PortalSN) – Por que você decidiu se candidatar a vaga de desembargador TRT
Essa aspiração surgiu muito cedo em minha trajetória profissional e, com o tempo, fui me lapidando e me preparando.
Recebi dos meus pais, que foram servidores públicos, uma grande lição de vida: – “nesta vida estamos todos de passagem, mas não estamos aqui a passeio.”
Desde muito cedo, tive consciência de que temos um dever de contribuição (seja com o próximo, seja com nossos clientes, seja com nossa família ou amigos, etc.) e um dos nossos maiores propósitos é deixar um legado positivo.
Ser advogado trabalhista há 24 anos e professor universitário há mais de 22 anos me proporcionou assumir este propósito de bem servir.
De início, “o servir” era direcionado para resolver contendas jurídicas, somente. Com o tempo e com a maturidade, os horizontes se ampliaram. Assumi o papel de me importar mais com as pessoas envolvidas no conflito, sempre com o desejo de solucionar mais que a contenda em si e ser algo maior do que “satisfatório”.
Despertei para um novo olhar a respeito da resolução de conflitos. Fiz Mestrado em Direito e Gestão de Conflitos, na UNIFOR, tendo a oportunidade de testar minhas ideias numa das Varas do Trabalho de Teresina que culminou em acréscimo de 15% de conciliações. Desde o mestrado posso dizer que minha maneira de entender as pessoas (e a mim mesmo) mudou para um formato mais integrativo e sistêmico.
O mundo é feito pelas pessoas que nele habitam e, nesse sentido, toda sociedade é reflexo do nosso próprio ser coletivo. Entender as pessoas, suas necessidades, suas angústias, seus valores e histórias é a chave mestra para resolução de dilemas, conflitos e aflições sociais.
A técnica jurídica, aplicada com o equilíbrio da lei, deve vir acompanhada da humanização das condutas no Judiciário, afinal os meios judiciais têm por fim o bem servir à sociedade, portanto, às pessoas.
03 – (Repórter Edvaldo Saraiva PortalSN) – Você pode me contar sobre sua experiência profissional?
Minha primeira experiência foi na Defensoria Pública do Estado do Ceará ainda como estudante de Direito. E apesar de não ter seguido os rumos da vida pública, foi lá que eu dedico qual caminho trilhar dentro do Direito e escolhi o Direito do Trabalho por sua importância na estrutura social. Logo após concluir o curso, retornei a Teresina e iniciei minha carreira como advogado trabalhista. Lembro-me que um dos meus primeiros casos foi um dissídio coletivo de uma empresa de telefonia que estava em processo de privatização. Ao mesmo tempo, tive a primeira oportunidade como professor do ensino superior no recém-implantado curso de Direito da UESPI e não saí mais da sala de aula desde então. Falar do Cinéas advogado é falar do professor, que leva seus causos para a sala de aula e aplica a teoria em seus causos. Em 2016, eu conheci a Mediação de Conflitos no Mestrado em Direito e Gestão de Conflitos, que transformou a ótica da minha atuação profissional e que tornou ainda mais viva a vontade de fazer mais e de me colocar a serviço de mais pessoas.
04 – (Repórter Edvaldo Saraiva PortalSN) – Quais habilidades você acha que são necessárias para a vaga?
Escuta Ativa;
Inspirar respeito e confiança em todos os jurisdicionados, advogados e servidores;
Emocionalmente Equilibrado
Independência Intelectual
Preocupado com a rápida resposta aos os jurisdicionados
05 – (Repórter Edvaldo Saraiva PortalSN) – Dê um exemplo de um desafio se eleito for para quinto constitucional TRT, e como você lidará com isso?
Creio que os principais desafios são:
Democratizar ainda mais o acesso à Justiça do Trabalho
Criar ambiente propício ao diálogo para os atores sociais
Modernização tecnológica do sistema de Justiça
Implementação de ferramentas de inteligência artificial
Ampliação do uso dos meios consensuais de solução de conflitos para melhorar o acesso da população aos direitos e garantias fundamentais.
E as minhas proposições para enfrentá-los passam exatamente pelas bandeiras que tenho levantado durante toda a campanha:
==> Reuniões Quadrimestrais (DNA de Advogado)
==> Atendimento no Contraturno (especialmente ao advogado que está ou milita fora da capital)
==> Mediação em 2º Grau (diretamente com o Desembargador)
06 – (Repórter Edvaldo Saraiva PortalSN) – Quais são as expectativas para a vaga?
Expectativas Positivas,
Seguir sendo acolhedor, aprimorando a comunicação e o engajamento desse desejo coletivo.
07 – (Repórter Edvaldo Saraiva PortalSN) – Quais qualidades são necessárias para o sucesso neste novo desafio?
Técnica, conhecimento, sensibilidade, experiência, humanidade e vontade de transformar.
08 – (Repórter Edvaldo Saraiva PortalSN) – Projeto futuro do Advogado(a) para preenchimento da vaga de desembargador do TRT do Piauí pelo 5º Constitucional.
Tenho três metas bem definidas. A primeira é a consolidação e ampliação da mediação de conflitos em 2º grau de jurisdição. Isso representa, a um só tempo, maior celeridade e assertividade para o Judiciário. Além disso, a advocacia e os jurisdicionados vão se sentir parte da estrutura que resolve o conflito. Ou seja, trará uma sensação de pertencimento.
A segunda meta representa um ciclo virtuoso de melhoria do sistema judicial trabalhista local. Acredito que a mudança de profissão, de advogado para magistrado, pode trazer um distanciamento das urgências e necessidades que vivencio hoje. Não posso me dar ao direito de esvaziamento de mim mesmo. Minha essência é escutar ativamente os dilemas e propor respostas adequadas. Mas como julgar bem para todos que habitam no Estado do Piauí se não conheço a realidade dos recantos mais afastados da capital? Por isso, minha segunda meta é promover reuniões setoriais quadrimestralmente com todos os atores sociais da sociedade civil, da academia, da advocacia, do empresariado, das classes organizadas, dos entes públicos, etc. na busca do aprimoramento da Justiça do Trabalho no Piauí. Assim, podemos levar as boas práticas a todas as Varas do Trabalho do Estado e buscar construir uma Justiça do Trabalho mais eficiente. É um processo de maturação continuada, por assim dizer.
A terceira meta representa muito para a advocacia, faz parte do meu DNA. Entendo que o membro do Judiciário pode ser mais ativo no atendimento aos advogados e advogadas. Geralmente, os colegas que estão fora da capital, ou tem seu núcleo de atividade profissional em cidades mais distantes, têm dificuldades de deslocamento para a capital, para ter seu momento perante o Desembargador. Nosso Judiciário Trabalhista, geralmente, atende no turno da manhã e início da tarde. Minha terceira meta implementa um atendimento preferencial no turno da tarde à advocacia que geograficamente se encontra mais longe da sede do tribunal. Este atendimento pode ser por qualquer meio tecnológico, inclusive telefônico, ou mesmo atendimento presencial, se necessário. Como advogado, me habituei a dar atendimento por qualquer meio aos meus clientes, portanto, na qualidade de Desembargador continuarei no mesmo agir, desta feita, com a advocacia, em especial àquela mais distante da capital.Atenciosamente,
Quinto Constitucional: Conselho Pleno da OAB Piauí define lista sêxtupla para vaga de desembargador(a) do TRT-PI
CONFIRA A VOTAÇÃO DOS CANDIDATOS
Tácia Nunes – 31 votos
Heloisa Hommerding – 30 votos
Cinéas Nogueira – 26 votos
Vicente Resende – 25 votos
Téssio Tôrres – 25 votos
Olivia Brandão – 21 votos
Por Edvaldo SARAIVA
PortalSN