Esporte
Com cinco gols em três jogos, o Pombo comentou sobre a missão de vestir a camisa 10
Richarlison vê Jardine parecido com Tite e cita responsabilidade dobrada por usar a camisa 10
Jogador revela conversa com Neymar após convocação para as Olimpíadas e escolha de número
Titular do Brasil na última Copa América e camisa 10 da equipe olímpica, o atacante Richarlison vê semelhanças entre os treinadores das duas seleções, Tite e André Jardine.
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, Richarlison foi questionado sobre as características dos dois técnicos e afirmou:
– Creio que o Jardine tem a mesma maneira de jogar do Tite, as mesmas ideias de marcar lá em cima, pressão na saída de bola, por isso que me adaptei muito rápido ao estilo de jogo dele aqui. Meus companheiros têm me ajudado dentro de campo, não à toa a bola está chegando redonda e a gente pôde fazer os gols. O Jardine é um grande treinador, tem experiencia coma atletas mais novos, então a gente tenta pegar o máximo de informações com ele também, ele é um cara que nos ajuda muito aqui dentro.
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Richarlison, atacante da seleção brasileira, em entrevista coletiva — Foto: Reprodução / CBF TV
Artilheiro das Olimpíadas, com cinco gols em três jogos, o Pombo comentou sobre a missão de vestir a camisa 10 da Seleção no Japão.
– Eu fico muito feliz de vestir a camisa 10 do Neymar, do Pelé, Ronaldinho, Zico, a responsabilidade é dobrada. A gente sabe que quem veste a 10 tem que decidir jogos, mas Papai do Céu tem me abençoado dentro de campo. Espero continuar ajudando os companheiros e eles me ajudando também.
Richarlison ainda deu detalhes da escolha do número e da conversa que teve com Neymar após descobrir que usaria o 10:
– Quando recebi a convocação para a seleção olímpica, eu estava na Granja (Comary), no mesmo quarto, foi onde ele falou: “Quero ver botar a 10, ter personalidade de pegar a 10”. Quando Jardine me ligou, ele perguntou se eu tinha preferência e eu logo falei o 10. Quando terminou a ligação, contei para o Neymar que pedi a 10. Ele ficou feliz, sabe do carinho que tenho por ele, eu me espalhava nele, cortava cabeça igual a ele quando era mais novo. Faço o máximo para honrar a 10 e a camisa da seleção brasileira. Espero passar ele e o Bebeto em gols – disse Richarlison, citando o ranking de artilheiros do Brasil em Olimpíadas. Neymar fez sete, e Bebeto, oito.
Invicto nos Jogos de Tóquio, com duas vitórias e um empate, o Brasil enfrenta o Egito neste sábado, às 7h (de Brasília), nas quartas de final da competição.
Veja outros trechos da entrevista coletiva de Richarlison:
Mata-mata
– Sabemos que foi meio difícil a fase de grupos, as equipes, querendo ou não, estudaram muito a gente no primeiro jogo. Colocaram linha de cinco, o que dificultou para mim e para o Matheus Cunha, mas a gente procurou soluções. Pessoal do banco tem nos ajudado muito quando entra. Agora é mata-mata, temos de errar o menos possível. A gente sabe que tem que melhorar, primeiro tempo de ontem (contra a Arábia Saudita) foi um pouco abaixo. Agora temos que impor mais intensidade, vai precisar, são os últimos três jogos, os três jogos da nossa vida. A gente vai fazer de tudo para levar o ouro ao Brasil.
Egito
– Com certeza tem que ficar ligado. Equipes contra o Brasil jogam por uma bola, como nos últimos dois jogos. Vimos as dificuldades de penetrar nas defesas adversárias. É focar nos últimos três jogos, agora que vale tudo mesmo. Se errar a gente está fora. Vamos consertar tudo que tem amanhã no treino. Como falei, fizemos primeiro tempo muito abaixo (contra a Arábia Saudita) e temos que melhorar. Temos que entrar 100% na fase final. Os meninos comentaram que jogaram contra o Egito (em novembro de 2020) e perderam de 2 a 1. A gente sabe que vai ser difícil, então temos que encarar como final também.
Visita na Vila Olímpica
– Não sou muito de tirar foto, sou um pouco tímido, sei lá. Mas teve alguns fãs que me reconheceram, Daniel Alves também. Foi muito legal, a gente só fica no hotel aqui, querendo ou não a gente fica um pouco preso, então foi muito bom respirar um ar e estar lá dentro da Vila.
Ansiedade e Daniel Alves
– A ansiedade é a mesma de jogar quartas, semis e final de Copa América, tive essa experiência já. Aqui a gente tem jogadores experientes em todo tipo de competição possível, como o Daniel Alves. Tentamos seguir o exemplo dele, um cara tranquilo, que honra a camisa. Quando a gente vê ele dando carrinho, dando o máximo, a gente se inspira nele também. A gente tenta fazer o máximo para ajudar ele também. Com certeza ele merece esse título também.
Força do grupo
– A gente tem grupo muito forte, todos são destaques nos seus clubes. Qualquer um que jogar entre os 11 vai dar conta do recado, todos que entram no segundo tempo têm nos ajudado muito. Nesse último jogo saíram dois gols depois da mudança do Jardine. O banco é muito importante na competição. Espero que eles possam continuar assim também, treinando forte. Na principal é a mesma coisa. Todos tem que estar preparados, porque se surgir a oportunidade tem que estar preparado.
Momento mais marcante
– O momento mais marcante até agora foi quando cheguei no Japão, vinha sonhando com isso desde 2019, num amistoso que a gente teve na Arábia Saudita, e o Juninho me perguntou se eu queria ir para as Olimpíadas. Eu disse para ele com toda convicção que queria. É um grupo muito bom de estar junto, é um m sonho realizado, espero estar assim até o final.
Contato com a família
– O melhor horário é sempre de manhã quando acordamos. Está de noite lá e a gente tenta ligar e tenta mandar mensagem para os familiares. Mas a gente que joga na Europa está acostumado um pouco com isso. Essa distância da família claro que dá saudade de estar com eles, mas estamos acostumados.
Por Redação do ge — Tóquio