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Decisões equivocadas sobre técnicos ajudam a explicar por que o Vasco não conseguiu acesso antes

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Equívocos com técnicos ajudam a explicar por que Vasco ainda não conseguiu o acesso

Contratação de Maurício Souza e manutenção do interino Emílio Faro atrasaram ano do clube

Problema em 2021, a troca de técnicos também impactou o desempenho do Vasco em 2022. Decisões equivocadas em dois momentos ajudam a explicar por que o time chega à última rodada da Série B ainda em busca do acesso. No próximo domingo, às 18h30, precisa pontuar contra o Ituano, fora de casa, para garantir vaga na Série A do ano que vem.

A diferença nesta temporada é que o clube foi forçado a fazer a primeira troca. Contratado no fim do ano passado, Zé Ricardo chegou a balançar no cargo após o Campeonato Carioca, mas foi mantido pela diretoria mesmo sob protestos da torcida. A insistência, respaldada pelos erros cometidos ao longo de 2021, deu certo, e os resultados vieram no início da Série B.

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O técnico, porém, aceitou proposta do futebol japonês e pediu demissão após a décima rodada da Série B. Zé Ricardo deixou o Vasco na quarta colocação, com 18 pontos. O time não saiu do G-4 desde então, mas perdeu o padrão tático, oscilou e tropeçou em momentos cruciais.

Decisões equivocadas sobre técnicos ajudam a explicar por que o Vasco não conseguiu acesso antes — Foto: Infoesporte

Decisões equivocadas sobre técnicos ajudam a explicar por que o Vasco não conseguiu acesso antes — Foto: Infoesporte

Erro principal

O primeiro e maior erro foi na escolha do nome para substituir Zé Ricardo. O Vasco decidiu dar a Maurício Souza sua primeira chance no comando de uma equipe profissional. Com cinco pontos em seis jogos, o treinador foi demitido 42 dias após sua contratação.

A escolha do comandante já havia pegado mal entre os torcedores quando Maurício Souza foi anunciado pelo Vasco. Até mesmo antes da definição, o nome não era unanimidade dentro do clube. Na ocasião, o gerente de futebol Carlos Brazil sustentou a decisão. Após a derrota para o então lanterna Vila Nova, o dirigente também tomou a frente e bancou a demissão.

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O entendimento foi que o departamento de futebol corrigiu uma decisão equivocada. As características diferentes entre treinador e elenco ficaram acentuadas, e Maurício, como era previsto, não conseguiu fazer o time jogar conforme sua proposta. Se com Zé Ricardo o Vasco criou uma casca defensiva e acumulou gordura, com Maurício Souza isso se perdeu na tentativa de propor mais o jogo, e a equipe passou a ser ameaçada no G-4.

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Demora por definição

O segundo equívoco veio na cola do primeiro. Com a saída de Maurício Souza, o departamento de futebol demorou a se mexer para encontrar um substituto e manteve o interino Emílio Faro mais tempo que o esperado. Foram mais de 40 dias até o anúncio de Jorginho.

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Nesse período, o Vasco perdeu as poucas oportunidades que restavam no mercado. A decisão, naquele momento, foi tomada em conjunto com a 777 Partners, que estava no processo de transição para assumir o futebol do clube.

A impressão que se teve é de que o Vasco não tinha um plano para substituir Maurício e foi deixando Emílio no cargo enquanto os resultados sustentavam. O problema é que o time não evoluiu sob o comando do interino, jogou mal na maioria das vezes e deixou pelo caminho pontos que já poderiam ter confirmado o acesso. Foram três vitórias, um empate e quatro derrotas em oito jogos.

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A gota d’água foi a derrota para o Brusque fora de casa em um jogo de desempenho muito ruim e com discussão do interino com um torcedor após a partida. Naquele momento, uma das únicas opções no mercado era Jorginho, que dias antes havia sido demitido do Atlético-GO. Com a prerrogativa de que já conhecia o clube, o treinador veio para “tapar buraco”, com contrato até o fim da Série B.

Por Redação do ge — Rio de Janeiro

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