Esporte
Com Eduardo pouco inspirado, o Botafogo teve pouca criação no meio da campo
Análise: frustração é justificada, mas derrota não pode abalar as convicções do Botafogo
Na derrota para o Goiás, time não teve a eficácia de partidas anteriores e perdeu a chance de fazer história no Brasileiro e aumentar a vantagem na liderança
A frustração do Botafogo depois da derrota por 2 a 1 para o Goiás, domingo, na Serrinha, é mais do que justificada, mas o tropeço não pode desviar o time do rumo que penou para construir até agora no Campeonato Brasileiro e na temporada. É ajustar o que saiu errado e se preparar para encarar uma semana que promete ser desafiadora.
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O Botafogo já entrou em campo com a garantia de que manteria a liderança ao fim da rodada, depois que o Palmeiras empatou no sábado. O jogo contra o Goiás poderia ser histórico, já que nenhum outro clube conseguiu seis vitórias seguidas nas seis primeiras rodadas desde o início dos pontos corridos. Acabou que nada saiu como planejado.
O time perdeu a invencibilidade de 15 jogos, mas não pode esquecer a fórmula que o levou a alcançar esta marca: intensidade, empenho, uma defesa forte e capacidade de se adaptar aos diferentes estilos de adversários. Contra o Goiás, o Botafogo teve dificuldades que já havia tido mesmo em partidas que venceu, mas desta vez aconteceu o revés.
– Temos que olhar para o que fizemos menos bem e corrigir algumas coisas pra continuar o nosso caminho, que vai ser de coisas boas até o final da temporada. Vamos continuar dedicados e juntos, porque temos uma administração e torcida, e juntos fazemos uma forte família para abordar todos os momentos difíceis – disse o técnico Luís Castro.
Goiás x Botafogo/Tiquinho — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Luís Castro foi praticamente com a força máxima, apenas com a entrada de Gustavo Sauer na vaga de Junior Santos. Até conseguir abrir o placar, o time foi melhor do que o Goiás e criou chances, até que Gustavo Sauer foi atingido dentro da área e o árbitro marcou o pênalti. Tiquinho cobrou bem e fez seu sexto gol na competição.
Com Eduardo pouco inspirado, o Botafogo teve pouca criação no meio da campo, e as alas foram bem marcadas pelo Goiás. Assim, o time ficou preso e viu o adversário crescer. O empate ainda no primeiro tempo, aos 51, em uma jogada que teve início em uma bola parada.
No segundo tempo, o desempenho alvinegro não foi bom, e eficácia mostrada em partidas anteriores não apareceu. Das 15 finalizações na partida, apenas duas foram na direção do gol. Foi o Goiás que aproveitou melhor as poucas finalizações que teve – das 5 que teve no total, 4 foram na direção do gol.
Goiás x Botafogo: Luis Castro — Foto: Vitor Silva/Botafogo
O gol de Maguinho, aos 11 minutos, complicou a vida alvinegra. A bola desviou em Segovia após cruzamento de Matheus Peixoto e encobriu Lucas Perri antes de chegar ao lateral do Goiás. Luís Castro lançou o time para frente, mas as chances claras não apareceram, e o resultado não se alterou.
Agora, o Botafogo tem mais dois desafios grandes nesta semana para tentar ultrapassar e confirmar que a derrota para o Goiás foi um caso à parte. O time enfrenta na quarta o Athletico, pela Copa do Brasil, em Curitiba, e no sábado no Fluminense, pelo Brasileiro, no Nilton Santos.
Por Fred Huber — Rio de Janeiro
Ge.globo.com