Esporte
Cara nova na seleção brasileira para a rodada tripla de setembro das Eliminatórias da Copa do Mundo
Novato, Lucas Veríssimo quer ganhar espaço e “absorver tudo de bom” da seleção brasileira
Zagueiro do Benfica sonha com a Copa do Catar e quer aprender com Tite e companheiros
Cara nova na seleção brasileira para a rodada tripla de setembro das Eliminatórias da Copa do Mundo, o zagueiro Lucas Veríssimo quer aproveitar a chance com Tite não apenas para ganhar espaço na disputa por uma vaga no Mundial de 2022 no Catar, mas também para aprender com o técnico e os companheiros.
O jogador do Benfica, que está com 26 anos, deve ser reserva de Éder Militão e Marquinhos na partida contra o Chile, nesta quinta-feira, às 22h. Mesmo assim, Veríssimo festeja a oportunidade com a amarelinha e faz planos:
– Estou aqui realizando um sonho. É claro que tenho vontade de jogar, vestir a camisa do meu país, mas estou aqui para agregar, para ajudar, independente se for jogar ou não. Minha ideia é só absorver as coisas boas do Tite e dos outros atletas, pegar tudo de bom e ajudar no que for possível – disse o defensor, em entrevista coletiva virtual promovida pela CBF.
– Está próximo (o Mundial do Catar). O chamado agora é muito bom para mostrar serviço, trabalho. Estou focado só em fazer meu melhor, assim posso conquistar meu espaço. As coisas vão fluindo naturalmente – disse o jogador, que enfrenta a concorrência de Felipe, do Atlético de Madrid, Diego Carlos, do Sevilla, Rodrigo Caio, do Flamengo, entre outros zagueiros.
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Lucas Veríssimo foi convocado para as duas últimas partidas das Eliminatórias, contra Equador e Paraguai, mas se machucou e acabou cortado.
Lucas Veríssimo cumprimenta Taffarel, preparador de goleiros da Seleção — Foto: Lucas Figueiredo / CBF
Ele atribui o chamado de Tite não apenas ao desempenho no Benfica, mas também ao que apresentou no Santos, clube no qual atuou até janeiro deste ano.
– Acredito que vinha jogando no Santos em alto nível há uns bons anos. Neste ano a gente conseguiu chegar na final da Libertadores e, é claro, não foi só ali que teve o acompanhamento, esse acompanhamento já devia ter há um bom tempo. Por ser Libertadores, competição de um nível maior, acredito que pode ter ajudado sim nessa chamada, nessa aproximação de Lucas Veríssimo com a Seleção – opinou.
Depois do duelo contra o Chile, o Brasil faz dois jogos em casa: contra a Argentina, domingo, na Neo Química Arena, em São Paulo, e contra o Peru, quinta que vem, na Arena Pernambuco, no Recife.
A Seleção é líder das Eliminatórias com 100% de aproveitamento após seis rodadas.
Confira abaixo outros trechos da entrevista de Lucas Veríssimo:
Zagueiros ajudando na construção ofensiva
– Realmente, a gente acompanha muito, são jogos difíceis, em que as equipes esperam mais o Brasil. Eu sempre trabalhei isso, a saída boa, trabalho ainda mais agora no futebol europeu. Tenho evoluído bastante nisso, recentemente dei uma assistência. Procuro sempre melhorar, procuro sempre fazer o meu melhor e tenho certeza que estou crescendo cada vez mais. Estou preparado, se precisar de mim, estou preparado para iniciar jogadas e fazer o melhor em campo.
Início no Benfica
– Adaptação está sendo boa. Assim que eu cheguei, em poucos dias estava adaptado ao que o mister pede. Venho crescendo bastante. Quanto mais você fica, mais evolui.
Miranda
– É um cara que eu sempre acompanhei, na Inter de Milão, Atlético de Madrid, no São Paulo e também na seleção brasileira. É um cara que eu sempre acompanhei, admiro bastante, vou absorver tudo de bom de todos aqui, desde comissão até jogadores, e ajudar no que for possível.
Esquema tático
– O Tite tem as convicções dele, o esquema tático que ele gosta, os jogadores têm que se adaptar. Venho jogando com três zagueiros, estou adaptado, mas no Santos joguei num sistema de quatro defensores. Lá no Benfica também temos sistema com quatro defensores. Independentemente do esquema tático, estou preparado para jogar.
Liga dos Campeões
– Estou realizando vários sonhos num espaço de tempo muito curto, só tenho a agradecer a Deus, é fruto de muito trabalho. Estou muito ansioso para começar essa competição, uma competição em que todo mundo quer jogar, onde estão os melhores jogadores, os melhores clubes.
Por Bruno Cassucci e Raphael Zarko — São Paulo
Ge.globo.com