Esporte
Casares disparou contra o técnico e afirmou que “chega do Abel apitar jogos no Paulistão”.
São Paulo barra sala de coletiva para entrevista de Abel, do Palmeiras; entenda o motivo
Treinador português não se pronunciou após o empate com o Tricolor no Morumbi
O técnico Abel Ferreira não deu entrevista coletiva após o empate por 1 a 1 com o São Paulo, neste domingo. O motivo é que o clube tricolor decidiu não ceder a sala de entrevistas para o técnico do Palmeiras.
De acordo com apuração da reportagem, o Tricolor entendeu que daria o tratamento recíproco que recebe no Allianz Parque quando atua no estádio do rival. Uma das justificativas está nos locais das entrevistas.
Em 2022, por exemplo, o Palmeiras cedeu uma sala anexa à zona mista do Allianz com problemas no sistema de som e sem a possibilidade do São Paulo pendurar seu backpdrop. No ano passado, uma entrevista de Dorival Júnior ocorreu o mesmo problema.
O Verdão alega que não foi disponibilizado nenhum outro local para a realização da entrevista, e inclusive o banner com os patrocinadores do Palmeiras já estavam prontos e a sala preparada para e coletiva. Tudo teve que ser desmontado.
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Abel Ferreira em São Paulo x Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
Segundo o regulamento do Paulista, é obrigação do clube mandante disponibilizar local para o visitante atender a imprensa. O documento ainda cita que, caso só exista uma sala de imprensa disponível, o técnico visitante deve usar o local antes do treinador do time da casa.
Após o duelo deste domingo, Julio Casares disparou contra o técnico e afirmou que “chega do Abel apitar jogos no Paulistão”. A fala só inflamou mais os ânimos, que ficaram bem exaltados no corredor dos vestiários.
De acordo com o presidente são-paulino, um auxiliar do Palmeiras ironizou Calleri ao bater boca com um auxiliar da arbitragem. O clube tricolor, portanto, barrou o técnico palmeirense de dar sua entrevista.
O Palmeiras, por sua vez, alegou que houve desrespeito do São Paulo antes mesmo do início do confronto. Houve relatos de que uma caixa de som foi colocada em alto volume com o hino do Tricolor direcionado para os vestiários.
Outra reclamação foi que sistema de irrigação do gramado foi apontado para os profissionais que estavam na linha de fundo e impediram parte do trabalho.
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Veja nota emitida pelo São Paulo:
“Esclarecimento:
O São Paulo Futebol Clube esclarece que, por reciprocidade, disponibilizou a zona mista do MorumBIS para a realização das entrevistas da Sociedade Esportiva Palmeiras. A utilização ou não do espaço fica a cargo do clube visitante.
Vale ressaltar que, na última partida disputada no Allianz Parque, o São Paulo precisou realizar a entrevista coletiva em um pequeno espaço anexo à zona mista do estádio, local de passagem de muitas pessoas, que dava acesso ao vestiário dos gandulas, sem direito a fixar adequadamente o backdrop com os patrocinadores.
Os jornalistas, inclusive, ficaram sentados no chão e sem o sistema de som ideal para a realização do trabalho de todos os envolvidos.”
O Palmeiras também se manifestou. Veja a nota oficial:
“Fomos informados pelo São Paulo, somente após o jogo deste domingo, que não haveria sala para a realização da entrevista do técnico Abel Ferreira – o backdrop com os patrocinadores do clube já estava, inclusive, instalado na sala de coletivas do Morumbi.
Como o mandante não nos ofereceu nenhuma alternativa (nem mesmo a área da zona mista), a coletiva do treinador teve de ser cancelada. O argumento usado pelo São Paulo (“reciprocidade”) não condiz com a verdade, já que o Palmeiras, quando mandante, sempre oferece um espaço para a entrevista do treinador adversário.
Relatamos o ato de hostilidade à Federação Paulista de Futebol e esperamos que providências sejam tomadas.”
Por Bruno Giufrida e Eduardo Rodrigues — São Paulo
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